Centro-esquerda
vence eleições regionais no Chile e conquista capital
Bloco
conquistou maioria dos cargos de governador
Publicado em
14/06/2021 - 07:57 Por RTP – Santiago
A coligação de
partidos de centro-esquerda Unidade Constituinte (UC) foi a grande vencedora do
segundo turno das eleições regionais desse domingo (13), conquistando a maioria
dos cargos de governador, incluindo o de Santiago. O candidato Claudio Orrego,
um militante dos Democratas-Cristãos (DC), venceu com 52,7% dos votos da
capital.
A coligação
conquistou 10 das 16 regiões do país, oito das quais obtidas no segundo turno e
duas no primeiro.
É a primeira
vez na história que o Chile elege as suas autoridades regionais, anteriormente
nomeadas pelo governo. Essas eleições são consideradas eleições cruciais para a
descentralização do país.
"Assumimos
este triunfo com grande humildade e tremendo sentido de responsabilidade.
Levantar a região metropolitana após a pandemia vai ser uma tarefa muito
difícil", disse Orrego, que venceu em Santiago Karina Oliva (47,27%), da
Frente Ampla (FA), uma esquerda mais radical.
Karina
declarou que, apesar da derrota, o seu bloco "cresceu" e que "é
importante" manter "a unidade, força e organização, mas sobretudo a
convicção intacta" de que a região e o país "podem ser muito mais
justos e democráticos".
A direita foi
a grande perdedora, apenas conseguindo ganhar nas urnas na região da Araucanía,
no centro do país, conhecida por ser uma área de conflito entre as autoridades
e os povos indígenas.
Luciano Rivas,
um independente que concorreu na lista do bloco de direita dominante Chile
Vamos, vai governar a região.
Dados
eleitorais
Apenas 2,5
milhões dos 13 milhões de eleitores votaram para eleger os governadores de 13
das 16 regiões do Chile.
A participação
nas eleições, que se realizaram em plena pandemia de covid-19 e com toda a
capital confinada, foi a mais baixa (19,6%) desde o regresso à democracia em
1990, muito abaixo do mínimo registrado nas eleições municipais de 2016, quando
apenas 34,9% exerceram o direito de voto.
Desde que o
voto deixou de ser obrigatório em 2012, nenhuma eleição excedeu 50% de
participação, à exceção da votação de outubro de 2020 (50,9%).
No primeiro
turno, o comparecimento às urnas foi ligeiramente superior (43%).
Os eleitos
tomam posse em 14 de julho para um mandato de quatro anos.
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