G7 deve
doar 1 bilhão de doses de vacinas a países mais pobres
Meta é
ajudar a imunizar o mundo até o fim de 2022
Publicado em
11/06/2021 - 08:18 Por Kate Holton - Repórter da Agência Brasil - Carbis Bay
(Inglaterra)
O
primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, espera que o Grupo dos 7 (G7)
aceite doar 1 bilhão de doses de vacinas contra covid-19 para países mais
pobres durante a cúpula que começa nesta sexta-feira (11), ajudando a imunizar
o mundo até o fim do ano que vem.
Algumas horas
após o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, prometer uma medida enérgica
na batalha contra o novo coronavírus, com uma doação de 500 milhões de doses da
Pfizer, Johnson afirmou que o Reino Unido doará pelo menos 100 milhões de
imunizantes excedentes aos países mais pobres.
Johnson já
pediu que os líderes do G7 se comprometam com a vacinação do mundo todo até o
fim de 2022, e o grupo deve prometer 1 bilhão de doses durante a cúpula de três
dias no retiro litorâneo de Carbis Bay, na Inglaterra.
Alguns grupos
criticaram o plano, classificando-o como uma gota em um oceano, e a Oxfam
estima que quase 4 bilhões de pessoas vão depender do consórcio Covax para ter
acesso às vacinas. O programa distribui doses de vacinas contra a covid-19 para
países de média e baixa renda.
"Como
resultado do sucesso do programa de vacinação do Reino Unido, estamos agora em
posição de compartilhar nossas doses excedentes com os que precisam
delas", dirá Johnson nesta sexta-feira, de acordo com trechos do anúncio
que foram antecipados por seu gabinete.
"E
fazendo isso, daremos um grande passo para derrotar essa pandemia de uma vez
por todas."
A covid-19 já
matou mais de 3,9 milhões de pessoas e destruiu a economia global, com as infecções
registradas em mais em 210 países e territórios, desde que os primeiros casos
foram identificados na China em dezembro de 2019.
Embora os
cientistas tenham trazido a vacina ao mercado em velocidade recorde - o Reino
Unido já aplicou a primeira dose em 77% de sua população adulta e os Estados
Unidos em 64% -, eles dizem que a pandemia só irá acabar quando todos os países
estiverem vacinados.
Com a
população global chegando aos 8 bilhões, e como a maioria das pessoas precisa
de duas doses, se é que as doses de reforço não serão necessárias para combater
também as variantes, grupos dizem que o comprometimento marca um começo, mas
afirmam que os líderes mundiais precisam ir além e de maneira muito mais veloz.
"O
objetivo do G7 de providenciar 1 bilhão de doses deveria ser visto como um
mínimo absoluto, e o cronograma precisa ser acelerado", disse Lis Wallace,
da organização social de combate à pobreza ONE.
"Estamos
em uma corrida contra esse vírus e quanto mais tempo ele estiver na frente,
maior é o risco de que novas variantes mais perigosas prejudiquem o progresso
global", acrescentou.
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