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QUESTÕES SOBRE ALPHONSUS DE GUIMARAENS



1. (UFSCar-SP) A ênfase na seleção de vocabulário poético, com o objetivo de transferir ao poema o máximo de correspondência sensorial, é uma característica do:
a) Romantismo, sobretudo na obra de Castro Alves
b) Barroco, principalmente em Gregório de Matos
c) Simbolismo, representado pelas obras de Cruz e Sousa e Alphonsus de Guimaraens
d) Parnasianismo, representado pela obra de Alberto de Oliveira
e) Pré-Modernismo, principalmente em Jorge de Lima.


2. (PUCCAMP-SP) Cruz e Sousa e Alphonsus de Guimaraens são poetas identificados com um movimento artístico cujas características são:
a) o jogo de contrastes, o tema da fugacidade da vida e fortes inversões sintáticas.
b) a busca da transcendência, a preponderância do simbolismo entre as figuras e o cultivo de um vocabulário ligado às sensações.
c) a espontaneidade coloquial, os temas do cotidiano e o verso livre.
d) o perfeccionismo formalista, a recuperação dos ideais clássicos e o vocabulário preciso.
e) o jogo dos sentimentos exacerbados, o alargamento da subjetividade e a ênfase na adjetivação


3. (PUC-RS 2006) Morte e ________ são temas presentes tanto na poesia de ________ quanto na de _________, considerados as duas principais matrizes do ________ no Brasil, movimento do final do século XIX, de inspiração francesa.
As lacunas podem ser correta e respectivamente preenchidas por
a) mitologia - Cruz e Sousa - Eduardo Guimaraens - Parnasianismo
b) melancolia - Alphonsus de Guimaraens - Raimundo Correa - Simbolismo
c) religiosidade - Cruz e Sousa - Alphonsus de Guimaraens - Simbolismo
d) amor - Olavo Bilac - Raimundo Correa - Parnasianismo
e) natureza - Cruz e Sousa - Eduardo Guimaraens - Simbolismo


4. (UEG 2006) ÚLTIMOS VERSOS
Na tristeza do céu, na tristeza do mar,
eu vi a lua cintilar.
Como seguia tranquilamente
por entre nuvens divinais!
Seguia tranquilamente
como se fora a minh'Alma,
silente,
calma,
cheia de ais.
A abóboda celeste,
que se reveste
de astros tão belos,
era um país repleto de castelos.
E a alva lua, formosa castelã,
seguia
envolta num sudário alvissimo de lã,
como se fosse
a mais que pura Virgem Maria...
Lua serena, tão suave e doce,
do meu eterno cismar,
anda dentro de ti a mágoa imensa
do meu olhar!
GUIMARAENS, Alphonsus de. 'Melhores poemas'. Seleção de Alphonsus de Guimaraens Filho. São Paulo: Global, 2001. p. 161.
Entre as características poéticas de Alphonsus de Guimaraens, predomina no poema apresentado
a) o diálogo com amada.
b) o poema-profanação.
c) as imagens de morte.
d) o poema-oração.


5. (UEPA 2012) Respirando os ares da modernidade literária, a estética simbolista revela-se uma reação artística a referencialidade que violentamente restringe a palavra poética ao mundo das coisas e conceitos. No intuito de libertar a linguagem poética, o Simbolismo explora diversos recursos sensoriais a fim de sugerir mistérios. Simbolista, Alphonsus de Guimaraens escreve muitos textos que apelam para o símbolo visual, a imagem, carregado de insinuações de misticismo e morte.
Marque a alternativa cujos versos se relacionam ao comentário acima.
a) Queimando a came como brasas,
    Venham as tentações daninhas,
    Que eu lhes parei, bem sob as asas,
    A alma cheia de ladainhas.
b) Quando Ismália enlouqueceu,
    Pôs-se na torre a sonhar...
    Viu uma lua no céu,
    Viu outra lua no mar.
c) Encontrei-te. Era o mês... Que importa o mês? agosto,
    Setembro, outubro, maio, abril, janeiro ou março,
    Brilhasse o luar, que importa? ou fosse o sol já posto,
    No teu olhar todo o meu sonho andava esparso.
d) Lua eterna que não tiveste fases,
    Cintilas branca, imaculada brilhas,
    E poeiras de astros nas sandálias trazes...
e) Venham as aves agoireiras,
    De risada que esfria os ossos...
    Minh'alma, cheia de caveiras,
    Está branca de padre-nossos.


6. (UFRRJ 2003) Leia o fragmento a seguir do poema 'Evocações' de Alphonsus de Guimaraens:
"Na primavera que era a derradeira,
Mãos estendidas a pedir esmola
Da estrada fui postar-me à beira.
Brilhava o sol e o arco-íris era a estola
Maravilhosamente no ar suspensa"
Como se sabe, Alphonsus de Guimaraens é tido como um dos mais importantes representantes do Simbolismo no Brasil. No fragmento acima, pode-se destacar a seguinte característica da escola a qual pertence:
a) bucolismo, que se caracteriza pela participação ativa da natureza nas ações narradas.
b) intensa movimentação e alta tensão dramática.
c) concretismo e realismo nas descrições.
d) foco no instante, na cena particular e na impressão que causa.
e) tom poético melancólico, apresentando a natureza como cúmplice na tristeza.


7. (UFAM 2010) Considere o poema abaixo, de Alphonsus de Guimaraens:
Quando Ismália enlouqueceu,
Pôs-se na torre a sonhar...
Viu uma lua no céu,
Viu outra lua no mar.
No sonho em que se perdeu,
Banhou-se toda em luar...
Queria subir ao céu,
Queria descer ao mar...
E, no desvario seu,
Na torre pôs-se a cantar...
Estava perto do céu,
Estava longe do mar...
E como um anjo pendeu
As asas para voar...
Queria a lua do céu,
Queria a lua do mar...
As asas que Deus lhe deu
Ruflaram de par em par...
Sua alma subiu ao céu,
Seu corpo desceu ao mar...
Sobre ele é incorreto afirmar que
a) é um texto que caracteriza a essência do Simbolismo ao usar a loucura e a torre como alegorias do distanciamento do mundo terreno.
b) a presença da música, da cor prateada, da loucura, do mar e do céu, confirmam a inserção do texto no Simbolismo.
c) a dualidade corpo e alma está presente no poema, nas imagens do mar e do céu, unidas pelo objeto de desejo: a lua.
d) é um poema que traz como tema o suicídio religioso.
e) Ismália recebeu um par de asas para o corpo e outro para a alma, conduzindo a alma ao céu e o corpo ao mar, desfazendo a ideia de suicídio, que pressuporia queda.  


8. (Mack-2001)
Ficávamos sonhando horas inteiras,
Com os olhos cheios de visões piedosas:
Éramos duas virginais palmeiras,
Abrindo ao céu as palmas silenciosas.
As nossas almas, brancas, forasteiras,
No éter sublime alavam-se radiosas.
Ao redor de nós dois, quantas roseiras…
O áureo poente coroava-nos de rosas.
Era um arpejo de harpa todo o espaço:
Mirava-a longamente, traço a traço,
No seu fulgor de arcanjo proibido.
Surgia a lua, além, toda de cera…
Ai como suave então me parecera
A voz do amor que eu nunca tinha ouvido!
Alphonsus de Guimaraens
O texto exemplifica o seguinte princípio estético:
a) Sempre haverá uma poesia popular sem arte, e poetas populares sem apuro gramatical e métrico, versejando com o falar da gente rústica.
b) … jamais se deve arriscar o emprego de qualquer locução ambígua; sigo, como de costume, na esteira de Quintiliano (…)
c) Movimento de oposição à ordem estabelecida do Iluminismo, reúne um grupo de escritores para o qual o “gênio” se torna a palavra de ordem capaz de possibilitar a rejeição à disciplina e à tradição importada.
d) A busca de vagas sensações, dos estados indefinidos de alma, fazendo que a poesia se aproxime da música, tem como intuito “traduzir” um mundo de essências, um mais além, ora conhecido como o Ideal, ora como o Mistério, intraduzível por si mesmo.
e) Porém declaro desde já que não olhei regras nem princípios, que não consultei Horácio nem Aristóteles, mas fui insensivelmente depós o coração e os sentimentos da Natureza, que não pelos cálculos da arte e operações combinadas do espírito.


9. (PUC-RS)
"Ninguém anda com Deus mais do que eu ando,
Ninguém segue os seus passos como eu sigo,
Não bendigo a ninguém e nem maldigo:
tudo é morte num peito miserando.
Vejo o sol, vejo a luz e todo bando
Das estrelas no olímpico jazigo.
A misteriosa mão de Deus o trigo
Que ela plantou aos poucos vai ceifando."
Um dos temas marcantes da poesia simbolista de Alphonsus de Guimaraens é a _________ profunda e pessoal, como ilustram as estrofes acima:
a) delicadeza.
b) melancolia.
c) religiosidade.
d) ternura.
e) evasão.


10. O simbolismo, escola literária à qual está associada a obra de Alphonsus de Guimaraens, caracterizou-se por ser:
a) positivista, naturalista e cientificista.
b) antipositivista, antinaturalista e anticientificista;
c) objetivista e materialista.
d) uma retomada aos modelos greco-latinos.
e) subjetivista e racionalista.


GABARITO

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