Bandeira da Ação Integralista Brasileira
Integralismo incorpora nazifascismo
O surgimento do nazismo e do fascismo na Europa influenciou
a criação da Ação Integralista Brasileira (AIB), movimento cultural e político
de extrema direita fundado pelo jornalista e escritor Plínio Salgado em 1932. A
AIB defendia o nacionalismo e “identificava como seus inimigos o liberalismo, o
socialismo, o capitalismo financeiro internacional, em mãos de judeus.” O
movimento ganhou adeptos pelo Brasil, chegando a ter, em seu auge, no ano de
1937, de 100 a 200 mil integrantes. Seus seguidores eram chamados de
camisas-verdes, por desfilarem com uniforme nessa cor. Visualmente também se
destacava uma braçadeira com a letra grega sigma – utilizada na matemática como
símbolo de somatória. Saudavam-se com a palavra “anauê” e seguiam o lema “Deus,
Pátria e Família”.
O jornal Acção era órgão oficial da AIB e, assim como
outros periódicos integralistas, fazia parte da rede Sigma Jornais Reunidos,
encarregada de dar uniformidade às suas publicações. Nessa rede também estavam
O Integralista, A Offensiva e o Monitor Integralista, além das revistas
nacionais Anauê e Panorama, entre outras. “No seu conjunto, estes impressos
caracterizavam a ascensão das ideias autoritárias de direita no Brasil
identificadas com o discurso nazifascista em voga na Itália e na Alemanha”.
Em dezembro de 1937, a AIB foi extinta por Getúlio
Vargas, logo após a implantação do Estado Novo, que acabou com todas as organizações
partidárias do país.
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