Futuro
chanceler diz que Brasil vai deixar Pacto Global de Migração
Ernesto Araújo defende que cada país defina os
critérios de acordo com
O embaixador Ernesto Araújo, confirmado
para assumir o Ministério das Relações Exteriores, disse hoje (10), nas redes
sociais, que o governo do presidente eleito, Jair Bolsonaro, vai se desassociar
do Pacto Global de Migração. Segundo ele, a imigração deve ser tratada de
acordo com “a realidade e a soberania de cada país”.
“O governo Bolsonaro se desassociará do
Pacto Global de Migração que está sendo lançado em Marrakech [Marrocos], um
instrumento inadequado para lidar com o problema. A imigração não deve ser
tratada como questão global, mas sim de acordo com a realidade e a soberania de
cada país”, afirmou o futuro chanceler em sua conta no Twitter.
O Pacto Global para uma Migração Segura,
Ordenada e Regular das Nações Unidas (ONU) foi aprovado hoje por representantes
de mais de 150 países na conferência intergovernamental da organização na
cidade marroquina.
Ao discursar na conferência, o
secretário-geral da ONU, António Guterres chamou a atenção para "o direito
soberano dos Estados de determinar suas políticas de migração e suas
prerrogativas para governar a migração dentro de sua jurisdição, em
conformidade com o direito internacional", insistiu o secretário-geral.
Marco
regulatório
Também no Twitter, o futuro chanceler
disse como o governo brasileiro pretende lidar com o fluxo migratório. Segundo
ele, o país buscará acolher os imigrantes fixando um marco regulatório
compatível com a realidade nacional.
“O Brasil buscará um marco regulatório
compatível com a realidade nacional e com o bem-estar de brasileiros e
estrangeiros. No caso dos venezuelanos que fogem do regime [do presidente
venezuelano Nicolás] Maduro, continuaremos a acolhê-los, mas o fundamental é
trabalhar pela restauração da democracia na Venezuela.”
O embaixador acrescentou ainda que os
imigrantes são bem-vindos no Brasil e não serão discriminados. Porém, defendeu
a definição de critérios para garantir segurança a todos. Não detalhou quais
seriam esses critérios.
“A imigração é bem vinda, mas não deve ser
indiscriminada. Tem de haver critérios para garantir a segurança tanto dos
migrantes quanto dos cidadãos no país de destino. A imigração deve estar a
serviço dos interesses acionais e da coesão de cada sociedade."
Fonte: Agência Brasil
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