ONU: mais de 8,5 mil crianças
foram usadas como soldados em 2020
Informação está em relatório
anual da organização
Publicado em 22/06/2021 - 06:49 Por
Michelle Nichols - Repórter da Reuters - Nova York
Reuters
Mais de 8,5 mil crianças foram usadas como
soldados no ano passado em vários conflitos pelo mundo, e quase 2,7 mil foram
mortas, informou a Organização das Nações Unidas (ONU) nessa segunda-feira
(21).
O relatório anual do secretário-geral da
ONU, António Guterres, ao Conselho de Segurança da ONU sobre crianças e
conflitos armados abrange assassinatos, mutilações e abuso sexual de crianças,
além da abdução ou recrutamento, negação de acesso a atendimento de saúde e
ataques a escolas e hospitais.
O documento mostra que violações foram
cometidas contra 19,37 mil crianças em 21 conflitos. A maioria das violações em
2020 foi cometida na Somália, República Democrática do Congo, no Afeganistão,
na Síria e no Iêmen.
De acordo com o relatório, 8,52 mil
crianças foram utilizadas como soldados no ano passado, enquanto 2,67 mil foram
assassinadas e 5,74 mil ficaram feridas em diversos conflitos.
O documento também inclui uma lista negra
que tem a intenção de constranger as partes em conflitos, com a esperança de
puni-las para implementar medidas de proteção a crianças. A lista tem sido
objeto de polêmica, com diplomatas afirmando que a Arábia Saudita e Israel
fizeram pressão nos últimos anos para ficar de fora dela.
Israel nunca figurou na lista, enquanto a
coalizão militar liderada pelos sauditas foi removida da lista em 2020, anos
após ter sido apontada e constrangida por causar mortes e ferir crianças no
Iêmen.
Em uma iniciativa para atenuar as
controvérsias em torno do relatório, a lista publicada em 2017 por Guterres foi
dividida em duas categorias. Uma delas lista as partes que colocaram em vigor
medidas para proteger crianças e a outra inclui partes que não tomaram nenhuma
atitude.
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