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soldados dos EUA deixam o Afeganistão após quase 20 anos
Mais de 122
mil pessoas foram retiradas de Cabul desde 14 de agosto
Publicado em 30/08/2021 -
18:39 Por Reuters - Washington
Os Estados Unidos
anunciaram nesta segunda-feira (30) a conclusão da saída de suas forças do
Afeganistão após uma caótica missão de retirada aérea, quase 20 anos depois da
invasão do país em resposta aos ataques de 11 de setembro de 2001.
Mais de 122 mil pessoas
foram retiradas de Cabul desde 14 de agosto, um dia antes de o Talibã - que em
2001 abrigava o grupo militante Al Qaeda, que foi responsabilizado pelos
ataques em Nova York e Washington - retomar o controle do país.
O principal diplomata dos
EUA no Afeganistão, Ross Wilson, estava no último voo de um avião C-17 dos EUA,
disse o general Frank McKenzie, chefe do Comando Central dos EUA, em uma
coletiva de imprensa do Pentágono.
A retirada aérea de emergência chegou ao fim antes do prazo de terça-feira (31) estabelecido pelo presidente dos EUA, Joe Biden, que herdou um acordo de retirada de tropas feito com o Talibã por seu antecessor Donald Trump e decidiu no início deste ano concluir a retirada.
Os Estados Unidos e seus
aliados ocidentais lutaram para salvar cidadãos de seus próprios países, bem
como tradutores, funcionários de embaixadas locais, ativistas de direitos
civis, jornalistas e outros afegãos vulneráveis a represálias do Talibã.
As retiradas se tornaram
ainda mais perigosas quando um ataque suicida reivindicado pelo Estado Islâmico
- inimigo tanto do Ocidente quanto do Talibã - matou 13 militares
norte-americanos e dezenas de afegãos que esperavam nos portões do aeroporto na
quinta-feira (26) passada.
Biden, que tem enfrentado
críticas intensas nos EUA e no exterior por causa de suas decisões sobre o
Afeganistão, prometeu perseguir os responsáveis, após o sangrento ataque ao
aeroporto de Cabul.
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