Abate de
bovinos no primeiro trimestre tem menor nível desde 2009
Produção de
frangos e de suínos é recorde na série histórica
Publicado em
08/06/2021 - 10:43 Por Akemi Nitahara – Repórter da Agência Brasil - Rio de
Janeiro
O abate de
bovinos no primeiro trimestre deste ano foi de 6,56 milhões de cabeças, uma
queda de 10,6% em comparação ao primeiro trimestre de 2020 e de 10,9% ante o
trimestre anterior. É o menor resultado desde o primeiro trimestre de 2009. Os
dados são da Estatística da Produção Pecuária, divulgada hoje (8) pelo
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A queda no
abate de bovinos foi verificada em 23 das 27 unidades da federação. O estado de
Mato Grosso continua liderando o abate de bovinos, com 15,7% da participação
nacional, seguido por Mato Grosso do Sul, com 11,7%, e São Paulo, que detém
10,2% da produção brasileira.
Frango e
suínos
O abate de
frangos teve no período um novo recorde na série histórica, iniciada em 1997,
chegando a 1,57 bilhão de cabeças. O resultado é 3,3% superior ao mesmo período
de 2020 e cresceu 0,7% na comparação com o quarto trimestre de 2020. O Paraná
lidera a produção com folga, sendo o estado responsável por 33,1% da
participação nacional, seguido por Rio Grande Sul (13,9%) e Santa Catarina
(13,3%).
O abate de
suínos no primeiro trimestre de 2021 foi de 12,62 milhões de cabeças, o melhor
resultado para o período desde o início da série. O aumento foi de 5,7% em
relação ao mesmo período de 2020 e de 0,6% na comparação com o quarto trimestre
de 2020. Santa Catarina tem 28,9% da participação nacional, seguido por Paraná
(20,3%) e Rio Grande do Sul (17,5%).
De acordo com o supervisor da pesquisa, Bernardo Viscardi, o resultado do primeiro trimestre do ano condiz com o que foi observado no ano passado. “Houve uma continuidade da tendência observada em 2020, com queda no abate de bovinos e crescimento de suínos e frangos. Ao mesmo tempo, os preços médios da arroba bovina e do bezerro atingiram valores máximos nas respectivas séries”.
Exportação
Segundo o
IBGE, a produção para exportação continua aquecida. A Secretaria de Comércio
Exterior (Secex) do Ministério da Economia registrou o terceiro maior volume de
carne bovina in natura exportada para o período analisado, com 133,82 mil
toneladas apenas em março, um recorde para o mês.
Quanto aos
suínos, os preços do animal vivo e da carne suína no mercado interno sofreram
desvalorização no trimestre, aumentando sua competitividade. Ao mesmo tempo,
foi registrado recorde de exportações de carne suína in natura, de acordo com a
Secex.
De acordo com
o instituto, o desempenho das exportações da carne de frango permaneceu em
patamares razoáveis no trimestre, o que indica que o aumento da produção se
destinou ao consumo interno.
Leite, ovos
e couro
A pesquisa
indica que a aquisição do leite cru teve aumento de 1,8% em relação ao primeiro
trimestre de 2020, chegando a 6,56 bilhões de litros, a maior no acumulado em
um primeiro trimestre na série histórica. O resultado é 3,5% menor em
comparação com o quarto trimestre de 2020, uma queda sazonal esperada.
A produção de
ovos de galinha foi de 978,25 milhões de dúzias, um aumento de 0,3% frente ao
apurado no primeiro trimestre de 2020 e queda de 1,3% na comparação com o
trimestre anterior.
Quanto à
Pesquisa Trimestral do Couro, os curtumes receberam 7,07 milhões de peças de
couro no primeiro trimestre, 6,6% a menos do que o adquirido no primeiro
trimestre de 2020 e queda de 8% em relação ao quarto trimestre de 2020. O menor
resultado para um primeiro trimestre desde 2002.
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