Nova EJA,
segundo a confederação, é aplicada pelo
Publicado em
01/06/2021 - 08:00 Por Agência Brasil - Brasília
Diante de um
cenário educacional com alto número de adultos sem a conclusão do ensino médio
completo, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) defendeu a aplicação de
uma metodologia do Serviço Social da Indústria (Sesi), a Nova Educação para
Jovens e Adultos (EJA). De acordo com a entidade, o modelo traz benefícios para
a conclusão dessa etapa educacional.
“A
modalidade tem como principais diferenciais a redução do tempo de formação,
sendo 12 meses para o ensino médio, e de permanência do aluno em sala de aula,
com até 80% de ensino a distância; reconhecimento de saberes, que identifica
competências desenvolvidas nas experiências de vida e trabalho para um ensino
mais personalizado; escolha de itinerários ligados a oito áreas da indústria; e
material didático de direito autoral próprio”, informou a CNI, em nota.
Essa
metodologia é adotada em 22 estados, e o número de matrículas vem crescendo.
Passou de 6,8 mil alunos em 2017 para 36,7 mil em 2020. Existe ainda o projeto
da EJA Profissionalizante. Nele, o estudante tem a possibilidade de concluir o
ensino médio e um curso de qualificação profissional no período de um ano. A
taxa de conclusão do EJA Profissionalizante é de 93%. O projeto-piloto foi
realizado nos estados da Bahia, do Pará e de Santa Catarina nos anos de 2016 e
2017.
“Nós somos o
país com um dos maiores índices de abandono e reprovação, sendo o ensino médio
a etapa mais crítica. A educação de jovens e adultos que já foram derrotados
pelo sistema, às vezes uma, duas, três vezes, deve ser considerada prioritária.
E não adianta aplicar a mesma metodologia de ensino, com 1.200 a 1.400 horas.
Na primeira dificuldade pessoal ou familiar, esse aluno vai embora”, disse o
diretor-superintendente do Sesi, Rafael Lucchesi.
O Censo
Escolar de 2020 mostrou queda acentuada de matrículas no contexto da Educação
de Jovens e Adultos (EJA). No período, em ano com a pandemia já deflagrada no
país, foram 270 mil estudantes a menos nas salas de aula. Além disso, dados de
2019 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostraram que
51,2% (69,5 milhões) dos adultos, pessoas de 25 anos ou mais, não concluíram o
ensino médio.
O Sesi faz
parte do Sistema S, um conjunto de entidades, administradas por federações e
confederações patronais, voltadas para treinamento profissional, assistência
social, consultoria, pesquisa e assistência técnica. São elas: o Serviço Social
da Indústria (Sesi), Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai),
Serviço Social do Comércio (Sesc), Serviço Nacional de Aprendizagem do Comércio
(Senac), Serviço Social de Transporte (Sest), Serviço Nacional de Aprendizagem
do Transporte (Senat), Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), Serviço
Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop) e Serviço Brasileiro de
Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).
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