Maior
impacto foi da alta da energia elétrica: 2,31%
Publicado em
25/05/2021 - 10:40 Por Akemi Nitahara – Repórter da Agência Brasil - Rio de
Janeiro
O Índice
Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), conhecido como prévia da
inflação, apresentou em maio alta de 0,44%. O índice ficou abaixo da taxa de
abril (0,60%) e acumula alta de 3,27% no ano. Nos últimos 12 meses, a variação
está em 7,27%, acima dos 6,17% registrados nos 12 meses anteriores.
Os dados foram
divulgados hoje (25), no Rio de Janeiro, pelo Instituto Brasileiro de Geografia
e Estatística (IBGE). É o maior resultado para um mês de maio desde 2016,
quando o índice foi de 0,86%. Em maio de 2020, ficou em -0,59%.
O maior
impacto na prévia da inflação foi o grupo saúde e cuidados pessoais, que subiu
1,23%, após aumento de 0,44% em abril. O grupo foi influenciado pelo reajuste
de 10,08% nos medicamentos.
Individualmente,
o maior impacto veio da alta na energia elétrica, que subiu 2,31%, dentro do
grupo habitação, que teve aumento de 0,79%. O IBGE destacou que, em maio,
passou a vigorar a bandeira tarifária vermelha patamar 1, depois de quatro
meses na amarela, que acrescenta R$ 4,169 na conta de luz a cada 100
quilowatts-hora consumidos. Também contribuíram para a alta os reajustes nas
contas de luz de Fortaleza (8,27%), Salvador (5,83%) e Recife (5,40%).
O aumento de
1,45% no gás de botijão também foi destacado pelo IBGE, registrando o 12º mês
consecutivo de reajuste, embora menor que em abril (2,49%).
A alimentação
no domicílio passou de aumento de 0,19% em abril para 0,50% em maio,
contribuindo para a aceleração de 0,48% no grupo alimentação e bebidas. As
carnes subiram 1,77% e acumulam alta de 35,68% em 12 meses, enquanto o tomate
subiu 7,24%, após cair 3,48% em abril. O preço das frutas recuou 6,45% em maio.
Deflação
O único grupo
que teve deflação em maio foi o de transportes (-0,23%), influenciado pela
queda de 28,85% nas passagens aéreas. Houve recuo também nos transportes por
aplicativo (-9,11%) e no seguro voluntário de veículo (-3,18%).
Os automóveis
novos ficaram mais caros 1,16%, o conserto de automóvel subiu 1,05% e a
gasolina aumentou 0,29%, acumulando alta de 41,55% nos últimos 12 meses. O IBGE
registrou aumento também nas tarifas do metrô (0,46%) e do ônibus urbano
(0,25%).
Por região,
Brasília foi a única região com deflação em maio, onde o IPCA-15 ficou em
-0,18%. A queda foi influenciada pelas passagens aéreas (-37,10%), gasolina
(-1,42%) e frutas (-10,03%). O maior índice no mês foi observado em Fortaleza
(1,08%), com as altas da energia elétrica (8,27%) e dos produtos farmacêuticos
(3,51%).
A coleta de
preços do IPCA-15 ocorreu entre 14 de abril e 13 de maio de 2021, sendo
comparados com os valores vigentes de 16 de março a 13 de abril.
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