IBGE:
produção industrial cai em agosto em 7 dos 15 locais pesquisados
Produção
nacional diminuiu 0,7% no mês
Publicado em
08/10/2021 - 10:20 Por Akemi Nitahara – Repórter da Agência Brasil - Rio de
Janeiro
A produção
industrial apresentou queda em sete dos 15 locais pesquisados, em agosto, na
comparação com julho. O recuo nacional chegou a de 0,7%. É o que aponta a
Pesquisa Industrial Mensal (PIM Regional), divulgada hoje (8) pelo Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A maior queda
no mês foi registrada em Pernambuco (-12%), eliminando parte do crescimento de
6,1% apresentado em julho e exercendo influencia negativa no indicador
nacional. De acordo com o analista da pesquisa, Bernardo Almeida, o resultado
de Pernambuco pressiona o setor de perfumaria, sabões, produtos de limpeza e
higiene pessoal, além do setor de outros produtos químicos.
A segunda
maior influência negativa veio de Minas Gerais, com -0,9%, puxada pelos setores
de veículos automotores e de alimentos. Esta é a terceira taxa negativa
seguida, levando a indústria do estado a acumular perda de 4,6%.
Também
registraram quedas mais intensas que a média nacional o Espírito Santo (-3,7%),
a Região Nordeste (-3,5%), o Mato Grosso (-2,3%) e Rio Grande do Sul (-1%). O
estado de Goiás (-0,3%) completa a lista com queda na PIM em agosto.
Pelo lado das
altas, o Amazonas cresceu 7,3%, puxado pelo desempenho dos setores de bebidas e
de outros equipamentos de transportes, recuperando parte da queda de 13,2%
registrada em julho. A alta de 7,1% no Pará interrompe três meses seguidos de
queda na produção industrial, com perda acumulada de 9,7%. O estado foi
influenciado pelos bons resultados dos setores extrativo e de metalurgia.
Também
registraram alta em agosto os estados de Santa Catarina (1,9%), Paraná (1,5%),
Rio de Janeiro (1,3%), São Paulo (0,4%) e Bahia (0,3%). O Ceará repetiu o patamar
de julho, com variação nula.
Pandemia
Com esse
resultado, seis dos locais pesquisados pelo IBGE ficaram em patamares acima do
registrado no período pré-pandemia de covid-19, de fevereiro de 2020. Minas
Gerais está 10,3% acima, além de Santa Catarina (4,9%) Paraná (1,8%) Rio de
Janeiro (1,4%), Amazonas (1%) e São Paulo (0,1%).
Para Almeida,
a pandemia ainda influencia a retomada do setor industrial, com os altos custos
de matéria-prima e a falta de abastecimento de insumos.
“Há também uma
diminuição no consumo, com inflação crescente, o que contribuí para reduzir o
poder de compra das famílias. Tudo isso impacta na cadeia produtiva, afetando a
tomada de decisão tanto por parte dos produtores quanto dos consumidores,”
explicou.
Na comparação
anual, a queda nacional foi de 0,7% e nove dos 15 locais pesquisados
registraram redução na produção industrial. O maior recuo foi na Região
Nordeste (-17,2%), seguido da Bahia (-13,8%) e de Pernambuco (-13,5%). Também
caíram em relação a agosto de 2020 o Pará (-6,2%), Ceará (-5,6%), Goiás
(-3,4%), Mato Grosso (-2,1%), Amazonas (-1,5%) e Rio Grande do Sul (-1,5%).
As altas nessa
comparação foram registradas no Paraná (8,7%), Minas Gerais (6,5%), Espírito
Santo (6%), Santa Catarina (5,8%), Rio de Janeiro (1,4%) e São Paulo (0,9%). O
IBGE destaca que agosto de 2021 teve 22 dias úteis, um a mais do que igual mês
de 2020.
0 Comentários