EUA doarão
500 milhões de vacinas a mais de 90 países
Anúncio foi
feito durante visita à Inglaterra
Publicado em
10/06/2021 - 10:43 Por Steve Holland e Andrea Shalal* - Repórteres da Reuters -
ST Ives (Inglaterra)
O presidente
dos Estados Unidos (EUA), Joe Biden, planeja comprar da Pfizer 500 milhões de
doses da vacina contra o novo coronavírus e doá-las para mais de 90 países. Ao
mesmo tempo, ele pede que as democracias do mundo façam sua parte para ajudar a
acabar com a pandemia, disse a Casa Branca.
O anúncio da
doação de vacinas - a maior já feita por qualquer país - chega depois de Biden
se encontrar com presidentes das outras economias avançadas do G7 na
Inglaterra.
"O
objetivo da doação é salvar vidas e encerrar a pandemia, além de fornecer o
fundamento de ações adicionais a serem anunciadas nos próximos dias",
informou a Casa Branca.
A farmacêutica
norte-americana Pfizer e sua parceria alemã BioNTech proporcionarão 200 milhões
de doses em 2021 e 300 milhões na primeira metade de 2022, que os EUA então
distribuirão a 92 países de renda baixa e à União Africana.
As vacinas,
que serão produzidas nas instalações norte-americanas da Pfizer, serão
disponibilizadas a um preço sem margem de lucro.
"Nossa
parceria com o governo dos EUA ajudará a levar centenas de milhões de doses de
nossa vacina aos países mais pobres do mundo o mais rapidamente possível",
disse o executivo-chefe da Pfizer, Albert Bourla.
As novas
doações se somam às cerca de 80 milhões de doses que Washington já prometeu
doar até o fim de junho e aos US$ 2 bilhões contingenciados para o programa
Covax, liderado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), e a Aliança Global
para Vacinas e Imunização (Gavi), acrescentou o governo norte-americano..
A Gavi e a OMS
saudaram a iniciativa, mas grupos de ativismo antipobreza pediram que se faça
mais para aumentar a produção mundial de vacinas.
"Certamente
esses 500 milhões de doses de vacina são bem-vindas, já que ajudarão mais de
250 milhões de pessoas, mas isso ainda é uma gota no oceano comparado à
necessidade em todo o mundo", disse Niko Lusiani, que comanda a unidade de
vacinas da Oxfam América.
"Precisamos
de uma transformação rumo à fabricação de vacina mais distribuída, para que
produtores qualificados de todo o mundo possam produzir bilhões a mais de doses
de baixo custo em seus próprios termos, sem restrições de propriedade
intelectual", acrescentou Lusiani em comunicado.
Biden apoia a
dispensa de direitos de propriedade intelectual de algumas vacinas, mas não
existe consenso internacional sobre como proceder.
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