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QUESTÕES SOBRE A REVOLUÇÃO FRANCESA VI



1. (UFRN/2012) Em 1789, no contexto da Revolução Francesa, na Assembleia Nacional, os representantes do povo elaboraram a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, que, entre outras proposições, enunciou:
Os homens nascem livres e iguais em direitos. As distinções sociais só podem ter fundamento na utilidade comum.
O fim de toda associação política é a conservação dos direitos naturais e imprescritíveis do homem. Estes direitos são: a liberdade, a propriedade, a segurança e a resistência à opressão.
A lei é a expressão da vontade geral. Deve ser igual para todos, protegendo ou punindo.
Sendo todos os cidadãos iguais perante a lei, são, igualmente, admitidos a todas as dignidades, cargos e empregos públicos, segundo a capacidade de cada um e sem outra distinção que não seja a das suas virtudes ou talentos.
In: PAINE, T. Os direitos do homem. Petrópolis: Vozes, 1989. [Adaptado].
As proposições citadas, de ampla repercussão no Mundo Contemporâneo, estão fundamentadas
a) nas ideias liberais, defensoras do intervencionismo estatal com a adoção de minuciosa regulamentação de todos os aspectos da vida social.
b) nos valores defendidos pelos adeptos do liberalismo, em oposição aos governos autoritários e à organização social baseada em privilégios.
c) nas posições políticas burguesas, favoráveis à harmonia coletiva garantida pelo acesso de todos os grupos sociais à propriedade privada dos meios de produção.
d) nos princípios iluministas, alicerçados na defesa da igualdade econômica como um direito que garantiria a cidadania proletária.


2. (Fac. Direito de Sorocaba SP/2013) Artigo 1.º da Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão (1789): Os homens nascem e vivem livres e iguais em direitos. As distinções sociais só podem ter fundamento na utilidade comum.
Acerca do artigo citado, é correto afirmar que
a) rompeu com os privilégios característicos do Antigo Regime e propôs a igualdade perante a lei.
b) antecipou uma das principais características da proposta socialista, a igualdade econômica.
c) extinguiu a escravidão, mas os benefícios e privilégios da nobreza continuariam a existir.
d) efetivou a sua realização apenas em 1948, com a Declaração Universal dos Direitos Humanos, feita pela ONU.
e) provocou descontentamento de nobres e burgueses, pois era uma reivindicação de trabalhadores e camponeses.


3. (Fac. Santa Marcelina SP/2013) Três Estados compunham a sociedade francesa no final do Antigo Regime. Assinale a alternativa que identifica corretamente um desses Estados, no contexto que culminou na Revolução de 1879.
a) O Segundo Estado tinha Napoleão como seu líder, que defendia a Monarquia.
b) A burguesia tomou posição contrária às reformas econômicas e sociais.
c) O Terceiro Estado tinha poderes reduzidos, se comparado com o Primeiro e Segundo Estados.
d) O Alto Clero defendia as reformas propagadas pelos filósofos iluministas.
e) O Rei Luiz XVI ficou equidistante da política e não se aliou a nenhum dos Estados.


4. (FUVEST SP/2013) Oh! Aquela alegria me deu náuseas. Sentia-me ao mesmo tempo satisfeito e descontente. E eu disse: tanto melhor e tanto pior. Eu entendia que o povo comum estava tomando a justiça em suas mãos. Aprovo essa justiça, mas poderia não ser cruel? Castigos de todos os tipos, arrastamentos e esquartejamentos, tortura, a roda, o cavalete, a fogueira, verdugos proliferando por toda parte trouxeram tanto prejuízo aos nossos costumes! Nossos senhores colherão o que semearam.
Graco Babeuf, citado por R. Darnton. O beijo de Lamourette. Mídia, cultura e revolução. São Paulo: Companhia das Letras, 1990, p. 31. Adaptado.
O texto é parte de uma carta enviada por Graco Babeuf à sua mulher, no início da Revolução Francesa de 1789. O autor
a) discorda dos propósitos revolucionários e defende a continuidade do Antigo Regime, seus métodos e costumes políticos.
b) apoia incondicionalmente as ações dos revolucionários por acreditar que não havia outra maneira de transformar o país.
c) defende a criação de um poder judiciário, que atue junto ao rei.
d) caracteriza a violência revolucionária como uma reação aos castigos e à repressão antes existentes na França.
e) aceita os meios de tortura empregados pelos revolucionários e os considera uma novidade na história francesa.


5. (PUC RJ/2013) “A Revolução Francesa constitui um dos capítulos mais importantes da longa e descontínua passagem histórica do feudalismo ao capitalismo. Com a Revolução (científica) do século XVII e a Revolução Industrial do século XVIII na Inglaterra, e ainda com a Revolução Americana de 1776, a Grande Révolution lança os fundamentos da História contemporânea.” [Mota, C. G. A Revolução Francesa].
Entre as transformações promovidas pela Revolução na França, iniciada em 1789, é CORRETO afirmar que:
a) os privilégios feudais e o regime de servidão foram abolidos destruindo a base social que sustentava o Antigo Regime absolutista francês.
b) a Revolução aboliu o trabalho servil e fortaleceu o clero católico instituindo uma série de medidas de caráter humanista.
c) os revolucionários derrubaram o rei e proclamaram uma República fundamentada no igualitarismo radical na qual a propriedade privada foi abolida.
d) a Revolução rompeu os laços com a Igreja católica iniciando uma reforma de cunho protestante que se aproximava dos ideais da ética do capitalismo moderno.
e) a Revolução, mesmo em seu momento mais radical, não foi capaz de romper com as formas de propriedade e trabalho vigentes no antigo regime.


6. (UFTM MG/2013) A Revolução Francesa não deve ser considerada apenas como uma revolução burguesa.
(Modesto Florenzano. As revoluções burguesas, 1982.)
Essa afirmação pode ser considerada
a) correta, pois a burguesia obteve, por meio de alianças com outros países, capacidade militar suficiente para impedir o surgimento de mobilizações em outros segmentos sociais.
b) correta, pois a Revolução Francesa nasceu da vontade burguesa de implantar a república e de impor a política econômica mercantilista.
c) errada, pois a burguesia contou com o apoio do alto clero na luta contra o iluminismo e a população rebelada.
d) correta, pois, além das ações burguesas, a Revolução Francesa contou com grandes mobilizações de camponeses e trabalhadores urbanos.
e) errada, pois, à exceção da burguesia, os outros segmentos sociais eram incapazes de transformar e reorganizar a economia e a política francesas.


7. (UFU MG/2012) As mães, as filhas, as irmãs, representantes da Nação pedem ser constituídas em Assembleia Nacional.
Considerando que a ignorância, o esquecimento ou o menosprezo dos direitos da mulher são as únicas causas das desgraças públicas e da corrupção do governo, resolvemos expor, numa declaração solene, os direitos naturais, inalteráveis e sagrados da mulher. Em consequência, o sexo superior em beleza, como em coragem nos sofrimentos maternais, reconhece e declara, em presença e sob os auspícios do Ser Supremo, os seguintes direitos da mulher e da cidadã.
Art. 1 - A mulher nasce livre e permanece igual ao homem em direitos. As distinções sociais não podem ser fundadas, senão, sobre a utilidade comum.
Art. 2 - A finalidade de toda associação política é a conservação dos direitos naturais e imprescritíveis da mulher e do homem. Estes direitos são: a liberdade, a prosperidade, a segurança e, sobretudo, a resistência à opressão.
Declaração dos Direitos da Mulher e da Cidadã. 1791. (adaptado)
O documento acima foi proposto à Assembleia Nacional da França, durante a Revolução Francesa, por Marie Gouze. A autora propunha uma Declaração de Direitos da Mulher e da Cidadã para igualar-se à Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, aprovada anteriormente. A proposta de Marie Gouze expressa
a) o reconhecimento da fragilidade feminina, devendo a Constituição francesa garantir ações legais e afirmativas com o objetivo de reparar séculos de exploração contra a mulher.
b) a participação das mulheres no processo revolucionário e a reivindicação de ampliação dos direitos de cidadania, com o intuito de abolir as diferenças de gênero na França.
c) a disputa política entre os Jacobinos e Girondinos, uma vez que estes últimos defendiam uma radicalização cada vez maior das conquistas sociais no processo revolucionário.
d) o descontentamento feminino ante as desigualdades que as leis francesas até então garantiam entre os integrantes do terceiro Estado e a aristocracia.


8. (UNIRG TO/2013) Leia o texto a seguir.
Olha para o passado, Burguês; contempla a sombra da Revolução Francesa e treme; ela é o espelho em que nos miramos; da mesma forma que os convencionais, quando nos batemos, tornamo-nos mil vezes mais fortes e milhões de teus milhões não bastam para impedir nossa marcha incansável.
O REGENERADOR, Fortaleza, 1908, p. 30.
O anarquismo esteve fortemente presente no movimento operário da Primeira República brasileira, sendo O Regenerador um dos primeiros jornais libertários do país. No trecho apresentado, há a construção de uma imagem da Revolução Francesa centrada na ideia de
a) derrubada do Absolutismo.
b) laicização do Estado.
c) violência das massas populares.
d) constituição dos direitos políticos.


9. (FPS PE/2013) A Revolução Francesa reorganizou a maneira de atuar da política, buscando uma ampliação dos ideais iluministas. Nem sempre, conseguiu realizar as promessas revolucionárias. A burguesia, sujeito histórico importante do Movimento, atuou:
a) na reformulação da ordem jurídica, não valorizando as sugestões dos economistas clássicos ingleses.
b) na afirmação das ideias filosóficas de Voltaire e Montesquieu, defensores da democracia no seu sentido pleno.
c) no comando das estratégias militares, pouco se vinculando às discussões sobre política mais decisivas.
d) na procura de aumentar sua força política e construir uma ordem social que garantisse sua hegemonia.
e) na liderança dos planejamentos econômicos, não interferindo nas escolhas que sacrificassem as posições da nobreza.


10. (UFRN/2013) Os diversos grupos envolvidos na Revolução Francesa interpretaram diferentemente os princípios teóricos que a fundamentaram. Uma interpretação desses princípios pode ser exemplificada no Manifesto dos Iguais, que se expressava nos seguintes termos:
Desde a própria existência da sociedade civil, o atributo mais belo do homem vem sendo reconhecido sem oposição, mas nem uma só vez pôde ver-se convertido em realidade: a igualdade nunca foi mais do que uma bela e estéril dicção da lei. E hoje, quando essa igualdade é exigida numa voz mais forte do que nunca, a resposta é esta: "Calai-vos, miseráveis! A igualdade não é realmente mais do que uma quimera; contentai-vos com a igualdade relativa: todos sois iguais em face da lei. Que quereis mais, miseráveis?" Que mais queremos? Queremos igualdade efetiva ou a morte. De que mais precisamos além da igualdade de direitos? Queremos vê-la entre nós, sob o teto das nossas casas.
BABEUF, Graco. Manifesto dos Iguais. [Adaptado]
Elaborado na fase do Diretório, esse Manifesto inspirou a "Conspiração dos Iguais", que foi sufocada, e seu líder, Graco Babeuf, preso e executado.
No contexto da Revolução Francesa, esses acontecimentos evidenciam que
a) o partido conservador, cujos membros eram conhecidos como realistas, uniu-se à alta burguesia e lutava para restaurar a monarquia.
b) a facção dos radicais, liderada por Robespierre, temia a ascensão das massas operárias.
c) os ideais inspiradores do movimento revolucionário foram aplicados na medida em que atenderam os interesses da burguesia.
d) as ideias radicais orientaram a ação dos jacobinos, que assumiram a liderança do processo revolucionário.


11. (ESPM/2012) Essas revoltas agrárias visavam toda a aristocracia. Os camponeses esperavam obter a abolição dos direitos feudais: o meio mais certo para isso consistia no incêndio dos castelos e dos seus arquivos ao mesmo tempo, às vezes, os senhores recusavam-se a se desfazer de seus pergaminhos e os camponeses incendiavam o castelo e enforcavam seus donos.
(Carlos Guilherme Mota. A Revolução Francesa de 1789-1799)
A passagem da Revolução Francesa tratada no texto é:
a) Grande Medo;
b) Terror;
c) Fronda;
d) Reação thermidoriana;
e) Revolta da Vendeia.


12. (Fameca SP/2012) Leia o texto.
A história liberal explica que a Revolução ocorreu em 1789 pela difusão das ideias dos iluministas, discutidas amplamente nas sociedades científica e literária. Os iluministas acreditavam que a razão era a única condutora das ações humanas. Combatiam o despotismo e o governo arbitrário, dominado pelos caprichos do rei. Defendiam uma nova ordem social e política: liberdade de pensamento, de expressão; igualdade de direitos civis e políticos, assegurada em lei. Os acontecimentos ocorridos entre 1793-94, o chamado período do Terror, foram ignorados pela maioria dos liberais. “A Revolução Francesa é um bloco que não aceita divisões”, declarou o político George Clemenceau, na Câmara dos Deputados, em 1891; assim como eram únicos os objetivos do terceiro estado que participou da Revolução.
(Nilse Wink Ostermann e Iole Carretta Kunze. As Armas, Cidadãos!, p. 7-8. Adaptado)
Sobre a declaração do político francês, é correto afirmar que ele
a) reconhece o exagero dado à importância do Iluminismo no processo que desencadeou a revolução na França, pois o universo mental francês continuou aristocrático.
b) defende uma ideia diversa do efeito gerador da revolução burguesa na França, que deve ser associado às frágeis condições econômicas às vésperas da Tomada da Bastilha.
c) acredita na inexistência de divergências instransponíveis entre a burguesia francesa e o absolutismo de Luiz XVI, pois ambos defendiam reformas mercantilistas.
d) considera o terceiro estado como socialmente homogêneo e era, no processo revolucionário, composto por grupos com interesses convergentes.
e) aponta para os revolucionários franceses como os sujeitos que efetivaram a construção de uma sociedade francesa livre e, economicamente, igualitária.


13. (FMJ SP/2012) Na fase da Revolução Francesa conhecida como Terror ou Regime do Terror, ocorreu a
a) constituição do Comitê de Salvação Pública e do Tribunal Revolucionário, para organizar a defesa externa e restaurar a ordem interna.
b) instituição do Diretório, para combater internamente a reação dos monarquistas e, na política externa, garantir os avanços militares e os acordos de paz.
c) reunião da Assembleia dos Notáveis, para legitimar a reforma tributária proposta por Luís XVI e extinguir os antigos privilégios fiscais da nobreza e do clero.
d) criação da Assembleia Nacional, para revogar parte dos privilégios feudais da nobreza, abolir o dízimo, confiscar bens eclesiásticos e subordinar a Igreja ao Estado.
e) convocação dos Estados Gerais, para aprovar medidas do governo que contivessem a grave crise econômica e a insatisfação popular.


14. (UNIRG TO/2013) Leia o trecho a seguir.
A ideia de revolução, no seu sentido mais profundo, ou seja, mais radical, é tirada, pelos franceses, do exemplo americano. Não se trata mais de uma guerra ou de uma revolução, destinada apenas a fazer o poder mudar de mãos. Na França de 1789, como nas colônias americanas dez ou quinze anos antes, a ambição de instituir uma sociedade sob o novo está igualmente no coração da ideia revolucionária.
FURET, François. A ideia francesa da revolução. In: A revolução em debate. Bauru, SP: EDUSC, 2001. p. 75. (Adaptado).
O trecho apresentado expõe a concepção de revolução moderna, demarcando como seus exemplos a Revolução Americana e a Revolução Francesa. De acordo com o texto, a novidade da concepção revolucionária, para modernidade, associa-se
a) à derrubada das monarquias causadoras do déficit público que afetava o tesouro dos reinos.
b) ao registro das leis que passavam a ter soberania para organizar a vida dos indivíduos.
c) à abolição do imaginário cristão que defendia que a igualdade pertencia ao reino dos céus.
d) ao ato de produzir acontecimentos históricos que escapavam à lógica do destino.


15. (UFTM MG/2013) Os franceses não possuíam um grande vocabulário político antes de 1789, pois a política se passava em Versalhes, no mundo distante da corte real. Quando as pessoas do povo começaram a participar da política [...], precisaram encontrar palavras para o que tinham visto e feito.
(Robert Darnton. O beijo de Lamourette, 1990.)
A partir do texto, é correto afirmar que a Revolução Francesa de 1789
a) criou novas categorias do pensamento político, como as noções de socialismo e liberalismo.
b) implantou o sufrágio universal na escolha dos governantes e eliminou a influência política da nobreza e da burguesia.
c) extinguiu imediatamente o poder real, instalou a República e democratizou o país.
d) provocou significativa ampliação da participação política dos franceses e renovou as formas de expressão política.
e) afetou um número reduzido de franceses, pois as ações políticas e sociais se concentraram na capital, nova sede do governo.


16. (UEFS BA/2013) Dentre as diversas interpretações da Revolução Francesa de 1789, destaca-se sua caracterização como revolução burguesa, porque a burguesia
a) se aliou, ao tomar o poder, ao clero e à nobreza, favorecendo a retomada dos seus antigos privilégios políticos e sociais.
b) francesa estabeleceu parcerias com a burguesia inglesa, com o objetivo de levar para a França a experiência da Revolução Industrial inglesa.
c) se apossou, reunida na camada social denominada Terceiro Estado, do poder e criou as condições para o desenvolvimento do capitalismo no país.
d) defendeu, através de seus líderes, ideias radicais oriundas do socialismo utópico, instalando experiências políticas em todo o país, denominadas de “comunas”.
e) passou a defender e a realizar, com a queda do Antigo Regime, as aspirações do campesinato e do proletariado francês, dividindo com eles o exercício do poder conquistado.


17. (UNIMONTES MG/2013) O Terceiro Estado na França do século XVIII correspondia à/aos
a) nobres empobrecidos pelas guerras europeias, mas altamente considerados pelos seus pares e governo absolutista.
b) membros do baixo clero, muito considerados pelas populações urbanas e rurais, por agirem constantemente em seu favor.
c) burguesia, classes médias, povo e trabalhadores rurais, obrigados a pagar impostos e sem prestígio político.
d) nobreza togada, por estar constantemente reelaborando as leis, visando aos interesses reais e senhoriais.


18. (ACAFE SC/2014) Classificada pela história como modelo clássico de Revolução Burguesa, a Revolução Francesa deu sua contribuição para o Ocidente, seja no vocabulário político ou na influência das constituições que adotaram alguns princípios da Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão.
Sobre a revolução francesa é correto afirmar, exceto:
a) No período do Terror, os excessos de Robespierre fizeram-no perder o apoio político. Posteriormente, o próprio Robespierre foi guilhotinado.
b) Monarquias como a Prússia e a Áustria assinaram a declaração de Pillnitz e anunciaram a intenção de intervir militarmente na França e deter o processo revolucionário.
c) A Assembleia Nacional aboliu as taxas e impostos que recaiam sobre o campesinato, acabando com os vestígios do feudalismo que ainda perdurava em várias regiões francesas.
d) Os jacobinos defendiam posições moderadas e representavam, sobretudo, os interesses da alta burguesia e do primeiro Estado.


19. (Fac. de Ciências da Saúde de Barretos SP/2014) Luís XVI continua sendo rei à frente de uma monarquia. No entanto, ele não é mais soberano absoluto “pela graça de Deus”, e sim “rei dos franceses”, que lhe confiam esse cargo em nome da soberania nacional, isto é, do povo; os súditos se tornaram cidadãos.
(Michel Vovelle. A Revolução Francesa explicada à minha neta, 2007.)
Essa mudança da condição do rei, ocorrida durante a Revolução Francesa, corresponde
a) ao Consulado, que representou a chegada dos militares franceses ao poder.
b) à guerra contra os países vizinhos, que levou os franceses a apoiar seu monarca.
c) ao período do Terror, que iniciou a perseguição aos nobres e eliminou os resquícios feudais.
d) à instalação da monarquia constitucional, que substituiu o Antigo Regime.
e) ao Diretório, que encerrou as perseguições à nobreza e restabeleceu a monarquia.



20. (PUC SP/2014) "O Terror, que se tornou oficial durante certo tempo, é o instrumento usado para reprimir a contrarrevolução. É a parte sombria e mesmo terrível desse período da Revolução [Francesa], mas é preciso levar em conta o outro lado dessa política.”
Michel Vovelle. A revolução francesa explicada a minha neta. São Paulo: Unesp, 2007, p. 74
São exemplos dos “dois lados” da política revolucionária desenvolvida na França, durante o período do Terror,
a) o julgamento e a execução de cidadãos suspeitos e o tabelamento do preço do pão.
b) a prisão do rei e da rainha e a conquista e colonização de territórios no Norte da África.
c) a vitória na guerra contra a Áustria e a Prússia e o fim do controle sobre os salários dos operários.
d) a ascensão política dos principais comandantes militares e a implantação da DIRETÓRIOl.
e) o início da perseguição e da repressão contra religiosos e a convocação dos Estados Gerais.



21. (UECE/2014) “Quem era a burguesia? Eram os escritores, os doutores, os professores, os advogados, os juízes, os funcionários – as classes educadas; eram os mercadores, os fabricantes, os banqueiros – as classes abastadas, que já tinham direitos e queriam mais. Acima de tudo, queriam – ou melhor, precisavam – lançar fora o jugo da lei feudal numa sociedade que realmente já não era feudal. Precisavam deitar fora o apertado gibão feudal e substituí-lo pelo folgado paletó capitalista. Encontraram a expressão de suas necessidades no campo econômico, nos escritos dos fisiocratas de Adam Smith; e a expressão de suas necessidades, no campo social, nos trabalhos de Voltaire, Diderot e dos enciclopedistas. O laissez-faire no comércio e indústria teve sua contrapartida no ‘domínio da razão’ na religião e na ciência.”
HUBERMAN, Leo. História da Riqueza do Homem. 21ª ed. Rio de Janeiro, Editora Guanabara, 1986, p. 149.
Essa Burguesia, descrita por Leo Huberman, foi responsável por uma das principais transformações
políticas e sociais, que teve um impacto duradouro na história do país onde ocorreu e, mais amplamente, em todo o continente europeu. Essa Burguesia está ligada à
a) Revolução Gloriosa, de 1688 a 1689.
b) Revolução Francesa, de 1789 a 1799.
c) Revolução Russa, de 1917.
d) Revolução de Avis, de 1383 a 1385.


22. (UECE/2014) Atente para as seguintes citações:
I. "Os reis, aristocratas e tiranos, independentemente da nação a que pertençam, são escravos que se revoltam contra o soberano da Terra, isto é, a humanidade, e contra o legislador do universo, a natureza." 
(Maximilien Robespierre, líder e comandante do terror Jacobino, defensor de ideias revolucionárias para aquele tempo, como voto universal, eleições diretas, educação gratuita e obrigatória, e imposto progressivo, segundo a renda.)
II. "[…] garantir a propriedade do rico, a existência do pobre, o usufruto do industrial e a segurança de todos."
(Boissy d'Anglas, sobre o objetivo da Constituição de 1795, da qual foi o relator, promulgada pela Convenção após a queda do regime de terror implantado pelos jacobinos sob liderança de Robespierre.)
Analisando as citações acima, pode-se afirmar corretamente que
a) representam, respectivamente, os momentos de maior radicalização popular e de acomodação burguesa dentro do movimento revolucionário que derrubou o Antigo Regime na França em 1789.
b) caracterizam o processo de reação da nobreza que, liderada por Robespierre, atacou os interesses da burguesia que a escravizava.
c) significam o fim do Estado Burguês, pois tanto Robespierre quanto d’Anglas desejavam a segurança de todos os franceses indistintamente.
d) ambas reproduzem a preponderância dos princípios burgueses de supremacia da liberdade individual e da fraternidade entre as classes sociais.


23. (Unicastelo/2014) No período de 1815 a 1848, as forças desencadeadas pela Revolução Francesa entraram em choque com a concepção tradicional do Antigo Regime. O período iniciou-se com o Congresso de Viena, que preparou um acordo de paz após a derrota de Napoleão, e terminou com as revoluções que assolaram a maior parte da Europa em 1848.
(Marvin Perry. Civilização ocidental: uma história concisa, 1999.)
A partir de seus conhecimentos sobre o período, é correto afirmar que
a) Napoleão Bonaparte restaurou o absolutismo e os privilégios dos estamentos.
b) o Congresso de Viena combateu a base política e social do Antigo Regime.
c) o Antigo Regime europeu estava alicerçado no liberalismo e no socialismo.
d) a Revolução Francesa propagou os princípios liberais para além da Europa.
e) as Revoluções de 1848 marcaram a estreia do marxismo nas lutas operárias.


24. (UDESC SC/2014) “Na manhã de sexta-feira, observa-se um grande número de guardas nacionais, que pareciam dispostos a defender o rei. Mas, ao contrário, por volta das 9h45, o povo, misturado com outros destacamentos da Guarda Nacional e com os federados, preparava-se para entrar à força no palácio. Então todas as portas foram abertas, os canhoneiros giraram seus canhões contra o palácio e a Guarda Nacional, que parecia estar ali para impedir o acesso, tomou de súbito o partido do povo e da outra fração da Guarda. (...) Os suíços foram todos massacrados e saqueados, e parece impossível dar uma explicação plausível para a barbárie e os insultos de que foram objeto seus cadáveres. Alguns dos suíços que se dirigiram à Guarda Nacional e pediram misericórdia foram decapitados pela fúria popular e seus corpos foram jogados pelas janelas. O número de mortos oscila entre 2 mil e 2,5 mil. Felizmente, o rei, a rainha, o delfim e toda a família real foram por volta das 8 horas, antes que o assalto começasse, à Assembleia Nacional e ali ficaram sãos e salvos durante todo o dia. Mas que terror e desolação não devem ter sentido! Todas as pessoas da criadagem e ligadas ao serviço da família real foram massacradas.”
(Arquivos de Gênova, Correspondance de Spinola. Apud: VOVELLE, Michel. A Revolução Francesa 1789-1799. São Paulo: Unesp, 2012. pp. 36-37.)
O relato do embaixador de Gênova, a respeito da jornada de 10 de agosto de 1792, aponta para a nova fase que se inaugurava na Revolução Francesa. Analise as proposições em relação à ruptura iniciada em 1789.
I. A exigência de maior participação política da burguesia se devia aos burgueses serem proibidos de assumir posições na administração do Estado francês.
II. O episódio da tomada do palácio das Tulherias, acima narrado, constituiu-se em uma exceção no processo revolucionário que, à parte a execução do rei Luís XVI e da rainha Maria Antonieta, foi pacífico e contou com a união geral da população para quebrar os privilégios.
III. A tomada da Bastilha assinalou a libertação de milhares de presos políticos, vítimas de um sistema judiciário ineficiente, o qual impedia o acesso a advogados.
IV. A Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão apresenta uma síntese da filosofia das Luzes, destacando-se o direito à liberdade individual, à igualdade e à propriedade. Sendo assim, fundamentalmente rejeitados o sistema hierárquico e a censura do Antigo Regime.
Assinale a alternativa correta.
a) Somente as afirmativas I e IV são verdadeiras.
b) Somente as afirmativas I e II são verdadeiras.
c) Somente a afirmativa IV é verdadeira.
d) Somente as afirmativas I e III são verdadeiras.
e) Todas as afirmativas são verdadeiras.


25. (UERN/2013) Felizmente, a Revolução Francesa ainda está viva. Pois a Liberdade, a Igualdade, a Fraternidade, os valores da Razão e do Iluminismo – os valores que construíram a civilização moderna (...) – são mais necessários do que nunca, na medida em que o irracionalismo, a religião fundamentalista, o obscurantismo e a barbárie estão, mais uma vez, avançando sobre nós. É, portanto, uma boa coisa que, no ano de seu bicentenário (1989), tenhamos a ocasião de pensar novamente sobre os acontecimentos históricos que há dois séculos transformaram o mundo. Para melhor.
(Hobsbawm, Eric. Ecos da Marselhesa: Dois séculos reveem a Revolução Francesa. São Paulo: Companhia da etras, 1996. p. 127. In: Marques, Adhemar. Pelos caminhos da história. Ensino médio. Curitiba: Positivo, 2006. p. 254.)
Na visão do autor do texto, um dos mais conceituados historiadores de nosso tempo, a “Revolução Francesa ainda está viva”. Acerca do pensamento de Hobsbawm e os acontecimentos que permeiam o cotidiano atual, é correto afirmar que
a) é possível estabelecer relações de semelhança entre os atores sociais, que protagonizaram a revolução burguesa em questão, e os embates, que ainda permanecem presentes em nossa sociedade.
b) a presença de sinais de conflito, tais como o “irracionalismo” e o “obscurantismo”, citados pelo historiador comprovam a total ineficácia do processo revolucionário empreendido em 1789.
c) percebe-se, nos dias atuais, que os entraves feudais, os quais foram os grandes causadores da Revolução Francesa, permanecem como uma constante na realidade de toda a Europa Ocidental.
d) como ainda existem, na atualidade, as mesmas classes sociais do período moderno, palco da Revolução Francesa, a história permanece a mesma, sem alterações que possam ser consideradas válidas.


GABARITO

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