Cesta básica tem alta em 11 capitais, diz
Dieese
As cestas mais baratas estão na Região Nordeste
Publicado em 06/10/2021 - 12:51 Por Daniel Mello - Repórter
da Agência Brasil - São Paulo
O custo da cesta básica registrou aumento em setembro na
comparação com agosto em 11 das 17 capitais pesquisadas pelo Departamento
Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Segundo o
levantamento divulgado hoje (6), as maiores altas foram em Brasília (3,88%)
Campo Grande (3,53%), São Paulo (3,53%) e Belo Horizonte (3,49%).
Em relação a setembro de 2020, o preço do conjunto de alimentos
básicos subiu em todas as cidades pesquisadas. A elevação dos valores chega a
38,56%, em Brasília, 28%, em Campo Grande, 21,62%, em Porto Alegre, e 19,54%,
em São Paulo.
A capital paulista tem a cesta básica mais cara do país,
custando R$ 673,45. Em Porto Alegre, o conjunto de alimentos ficou em R$
672,39, e, em Florianópolis, R$ 662,85. As cestas mais baratas estão na Região
Nordeste: Aracaju (R$ 454,03), João Pessoa (R$ 476,63) e Salvador (R$ 478,86).
Em João Pessoa, o custo do conjunto de alimentos teve queda
de 2,91% e, em Natal, de 2,9%, ficando em R$ 493,29.
Entre os itens que puxaram as altas, está o açúcar, que
teve aumento de preço, em setembro, em todas as capitais, sendo que as maiores
altas foram em Belo Horizonte (11,96%), Vitória (11%), Brasília (9,58%) e
Goiânia (9,15%). Segundo o Dieese, a falta de chuvas afetou a produção de
cana-de-açúcar, reduzindo a oferta do produto.
O café subiu em 16 das 17 cidades pesquisadas, com as
maiores elevações de preço em Goiânia (15,69%), Campo Grande (14,79%), Brasília
(10,03%) e Natal (9%). O preço do produto tem aumentado devido a alta do dólar,
favorecendo as exportações, e o clima desfavorável, com a geada ocorrida em
julho.
O óleo de soja teve alta em 15 capitais em setembro na
comparação com agosto. A maior elevação foi registrada em Campo Grande (3,4%).
De acordo com o Dieese, o aumento está relacionado com crescimento das
exportações, especialmente para a China, devido aos problemas de escoamento da
produção dos Estados Unidos.
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