IBGE:
indústria cai em nove dos 15 locais pesquisados em abril
Produção
foi afetada pela queda nos derivados de petróleo
Publicado em
09/06/2021 - 10:40 Por Akemi Nitahara – Repórter da Agência Brasil - Rio de
Janeiro
Seguindo
tendência nacional, a produção industrial regional recuou em nove dos 15 locais
analisados pela Pesquisa Industrial Mensal (PIM Regional) divulgada hoje (9)
pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Na passagem de
março para abril, as indústrias locais foram afetadas pelo baixo desempenho do
setor de derivados do petróleo.
A produção
nacional, divulgada na semana passada, caiu 1,3% em abril frente a março. A
maior queda ocorreu na Bahia, que recuou 12,4%, a maior diminuição desde abril
de 2020, uma queda de 23,4%. Com a quinta taxa negativa, a Bahia acumula perdas
de 31,8%.
A Região
Nordeste teve a segunda maior queda, de 7,8% no mês, influenciada pelo
resultado da indústria de couro, artigos de viagens e calçados. A queda
acumulada em cinco meses negativos chega a 17,1%.
São Paulo
recuou 3,3%, queda também acima da média nacional, afetada pelo desempenho dos
setores de derivados do petróleo, farmacêutico e de outros produtos químicos.
Completam os locais com taxas negativas em abril, Goiás (-3,6%), Pernambuco
(-2,4%), Santa Catarina (-2%), Ceará (-1,2%), Mato Grosso (-1,1%) e Minas Gerais
(-0,9%).
Alta
O destaque
entre os locais com alta na produção industrial foi o estado do Amazonas, que
subiu 1,9% e teve a segunda taxa positiva seguida, acumulando ganho de 11%. Ao
contrário dos que registraram queda, no Amazonas o setor de derivados de
petróleo teve bom desempenho.
A segunda maior alta foi no Rio de Janeiro, com ganho de 1,5%. O setor extrativo de petróleo contribuiu para o desempenho positivo. Também registraram alta em abril na comparação mensal as indústrias do Espírito Santo (0,9%), Pará (0,3%), Rio Grande do Sul (0,3%) e Paraná (0,2%).
Em relação a
abril de 2020, o crescimento nacional foi de 34,7% e 12 dos 15 locais
pesquisados tiveram alta. Porém, o IBGE destaca que a base de comparação é
muito baixa, já que em abril do ano passado o setor industrial foi muito
pressionado pelo isolamento social decorrente da pandemia de covid-19.
Os maiores
avanços na comparação anual foram do Amazonas (132,8%) e Ceará (90,2%). Acima
da média nacional também ficaram o Paraná (55,1%), Rio Grande do Sul (53,8%),
Santa Catarina (50,5%) e São Paulo (45,5%).
Completam a
lista dos locais com alta, em relação a abril de 2020, Minas Gerais (32,5%),
Pernambuco (31,4%), Espírito Santo (26,1%), região Nordeste (20,2%), Rio de
Janeiro (10,3%) e Pará (6,0%).
As taxas
negativas, na comparação anual, foram registradas na Bahia (-10%), Goiás
(-8,7%) e Mato Grosso (-2%).
Pandemia
Segundo o
IBGE, o resultado de abril foi afetado pelo agravamento da pandemia de
covid-19, com as medidas restritivas, a diminuição da circulação de pessoas e
escalas na jornada de trabalho. Mesmo assim, cinco locais estão acima do
patamar pré-pandemia, tendo como referência o mês de fevereiro de 2020: Minas
Gerais (10,2% acima); Santa Catarina (7,2%), Paraná (6,4%), Amazonas (4,4%) e
São Paulo (3,4%).
No acumulado
de 12 meses, o Brasil registra alta de 1,1% na produção industrial, assim como
oito das regiões pesquisadas. As maiores altas acumuladas são em Pernambuco
(7,4%), Santa Catarina (6,6%), Paraná e Rio Grande do Sul, ambos com aumento de
4,7%.
Por outro
lado, as maiores quedas acumuladas em 12 meses foram registradas na Bahia
(-9,8%), Espírito Santo (-9,2%) e Mato Grosso, que acumula perdas de 5,9%.
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