Postagens recentes

10/recent/ticker-posts

QUESTÕES SOBRE PERO VAZ DE CAMINHA



1. (Cefet/RJ) “A feição deles é serem pardos, maneira de avermelhados, de bons rostos e bons narizes, bem feitos. Andam nus, sem nenhuma cobertura. Nem estima nenhuma coisa cobrir nem mostrar suas vergonhas; e estão acerca disso com tanta inocência como têm em mostrar o rosto. (...) Porém a terra em si é de muito bons ares, (...). E em tal maneira é graciosa que, querendo-a aproveitar, dar-se-á nela tudo, por bem das águas que tem.”
O texto acima apresenta fragmentos:
a) do “Diálogo sobre a conversão dos gentios”, do Pe. Manuel da Nóbrega.
b) das “Cartas” dos missionários jesuítas, escritas nos dois primeiros séculos.
c) da “Carta” de Pero Vaz de Caminha a El-Rey D. Manuel, referindo-se ao descobrimento de uma nova terra e às primeiras impressões do aborígene.
d) da “Narrativa Epistolar e os Tratados da Terra e da Gente do Brasil”, do jesuíta Fernão Cardim.
e) do “Diário de Navegações”, de Pero Lopes de Souza, escrivão do primeiro colonizador, o de Martim Afonso de Souza.


2. (IFSP) A feição deles é serem pardos, um tanto avermelhados, de bons rostos e bons narizes, bem feitos. Andam nus, sem cobertura alguma. Nem fazem mais caso de encobrir ou deixa de encobrir suas vergonhas do que de mostrar a cara. Acerca disso são de grande inocência. Ambos traziam o beiço de baixo furado e metido nele um osso verdadeiro, de comprimento de uma mão travessa, e da grossura de um fuso de algodão, agudo na ponta como um furador. 
(Carta de Pero Vaz de Caminha. www.dominiopublico.com.br. Acesso em: 04.12. 2012.)
O trecho acima pertence a um dos primeiros escritos considerados como pertencentes à literatura brasileira. Do ponto de vista da evolução histórica, trata-se de literatura
a) de informação.   
b) de cordel.   
c) naturalista.   
d) ambientalista.   
e) árcade.


3. (UFSM)  A Carta de Pero Vaz de Caminha é o primeiro relato sobre a terra que viria a ser chamada de Brasil. Ali, percebe-se não apenas a curiosidade do europeu pelo nativo, mas também seu pasmo diante da exuberância da natureza da nova terra, que, hoje em dia, já se encontra degradada em muitos dos locais avistados por Caminha.
Tendo isso em vista, leia o fragmento a seguir.
Esta terra, Senhor, parece-me que, da ponta que mais contra o sul vimos, até outra ponta que contra o norte vem, de que nós deste ponto temos vista, será tamanha que haverá nela bem vinte ou vinte e cinco léguas por costa. Tem, ao longo do mar, em algumas partes, grandes barreiras, algumas vermelhas, outras brancas; e a terra por cima é toda chã e muito cheia de grandes arvoredos. De ponta a ponta é tudo praia redonda, muito chã e muito formosa.
Pelo sertão nos pareceu, vista do mar, muito grande, porque a estender d’olhos não podíamos ver senão terra com arvoredos, que nos parecia muito longa.
Nela até agora não pudemos saber que haja ouro, nem prata, nem coisa alguma de metal ou ferro; nem o vimos. Porém a terra em si é de muito bons ares, assim frios e temperados como os de Entre-Douro e Minho, porque neste tempo de agora os achávamos como os de lá.
As águas são muitas e infindas. E em tal maneira é graciosa que, querendo aproveitá-la, tudo dará nela, por causa das águas que tem. 
CASTRO, Sílvio (org.). A Carta de Pero Vaz de Caminha. Porto Alegre: L&PM, 2003, p. 115-6.

Esse fragmento apresenta-se como um texto 
a) descritivo, uma vez que Caminha ocupa-se em dar um retrato objetivo da terra descoberta, abordando suas características físicas e potencialidades de exploração.  b) narrativo, pois a “Carta” é, basicamente, uma narração da viagem de Pedro Álvares Cabral e sua frota até o Brasil, relatando, numa sucessão de eventos, tudo o que ocorreu desde a chegada dos portugueses até sua partida.    
c) argumentativo, pois Caminha está preocupado em apresentar elementos que justifiquem a exploração da terra descoberta, os quais se pautam pela confiabilidade e abrangência de suas observações.     
d) lírico, uma vez que a apresentação hiperbólica da terra por Caminha mostra a subjetividade de seu relato, carregado de emotividade, o que confere à “Carta” seu caráter especificamente literário.     
e) narrativo-argumentativo, pois a apresentação sequencial dos elementos físicos da terra descoberta serve para dar suporte à ideia defendida por Caminha de exploração do novo território.


4. (ESA) “A feição deles é serem pardos, quase avermelhados, de rostos regulares e narizes bem feitos; andam nus sem nenhuma cobertura; nem se importam de cobrir nenhuma coisa, nem de mostrar suas vergonhas.” Essa passagem pertence à Carta de Pero Vaz de Caminha, primeiro texto escrito no Brasil, no qual eram descritos a terra e o povo que a habitava. A respeito da Literatura Quinhentista, é correto afirmar que:
a) os textos dessa época têm grande valor literário.
b) registra apenas o choque cultural entre colonizadores e colonizados.
c) toda essa produção está diretamente relacionada à intenção de catequizar os selvagens.
d) os textos quinhentistas fazem parte do movimento literário intitulado Poesia Pau-Brasil.
e) a literatura da época está relacionada ao espírito aventureiro da expansão marítima e comercial portuguesa.


5. (PUC/PR/PAES-2006) Assinale a alternativa que contêm as obras consideradas os dois primeiros textos de informação, na literatura brasileira.
Para a resposta, considere fatos históricos como o descobrimento do Brasil, a chegada dos primeiros colonizadores, a vinda dos jesuítas, a passagem de viajantes e de cronistas pela nova terra.
a) Carta, de Pero Vaz de Caminha / Diário de Navegação, de Pero Lopes de Sousa.
b) Diálogo sobre a Conversão dos Gentios, de Manoel da Nóbrega / Tratado da Terra do Brasil, de Pero Magalhães Gândavo.
c) Tratados da Terra e da Gente do Brasil, de Fernão Cardim / Tratado Descritivo do Brasil, de Gabriel Soares de Souza.
d) Diálogos das Grandezas do Brasil, de Ambrósio Fernandes Brandão.
e) História do Brasil, de Vicente do Salvador / Cartas, Informações, Fragmentos Históricos e Sermões, de José de Anchieta.


6. (UFMG) Com base na leitura da Carta, de Pero Vaz de Caminha, é INCORRETO afirmar que esse texto
a) Se filia ao gênero da literatura de viagem.
b) Aborda seu próprio contexto de produção.
c) Usa registro coloquial em estilo cerimonioso.
d) Se compõe de narração, descrição e dissertação.  


7. (UFRS) Leia o texto abaixo, extraído da Carta de Pero Vaz de Caminha.
“O Capitão, quando eles vieram, estava sentado em uma cadeira, bem vestido, com um colar de ouro mui grande ao pescoço, e aos pés uma alcatifa* por estrado. (…) Entraram. Mas não fizeram sinal de cortesia, nem de falar ao Capitão nem a ninguém. Porém um deles pôs olho no colar do Capitão, e começou de acenar com a mão para a terra e depois para o colar, como que nos dizendo que ali havia ouro. (…) Viu um deles umas contas de rosário, brancas; acenou que lhas dessem, folgou muito com elas, e lançou-as ao pescoço. Depois tirou-as e enrolou-as no braço e acenava para a terra e de novo para as contas e para o colar do capitão, como dizendo que dariam ouro por aquilo.”
Vocabulário: *alcatifa – tapete.
Considere as seguintes afirmações sobre o texto.

I. As palavras de Caminha evidenciam o confronto entre civilização e barbárie vivenciado pelos portugueses na chegada ao Brasil.
II. A interpretação que o escrivão dá aos gestos do índio em relação ao colar do Capitão corrobora a intenção dos portugueses em explorar as possíveis jazidas de ouro da terra recém descoberta. 
III. No trecho selecionado, Caminha sugere uma prática que viria a se tornar corrente nas relações entre portugueses e selvícolas: o escambo (a permuta) de produtos da terra por artigos manufaturados europeus.
Quais estão corretas:
a) Apenas I.       
b) Apenas II e III.          
c) Apenas II.           
d) I, II e III.         
e) Apenas I e II.


8. (Cefet-RJ) “A feição deles é serem pardos, maneira de avermelhados, de bons rostos e bons narizes, bem feitos. Andam nus, sem nenhuma cobertura. Nem estima nenhuma coisa cobrir nem mostrar suas vergonhas; e estão acerca disso com tanta inocência como têm em mostrar o rosto. (…) Porém a terra em si é de muito bons ares, (…). E em tal maneira é graciosa que, querendo-a aproveitar, dar-se-á nela tudo, por bem das águas que tem.”
O texto acima apresenta fragmentos:
a) do “Diálogo sobre a conversão dos gentios”, do Pe. Manuel da Nóbrega.
b) das “Cartas” dos missionários jesuítas, escritas nos dois primeiros séculos.
c) da “Carta” de Pero Vaz de Caminha a El-Rey D. Manuel, referindo-se ao descobrimento de uma nova terra e às primeiras impressões do aborígene.
d) da “Narrativa Epistolar e os Tratados da Terra e da Gente do Brasil”, do jesuíta Fernão Cardim.
e) do “Diário de Navegações”, de Pero Lopes de Souza, escrivão do primeiro colonizador, o de Martim Afonso de Souza.


9. (Enem 2013) De ponta a ponta, é tudo praia-palma, muito chã e muito formosa. Pelo sertão nos pareceu, vista do mar, muito grande, porque, a estender olhos, não podíamos ver senão terra com arvoredos, que nos parecia muito longa. Nela, até agora, não pudemos saber que haja ouro, nem prata, nem coisa alguma de metal ou ferro; nem lho vimos. Porém a terra em si é de muito bons ares [...]. Porém o melhor fruto que dela se pode tirar me parece que será salvar esta gente.
Carta de Pero Vaz de Caminha. In: MARQUES, A.; BERUTTI, F.; FARIA, R. História moderna através de textos. São Paulo: Contexto, 2001.
A carta de Pero Vaz de Caminha permite entender o projeto colonizador para a nova terra. Nesse trecho, o relato enfatiza o seguinte objetivo:
a) Valorizar a catequese a ser realizada sobre os povos nativos.
b) Descrever a cultura local para enaltecer a prosperidade portuguesa.
c) Transmitir o conhecimento dos indígenas sobre o potencial econômico existente.
d) Realçar a pobreza dos habitantes nativos para demarcar a superioridade europeia.
e) Criticar o modo de vida dos povos autóctones para evidenciar a ausência de trabalho.


10. (UNIUV 2015) Quem escreveu a carta dirigida ao Rei Dom Manuel, relatando o descobrimento do Brasil? Assinale a alternativa que responde corretamente à pergunta:
a)  Pero de Magalhães Gândavo;
b) Pero Vaz de Caminha;
c) Pedro Álvares Cabral;
d) Gabriel Soares de Sousa;
e) Pe. Manuel da Nóbrega.


11. (UNICAMP 2011) Em carta ao rei D. Manuel, Pero Vaz de Caminha narrou os primeiros contatos entre os indígenas e os portugueses no Brasil: “Quando eles vieram, o capitão estava com um colar de ouro muito grande ao pescoço. Um deles fitou o colar do Capitão, e começou a fazer acenos com a mão em direção à terra, e depois para o colar, como se quisesse dizer-nos que havia ouro na terra. Outro viu umas contas de rosário, brancas, e acenava para a terra e novamente para as contas e para o colar do Capitão, como se dissesse que dariam ouro por aquilo. Isto nós tomávamos nesse sentido, por assim o desejarmos! Mas se ele queria dizer que levaria as contas e o colar, isto nós não queríamos entender, porque não havíamos de dar-lhe!” (Adaptado de Leonardo Arroyo, A carta de Pero Vaz de Caminha. São Paulo: Melhoramentos; Rio de Janeiro: INL, 1971, p. 72-74.)
Esse trecho da carta de Caminha nos permite concluir que o contato entre as culturas indígena e europeia foi
a) favorecido pelo interesse que ambas as partes demonstravam em realizar transações comerciais: os indígenas se integrariam ao sistema de colonização, abastecendo as feitorias, voltadas ao comércio do pau-brasil, e se miscigenando com os colonizadores.
b) guiado pelo interesse dos descobridores em explorar a nova terra, principalmente por meio da extração de riquezas, interesse que se colocava acima da compreensão da cultura dos indígenas, que seria quase dizimada junto com essa população.
c) facilitado pela docilidade dos indígenas, que se associaram aos descobridores na exploração da nova terra, viabilizando um sistema colonial cuja base era a escravização dos povos nativos, o que levaria à destruição da sua cultura.
d) marcado pela necessidade dos colonizadores de obterem matéria-prima para suas indústrias e ampliarem o mercado consumidor para sua produção industrial, o que levou à busca por colônias e à integração cultural das populações nativas.


12. (TJ-SC 2009) “ [...] Eles não lavram nem criam. Nem há aqui boi ou vaca, cabra, ovelha ou galinha, ou qualquer outro animal que esteja acostumado ao viver do homem. E não comem senão deste inhame, de que aqui há muito, e dessas sementes e frutos que a terra e as árvores de si deitam. E com isto andam tais e tão rijos e tão nédios que o não somos nós tanto, com quanto trigo e legumes comemos.” O trecho acima, retirado da Carta que Pero Vaz de Caminha redigiu ao Rei D. Manuel, é um exemplo do deslumbramento do europeu diante do Novo Mundo e das pessoas que por aqui eles encontraram. Quanto às sociedades indígenas do Brasil, leia as alternativas abaixo e assinale a que estiver INCORRETA:
a) Os contatos iniciais dos indígenas com os brancos foram amistosos e os primeiros relatos atestavam a afabilidade do indígena. Esta relação pacífica desapareceu à medida que os portugueses ocuparam suas terras e iniciaram sua escravização.
b) Na comunidade indígena prevaleciam as relações igualitárias, os trabalhos eram realizados em cooperação, inexistindo o escravismo.
c) A antropofagia entre os indígenas tinha caráter ritual. Para alguns grupos a alimentação de carne humana era parte dos cultos religiosos e das tradições tribais.
d) As grandes nações indígenas estavam distribuídas por, praticamente, toda a extensão do território brasileiro. Os Tupis estavam espalhados pelo litoral e foram os primeiros a ter contato com os brancos.
e) Atualmente, estudos comprovam que a origem dos primeiros habitantes do Brasil é proveniente, unicamente, da corrente migratória asiática.


13. (UFPel 2005) Pero Vaz de Caminha, referindo-se aos indígenas escreveu:
“E naquilo sempre mais me convenço que são como aves ou animais montesinhos, aos quais faz o ar melhor pena e melhor cabelo que aos mansos, porque os seus corpos são tão limpos, tão gordos e formosos, a não mais poder.” […]
“Parece-me gente de tal inocência que, se nós entendêssemos a sua fala e eles a nossa, seriam logo cristãos, visto que não têm nem entendem crença alguma, segundo as aparências. E, portanto, se os degredados que aqui hão de ficar aprenderem bem a sua fala e eles a nossa, não duvido que eles, segundo a santa tenção de Vossa Alteza, se farão cristãos e hão de crer na nossa santa fé, à qual praza a Nosso Senhor que os traga, porque certamente esta gente é boa e de bela simplicidade. E imprimir-se-á facilmente neles todo e qualquer cunho que lhes quiserem dar, uma vez que Nosso Senhor lhes deu bons corpos e bons rostos, como a homens bons. E o fato de Ele nos haver até aqui trazido, creio que não o foi sem causa. E portanto, Vossa Alteza, que tanto deseja acrescentar à santa fé católica, deve cuidar da salvação deles. E aprazerá Deus que com pouco trabalho seja assim.” […]
“Eles não lavram nem criam. Não há aqui boi ou vaca, cabra, ovelha ou galinha, ou qualquer outro animal que esteja acostumado ao convívio com o homem. E não comem senão deste inhame, de que aqui há muito, e dessas sementes e frutos que a terra e as árvores de si deitam. E com isto andam tais e tão rijos e tão nédios que o não somos nós tanto, com quanto trigo e legumes comemos.”
CASTRO, Silvio. A carta de Pero Vaz de Caminha. Porto Alegre: L&PM, 1996.
De acordo com o texto e seus conhecimentos, marque a alternativa correta.
a) Caminha, numa visão eurocentrista, exalta a cultura do “descobridor”, menosprezando todos os aspectos referentes ao modo de vida dos nativos, por exemplo, a não exploração daqueles mamíferos placentários exóticos, citados na carta, introduzidos no Brasil quando da colonização.
b) Caminha realiza, através de farta adjetivação, descrições botânicas minuciosas acerca da flora da nova terra, destacando o tipo de alimentação do europeu − rica em vitaminas e sais minerais − em contraposição à indígena, que é rica em lipídios.
c) A religiosidade está presente ao longo do texto, quando se constata que o emissor, tendo em mente a conversão dos índios à “santa fé católica” – pretensão dos europeus conquistadores –, ressalta positivamente a existência de crenças animistas entre os nativos.
d) Na carta de Pero Vaz de Caminha, que apresenta linguagem formal, por ser o rei português o destinatário, há forte preocupação com aspectos da necessária conversão dos índios ao catolicismo, no contexto de crise religiosa na Europa.
e) Ao realizar concomitantemente a narração e a descrição dos hábitos dos nativos, o remetente destaca informações não só do habitat como dos usos e costumes indígenas, exaltando o cultivo das plantas de lavouras e dos pomares.


14. (UFF 2000) A "Carta de Pero Vaz de Caminha", escrita em 1500, é considerada como um dos documentos fundadores da Terra Brasilis e reflete, em seu texto, valores gerais da cultura renascentista, dentre os quais destaca-se:
a) a visão do índio como pertencente ao universo não religioso, tendo em conta sua antropofagia.
b) a informação sobre os preconceitos desenvolvidos pelo renascimento no que tange à impossibilidade de se formar nos trópicos uma civilização católica e moderna.
c) a identificação do Novo Mundo como uma área de insucesso devido à elevada temperatura que nada deixaria produzir.
d) a observação da natureza e do homem do Novo Mundo como resultado da experiência da nova visão de homem, característica do século XV.
e) a consideração da natureza e do homem como inferiores ao que foi projetado por Deus na Gênese.


15. (PUC-CAMPINAS) Texto para a questão. Do Brasil descoberto esperavam os portugueses a fortuna fácil de uma nova Índia. Mas o pau-brasil, única riqueza brasileira de simples extração antes da “corrida do ouro” do início do século XVIII, nunca se pôde comparar aos preciosos produtos do Oriente. […] O Brasil dos primeiros tempos foi o objeto dessa avidez colonial. A literatura que lhe corresponde é, por isso, de natureza parcialmente superlativa. Seu protótipo é a carta célebre de Pero Vaz de Caminha, o primeiro a enaltecer a maravilhosa fertilidade do solo.
MERQUIOR, José Guilherme. De Anchieta a Euclides: breve história da literatura brasileira. Rio de Janeiro: J. Olympio, 1977. p. 3-4.
Uma vez que se considere que o conceito de literatura, compreendida como um autêntico sistema, supõe a presença ativa de escritores, a publicação de obras e a resposta de um público, entende-se que:
I. ainda não ocorreu no Brasil a vigência plena de um sistema literário, capaz de expressar aspectos mais complexos de nossa vida cultural.
II. os primeiros documentos informativos sobre a terra a ser colonizada devem ser vistos como manifestações literárias esparsas, ainda não sistemáticas.
III. a carta de Caminha e os textos dos missionários jesuíticos fazem ver desde cedo a formação de um maduro sistema literário nacional.
Atende ao enunciado o que está apenas em:
a) I.
b) II
c) III.
d) I e II.
e) II e III.


GABARITO

Postar um comentário

1 Comentários