Agências
de inteligência examinam relatos de pesquisadores
Publicado em
25/05/2021 - 09:45 Por Stephanie Nebehay - Repórter da Reuters - Genebra
Os Estados
Unidos (EUA) pediram nesta terça-feira (25) que especialistas internacionais
avaliem a origem do novo coronavíru e os "primeiros dias do surto",
em uma nova investigação sobre a origem do vírus responsável pela covid-19.
Agências de
inteligência dos EUA estão examinando relatos de que pesquisadores de um
laboratório de virologia chinês ficaram gravemente doentes um mês antes de os
primeiros casos de covid-19 serem relatados em 2019, de acordo com fontes do
governo dos EUA, que advertiram, no entanto, que ainda não há provas de que a
doença se originou no laboratório.
"A fase
2 do estudo da origem da covid-19 deve ser lançada com termos de referência
transparentes, com base científica e dando aos especialistas internacionais a
independência para avaliar completamente a origem do vírus e os primeiros dias
do surto", disse o secretário de Saúde dos EUA, Xavier Becerra, em
mensagem de vídeo para a reunião ministerial anual da Organização Mundial da
Saúde (OMS).
Becerra não
mencionou diretamente a China, onde os primeiros casos humanos conhecidos de
covid-19 surgiram na cidade de Wuhan, em dezembro de 2019.
A origem do
vírus é fortemente contestada. Em relatório divulgado em março, escrito em
conjunto com cientistas chineses, uma equipe liderada pela OMS, que passou
quatro semanas em Wuhan em janeiro e fevereiro, disse que o vírus provavelmente
foi transmitido de morcegos para humanos por meio de outro animal, e que
"a introdução por meio de um incidente de laboratório foi considerada um
caminho extremamente improvável".
Sobre uma
nova missão de acompanhamento, o porta-voz da OMS Tarik Jasarevic disse à
Reuters nessa segunda-feira (24) que a agência estava revisando as
recomendações do relatório em nível técnico.
“As equipes
técnicas prepararão uma proposta para os próximos estudos que deverão ser
realizados e a apresentarão ao diretor-geral para sua consideração”, disse ele,
referindo-se ao diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus.
Jasarevic,
lembrando observações de Tedros em 30 de março, disse que mais estudos seriam
necessários em uma série de áreas, incluindo a detecção precoce de casos e
clusters, os papéis potenciais dos mercados de animais, a transmissão por meio
da cadeia alimentar e a hipótese de incidentes de laboratório.
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