1. (UEG GO/2007) O longo movimento que vai do Renascimento ao Iluminismo caracteriza-se
pela consolidação da Modernidade, expressa em mudanças significativas nas
formas de ver e ordenar a vida social, econômica e política no universo
europeu. Com base no exposto, julgue a validade das proposições que se seguem.
I. O Absolutismo
europeu pode ser caracterizado a partir de dois casos clássicos: o inglês, que
ilustra a possibilidade de convivência entre os nobres e a burguesia, e o
francês, que evidencia uma crescente dicotomia entre a nobreza e o terceiro
estado.
II. Os contatos
sistemáticos do europeu com os nativos do Novo Mundo influenciaram a concepção,
amplamente aceita, de que a Europa representava a civilização e a América e a
África, o espaço da barbárie e selvageria.
III. A acumulação
primitiva de capital decorrente do mercantilismo praticado na exploração das
treze colônias do Norte possibilitou a ascensão da Inglaterra à condição de
potência europeia em princípios do século XVII.
Assinale a alternativa CORRETA:
a) Apenas as proposições
I e II são verdadeiras.
b) Apenas as
proposições II e III são verdadeiras.
c) Apenas as
proposições I e III são verdadeiras.
d) Todas as
proposições são verdadeiras.
2. (UECE/2008) Sobre as Revoluções Burguesas, são feitas as seguintes afirmações:
I. Consolidam o
liberalismo e marcam mudanças nas estruturas econômicas, políticas e sociais de
suas respectivas sociedades.
II. Têm como base
a defesa do Antigo Regime e iniciam a transição do feudalismo para o
capitalismo.
III. Seus exemplos
mais expressivos são: Revolução Inglesa (1644), Revolução Americana (1776) e
Revolução Francesa (1789).
Assinale o correto.
a) Apenas as
afirmações I e II são verdadeiras.
b) Apenas as
afirmações I e III são falsas.
c) Apenas as
afirmações II e III são falsas.
d) Apenas as afirmações I e III são
verdadeiras.
3. (UEMG/2008) Leia, a seguir, o trecho de uma crítica de Jean Jacques Rousseau,
contrapondo-se à concepção de estado de natureza, na perspectiva de Thomas
Hobbes:
“Sobretudo, não vamos concluir, como Hobbes,
que o homem, por não ter nenhuma ideia de bondade, seja naturalmente mau (...).
Refletindo sobre os princípios que estabelece, esse autor deveria dizer que o
estado de natureza sendo aquele em que o cuidado de preservação é o menos
prejudicial à de outrem, consequentemente era o mais favorável à paz e o mais
conveniente ao gênero humano.”
Fonte: ROUSSEAU, J.J. Discurso sobre a origem
e os fundamentos da desigualdade entre os homens. Coleção Os Clássicos da
Política. Editora UNB. São Paulo: Ática, 1989> p. 73.
Comparando as Revoluções Inglesas do século
XVII e a Revolução Francesa, no século XVIII, indique a alternativa que
apresenta a explicação CORRETA para as diferentes percepções sobre as
respectivas revoluções.
a) Os conflitos
desenvolvidos na Inglaterra foram desencadeados por forças populares
desesperadas
e famintas, que formaram exércitos
organizados no interior, enquanto que a questão, na França, se
consolidou por um conflito entre grupos da nobreza.
b) Na Inglaterra,
os movimentos puritanos defenderam uma restauração da paz e do estado de ordem,
baseados no resgate religioso e moral do país, enquanto na França, o estado de
natureza foi desencadeado a partir dos abusos cometidos pelos vícios da sociedade
de corte.
c) A expansão
das propriedades de terra concentradas na nobreza inglesa permitiu que grupos
de
operários se concentrassem nas periferias, proporcionando
conflitos urbanos sangrentos, enquanto, na França, o campesinato desenvolveu táticas
de guerrilha aguardando as tropas do rei, oriundas de Paris.
d) O Estado, na
Inglaterra, garantiu a ordem através do Parlamento, que se associou ao rei,
dando ao
país um estado civil constituído, enquanto
que, na França, o rei cooptou a nobreza de espada, oferecendo-lhe terras que
pertenciam ao campesinato.
4. (UFGD MS/2008) O chamado Antigo Regime, que existiu em muitos países europeus ao
longo da Idade Moderna, compreende um conjunto de características econômicas,
sociais, políticas e culturais. Dentre essas características, é CORRETO incluir
a) na economia,
o predomínio de relações capitalistas; e, na política, a hegemonia das ideias
liberais.
b) na sociedade,
uma hierarquia determinada não pelo nascimento, mas pelas riquezas que o indivíduo
conseguisse acumular; e, na economia, as
práticas monopolistas.
c) na
política, o predomínio de monarquias absolutistas; e, na economia, o
intervencionismo estatal (mercantilismo).
d) na economia,
a generalização do princípio do laissez-faire; e, na sociedade, uma hierarquia constituída
segundo critérios de estamentos e ordens.
e) na cultura, o
predomínio do pensamento racional e científico; e na religião o enfraquecimento
da influência das igrejas protestantes.
5. (UNIMONTES MG/2008) Em relação à economia portuguesa, nos séculos XVII e XVIII, pode-se
afirmar que
a) se
subordinou à economia inglesa, notadamente a partir do Tratado de Methuem,
assinado em 1703.
b) expandiu suas
áreas de interesse, tornando-se a principal potência capitalista no período.
c) se consolidou
como líder da navegação internacional e das práticas econômico-financeiras.
d) se voltou
para a economia de subsistência, devido à grave crise social e econômica que a
nação
vivenciava.
6. (UFAC/2009) Sobre o Estado no Antigo Regime, na Idade Moderna, é correto afirmar
que:
a) O rei assume
o processo da Revolução Francesa;
b) O Estado é
dominado por ideias iluministas, com ascensão social dos servos;
c) O Estado dá à
Igreja Católica o poder para assumir toda a produção fabril da Europa
ocidental;
d) O Estado
assume uma postura democrática e descentralizadora;
e) O Estado
Moderno retratou a transição do feudalismo para o capitalismo, abrindo espaço
ao novo grupo burguês mercantil ascendente e a instalação de monarquias
nacionais, consolidando-se a concepção de um Estado interventor;
7. (UFPA/2009) Na sociedade francesa do Antigo Regime, um banqueiro milionário fazia
parte do terceiro Estado tanto quanto um modesto camponês. Contudo, mesmo em
condições sociais e econômicas diferentes, os membros dessa ordem tinham em
comum o (a)
a)
reconhecimento da burguesia como a principal classe da sociedade francesa, considerando
que esta era a mais numerosa e a mais homogênea das três ordens.
b) abolição dos
direitos feudais e o desaparecimento da cobrança do imposto da Corveia e a
ampliação da cobrança do dízimo à nobreza de espada.
c) desejo de
abolição dos privilégios do clero e da nobreza, ou seja, o fim dos direitos
feudais e a instalação de uma verdadeira igualdade de direitos civis.
d) vontade de
abolir a divisão entre burgueses e camponeses, visto que todos eram os maiores
produtores da França e contribuíam igualmente com os impostos nacionais.
e) desejo de uma
Constituição que reconhecesse os membros do terceiro Estado como os verdadeiros
representantes da Comuna de Paris.
8. (UCS RS/2009) Nas sociedades do Antigo Regime, os grupos sociais estavam divididos em
três estamentos: clero, nobreza e servos. Associe os três estamentos, listados
na Coluna A, às características que os identificam, elencadas na Coluna B.
COLUNA A
1 Clero
2 Nobreza
3 Servos
COLUNA B
(__) Eram os
portadores da tradição cristã e deviam zelar pela manutenção de seus princípios
no seio da comunidade.
(__) Formavam a
maioria da população e eram encarregados dos trabalhos necessários à
subsistência da sociedade.
(__) Possuíam a
direção militar da sociedade, empunhando suas armas contra os inimigos da fé
cristã e os agressores externos.
(__) Por
pertencerem ao único grupo social que tinha acesso ao estudo, seus membros
exerciam forte controle na sociedade e parte deles ocupava cargos administrativos
importantes nos reinos medievais.
Assinale a alternativa que preenche
corretamente os parênteses, de cima para baixo.
a) 2, 1, 2, 3
b) 2, 2, 1, 3
c) 1, 3, 2, 1
d) 1, 2, 3, 2
e) 3, 3, 2, 1
9. (UFPA/2009) Entre os séculos XVII e XIX, o cenário europeu foi abalado pela chamada
“Era das Revoluções”, com movimentos como o ocorrido na França em 1789, que
instalou uma nova ordem burguesa. Contudo, a fase pré-revolucionária da França,
conhecida como “Antigo Regime”, apresentava uma série de características,
antigas e modernas, entre as quais se destaca:
a) a inovadora
magistratura, que passou a deter o exclusivo poder de julgar os delitos de
todas as classes, inclusive os do Rei, que era reconhecido pelos seus súditos
como um representante divino, com poderes sobrenaturais.
b) o
reconhecimento da nobreza como uma das classes sociais mais privilegiadas da
França, sendo também a mais rica e mais culta, tanto que dela faziam parte os
profissionais liberais e os ricos mercadores, que instituíram o Iluminismo
francês.
c) a existência
de uma sociedade homogênea, sem classes e dirigida por um Rei assessorado por
homens ilustres como Voltaire, Rousseau e Diderot, que abominavam a
intolerância religiosa e a existência da escravidão: era o despotismo
esclarecido.
d) a existência
de uma aristocracia, que era muito rica em terras e rendas e que tinha o
privilégio de ensinar os jovens que se dedicavam à arte da cavalaria,
especialmente aqueles que pertenciam à nobreza togada, que se tornaria a base
da nova burguesia.
e) o fato de a burguesia, embora
economicamente poderosa, fazer parte do Terceiro Estado, o que a deixava sem
privilégios e direitos, equiparando-a, nesse sentido, aos camponeses, que, na
maioria, deviam obrigação aos senhores, o que lembrava a servidão feudal.
10. (UFU MG/2009) “O pensamento e o gosto mudam segundo os tempos: não se expresse de
forma conservadora e mantenha seu gosto atualizado. O gosto da multidão é
decisivo em quase tudo. (...) O sábio deve adaptar-se de corpo e alma ao
momento presente, ainda que o passado lhe pareça melhor.”
GRACIÁN, Baltasar. A arte da prudência [1647]:
aforismos selecionados. Rio de Janeiro: Sextante, 2006. p. 50
Considerando o trecho citado e o contexto
cultural do Antigo Regime europeu no século XVII, analise as afirmativas a
seguir e assinale a alternativa correta.
a) A cultura
cortesã no Antigo Regime europeu foi caracterizada pelo seu apego aos modelos
da Antiguidade Clássica, mantendo-se, portanto, alheia às questões políticas,
sociais e religiosas de seu tempo.
b) A
consciência de que o presente e os costumes usuais devem pautar os hábitos e o
gosto dos homens de corte é um traço característico da modernidade e de suas
manifestações artísticas nos séculos XVII e XVIII.
c) No plano
artístico, a cultura europeia do século XVII caracterizou-se pelo chamado
estilo “Barroco”: forma de expressão artística voltada, na época, para a elite
letrada, sem apelo estético para as massas populares.
d) O desapego
dos “homens de corte” ao passado é traço de sua falta de “consciência
histórica” e do obscurantismo cultivado pela Igreja da Contrarreforma, que não
admitia referências pagãs na arte e na literatura.
11. (UNIMONTES MG/2009) (...) o período entre 1640 e 1660 viu a destruição de um tipo de Estado
e a introdução de uma nova estrutura política dentro da qual o capitalismo
podia desenvolver-se livremente.
(FLORENZANO, Modesto. As revoluções
burguesas. Coleção Tudo e História. São Paulo: Brasiliense. 1981, p. 69)
A destruição referida pelo autor relaciona-se
com
a) o controle
dos reis sobre a Igreja, afastando a concorrência papal.
b) o fim do
absolutismo real.
c) o
desenvolvimento da indústria, graças aos cercamentos.
d) a
transformação da Inglaterra na maior potência naval europeia.
12. (UNIMONTES MG/2009) A revolução inglesa tornou possível, pela primeira vez, à sociedade e,
dentro dela, particularmente aos homens de propriedade, a conquista e o gozo da
liberdade civil e política. A garantia desta liberdade (concebida como
natural), destes direitos civis e políticos, era agora assegurada pelos
próprios indivíduos (transformados em cidadãos) e não mais por uma autoridade
monárquica de origem divina ou humana. (...) com a revolução francesa, foi dado
um passo à frente: à ideia (liberal) de igualdade civil e política,
acrescentava-se a de igualdade (ou justiça) social.
(FLORENZANO, Modesto. As revoluções
burguesas. São Paulo: Brasiliense, 1981, p. 116-117)
Com base no texto e em seus conhecimentos,
marque V (verdadeiro) ou F (falso) a respeito das revoluções francesa e
inglesa.
(__) Tanto a
revolução francesa como a inglesa mantiveram os entraves que impediam o
desenvolvimento da ordem capitalista.
(__) O processo
revolucionário inglês estimulou ideias de liberdade política e civil,
formuladas sobretudo por John Locke.
(__) As duas
revoluções mantiveram intactas as figuras do rei e excluíram a participação
popular como princípio legal.
(__) Os Levellers
(niveladores) e os Diggers (Escavadores) constituíram os grupos
radicais da revolução inglesa, enquanto os sans cullotes eram a base dos
jacobinos da revolução francesa.
Você obteve:
a) F, F, F e V.
b) V, F, V e F.
c) F, V, F e V.
d) V, V, V e F.
13. (UEL PR/2010) Sobre a sociedade europeia da Era Moderna é correto afirmar:
a) O fluxo de
ouro e prata das Américas, na Europa dos séculos XVI e XVII, acabou por
produzir um
desequilíbrio monetário que beneficiou as economias
dos países ibéricos e prejudicou, com alta inflação, as economias da
Inglaterra, França e Holanda.
b) Com a
Contrarreforma, a Igreja Católica absorveu as críticas dos reformadores
protestantes, promoveu uma rigorosa transformação interna e ofereceu acordo
para a pacificação entre as várias correntes do cristianismo.
c) A
introdução de exércitos regulares, a criação de burocracias permanentes e de
sistemas tributários nacionais, a codificação do direito e a organização regulamentada
de mercados nacionais unificados constituem a base da centralização efetuada
pelas monarquias absolutas.
d) No período
conhecido como Renascimento Cultural e Científico houve um esforço generalizado
por
recuperar a cultura medieval, que até então
estava sufocada pela hegemonia da cultura da Antiguidade greco-romana.
e) A expansão do
capitalismo na Europa Moderna produziu o Antigo Regime, caracterizado por
grande mobilidade social entre as ordens sociais da Aristocracia, Burguesia e
Proletariado.
14. (UFMG/2010) Considerando-se as características do Antigo Regime, é INCORRETO afirmar
que
a) a economia
foi fortemente marcada pela atividade comercial, regida por concepções e
práticas denominadas Mercantilismo.
b) a expansão
comercial associada à expansão marítima provocou forte migração e consequente despovoamento
das cidades europeias.
c) a organização
política predominante era fundamentada no Absolutismo monárquico e se legitimou
pela teoria do Direito Divino dos Reis.
d) o processo de
ocupação e colonização de territórios além-mar ajudou a expandir a cultura e os
valores da Europa.
15. (UNIMONTES MG/2010) As Frondas, fenômenos da França do século XVII, eram
a) um conjunto
de ações políticas da burguesia contra a nobreza e o Estado absoluto,
materializando-se numa espécie de ensaio da Revolução Francesa de 1789.
b) revoltas dos
católicos contra os protestantes, o que resultou em grande emigração dos
últimos para
países com maior tolerância religiosa como a Holanda
e a Inglaterra.
c) movimentos de oposição, entre outros
fatores, aos altos impostos estabelecidos pela Monarquia, representando, em
certa medida, uma ameaça ao regime absolutista.
d) mobilizações
camponesas de inspiração milenarista-messiânica que colocavam em xeque o poder
real e questionavam os dogmas católicos então prevalecentes.
16. (UNIOESTE PR/2010) Sobre o chamado “período moderno” assinale a alternativa INCORRETA.
a) Voltaire,
Montesquieu e Jean-Jacques Rousseau são homens que escreveram e viveram na
época
moderna.
b) A monarquia
foi a forma de governo absolutamente predominante na Europa até a entrada do
século
XX.
c) Nesse período
aconteceu o que chamamos de Renascimento, que se inicia na Itália com o desenvolvimento
do comércio.
d) A Reforma
surgiu como uma ação da Igreja Católica como resposta frente aos
questionamentos religiosos do período.
e) Calvinismo,
Anglicanismo e Contrarreforma foram movimentos que se deram na época moderna.
17. (ESPM/2011) Leia os textos e responda:
Do lado do rei estavam os católicos da
Inglaterra e da Irlanda, os anglicanos do norte e do oeste e os lordes, alta
nobreza possuidora da terra feudal. Militarmente, as tropas reais eram
constituídas pelos cavaleiros. Pelo Parlamento lutavam os puritanos, pequenos
proprietários rurais e comerciantes, e os artesãos das cidades; Londres apoiava
o Parlamento e lhe fornecia muitos recursos. Os componentes do exército do
Parlamento eram chamados de Cabeças Redondas.
(Christopher Hill. O Eleito de Deus)
Entre 1648-1652, a França viveu lutas. Para
reprimir a rebelião burguesa que tendia a se alastrar de Paris para outras
cidades, Mazarino contou com a ajuda de elementos da nobreza, como o príncipe
de Condé. Na repressão aos revoltosos, Condé adquiriu poderes e passou a
rivalizar com a autoridade de Mazarino. Quando o cardeal tentou reagir,
destituindo Condé do comando do exército, desencadeou-se a rebelião da nobreza
contra o poder central.
(Raymundo de Campos. História Geral)
Os textos apresentados devem ser relacionados
respectivamente com:
a) Revolução
Gloriosa – Revolução Francesa;
b) Revolução
Puritana – As Guerras da Fronda;
c) Revolução
Puritana – Revolução Francesa;
d) Rebelião de
Wat Tyler – As Guerras da Fronda;
e) Revolução
Gloriosa – Jacquerries.
18. (UFG GO/2011) Leia os trechos de manuais de etiqueta a seguir.
Assoar o nariz no chapéu ou na roupa é
grosseiro, e fazê-lo com o braço ou cotovelo é coisa de mercador. [...] O
correto é limpar as narinas com um lenço e fazer isto enquanto se vira, se
pessoas mais respeitáveis estiverem presentes.
Da civilidade em crianças, de Erasmo de
Rotterdam, 1530.
O indivíduo não deve, como os rústicos que
não frequentaram a corte ou viveram entre pessoas refinadas e respeitáveis,
aliviar-se, sem vergonha ou reserva, na frente de senhoras ou diante das portas
ou janelas de câmaras da corte ou de outros aposentos.
Regulamento da Corte de Wernigerode, 1570.
ELIAS, Norbert. O processo civilizador.
Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1994. [Adaptado]
Durante a Idade Moderna, as sociedades
absolutistas foram marcadas pela instauração de modelos de conduta. A análise
dos trechos dos manuais evidencia que os códigos de etiqueta inseriam-se na
sociedade do Antigo Regime como uma
a) ferramenta de
instrução que visava à inserção de camponeses e mercadores nos padrões de
civilidade.
b) forma de
doutrinação que associava o comportamento dos cortesãos aos valores religiosos
vigentes.
c) normatização
das emoções que estabelecia novos preceitos para os sentimentos de nojo e
pudor.
d) estratégia de
homogeneização que reduzia as distinções sociais ao instituir padrões de
comportamento.
e) prática de
legitimação que promovia a tolerância a diferentes hábitos como fundamento
civilizatório.
19. (UFT TO/2012) [...] no início do século XVI a Coroa parecia proteger a burguesia, isso
era feito para conseguir reforço contra as casas feudais ainda existentes, o
que explica o acordo inicial entre a Coroa e o Parlamento – que representava
principalmente os comerciantes e grandes proprietários de terra. Havia ainda os
inimigos externos, principalmente a Espanha. Pouco a pouco, contudo, todos eles
foram sendo exterminados – interna e externamente – e a lua-de-mel entre a
monarquia e o Parlamento, que sob os Tudor raramente se reunia, aprovando
sempre a política real, chegou ao fim. Os interesses opostos das duas partes
vieram à tona e, quando teve início o reinado da dinastia Stuart, Jaime I
(1603-1625) e Carlos I (1625-1649) tiveram de enfrentar a forte oposição do
Parlamento.
MICELI, Paulo. As revoluções burguesas. São
Paulo: Atual, 1987, p. 25 e 26.
A oposição descrita no texto, que culminou na
Revolução Puritana (1642-1651), decorreu da
insatisfação do Parlamento quanto às
seguintes medidas adotadas pela monarquia:
a) Imposição
do monopólio sobre a indústria de tecidos, imposição do anglicanismo aos
escoceses, arrecadação de impostos nas cidades litorâneas, invasão do
Parlamento por Carlos I e prisão de líderes oposicionistas.
b) Expropriação
maciça dos camponeses, a aceleração da arrecadação imperialista diante da
nascente produção industrial e o partidarismo de Carlos II ao catolicismo.
c) Aumento das
despesas do Estado monárquico para suprir os gastos oriundos da guerra de
independência dos Estados Unidos e a “subvenção territorial”, igualando os
impostos de proprietários, nobres e camponeses.
d) Nomeação, por
Jaime I, de um Conselho de Estado que deveria ser responsável por ações
governamentais e responder pela Câmara dos Lordes.
e)
Estabelecimento de acordos entre a monarquia e grupos religiosos compostos
pelos radicais presbiterianos e pelos moderados puritanos (levellers e
diggers).
20. (UFJF MG/2012) Leia, com atenção, o texto abaixo:
O liberalismo transformou a Europa tal qual
era em 1815 (...) Talvez somente na Inglaterra, nos Países Baixos e nos países
escandinavos o liberalismo transformou pouco a pouco o regime e a sociedade por
meio de reformas. Em todos os outros lugares, acossado pela resistência
obstinada dos defensores da ordem estabelecida, que recusava qualquer
concessão, o liberalismo recorreu ao método revolucionário (...) O espírito do
século, o clima, a sensibilidade romântica, o exemplo da Revolução Francesa e a
mitologia dela decorrente também orientam para soluções do tipo revolucionário.
Esta é uma das consequências do romantismo: a preferência sentimental pela
violência; toda uma mitologia da barricada, da insurreição triunfante, do povo
em armas impôs as soluções revolucionárias.
REMOND, René. Introdução à história do
nosso tempo. São Paulo: Cultrix, 1986. p. 35. v.2: O século XIX –
1815-1914.
Sobre as ondas revolucionárias liberais
europeias no século XIX, leia as afirmativas abaixo:
I. As revoluções
de 1820 se propagaram, principalmente, pela Europa meridional, influenciando,
diretamente, os movimentos de Independência das colônias americanas em relação
às metrópoles portuguesa e espanhola.
II. Em reação às
medidas centralizadoras e restauradoras da antiga monarquia dos Bourbons, na
França, a onda revolucionária de 1830 conduziu à proclamação da república e à
adoção do sistema presidencialista.
III. Os movimentos
liberais de 1848 foram marcados pela presença dos ideais republicanos e
nacionalistas, influenciando, diretamente, o processo de unificação da Itália e
da Alemanha.
Agora, marque a alternativa CORRETA.
a) Todas estão
corretas.
b) Todas estão
incorretas.
c) Apenas a I e
a II estão corretas.
d) Apenas a I e a III estão corretas.
e) Apenas a II e
a III estão corretas.
21. (UECE/2012) “A grande revolução de 1789-1848 foi o triunfo não da ‘indústria’ como
tal, mas da indústria capitalista; não da liberdade e da igualdade em
geral, mas da classe média ou da sociedade ‘burguesa liberal’;
não da ‘economia moderna’ ou do ‘Estado moderno’, mas das economias e estados
em uma determinada região geográfica do mundo (parte da Europa e alguns trechos
da América do Norte), cujo centro eram os Estados rivais e vizinhos da
Grã-Bretanha e França. A transformação de 1789-1848 é essencialmente o levante gêmeo
que se deu naqueles dois países e que dali se propagou por todo o mundo.”
HOBSBAWM, Eric J. A Era das Revoluções.
Europa 1789-1848. Trad. Maria Tereza Lopes Teixeira e Marcos
Penchel. São Paulo: Editora Paz e Terra,
1989. p. 17. As revoluções referidas acima por Hobsbawm são:
a) a Revolução
Iluminista e a Guerra das Rosas.
b) a Revolução
Industrial e a Revolução Inglesa.
c) a Revolução
Americana e a Revolução Francesa.
d) a
Revolução Francesa e a Revolução Industrial.
22. (IFRS/2014) Leia o trecho a seguir.
Pela primeira vez na história, um rei ungido
foi julgado por faltar à palavra dada a seus súditos e decapitado em público,
sendo seu cargo abolido. Aboliu-se a Igreja estabelecida, suas propriedades
foram confiscadas e se proclamou [...] uma tolerância religiosa bastante ampla.
Stone, Lawrence. La Revolución Inglesa.
In: Marques, Adhemar; Berutti, Flávio; Faria, Ricardo. História Contemporânea
através de textos. São Paulo: Contexto, 2008, p. 13.
Os acontecimentos narrados no trecho dizem
respeito
a) aos
efeitos do movimento revolucionário iniciado na década de 1640, após iniciada a
guerra civil que levou à derrota de Carlos I e ao estabelecimento da república
sob liderança de Oliver Cromwell.
b) à criação do
anglicanismo por Henrique VIII, após este ter rompido com a Igreja Católica e
confiscado as propriedades que esta possuía dentro do reino, em virtude do
estabelecimento do Ato de Supremacia.
c) à Convenção
Nacional, etapa revolucionária mais radical conduzida pelos jacobinos,
responsáveis pela execução do rei Luís XVI e pela ampliação dos direitos
políticos das classes mais baixas.
d) à Guerra dos
Trinta Anos, que culminou com a morte do Sacro Imperador Romano Germânico e que
levou ao predomínio do luteranismo em todo o centro da Europa.
e) à sangrenta
disputa efetivada pela posse do trono francês, ocorrida entre católicos e
huguenotes, culminando com a coroação de Henrique IV, monarca que estabeleceu a
liberdade religiosa no país.
23. (UNIFICADO RJ/2014) A crise política do Antigo Regime que antecede a Revolução Francesa foi
acompanhada de uma crise econômica. A crise da indústria francesa, devido, em
parte, ao tratado firmado com a Inglaterra, em 1786, compõe o conjunto de
dificuldades daquele momento. Por esse tratado, os ingleses exportariam tecidos
para a França que, por sua vez, exportaria vinhos para a Inglaterra. A crise
econômica francesa se agravou ainda mais em função desse tratado porque
a) a
interferência das condições climáticas sobre a agricultura na França reduziu a
sua competitividade econômica em relação aos agricultores ingleses.
b) a excessiva
cobrança de impostos sobre os vinicultores da França provocou uma retração da
produção e consequente colapso desse setor.
c) as indústrias
francesas sucumbiram à concorrência, em seu mercado interno, da vigorosa
indústria têxtil inglesa.
d) o ritmo de
produção dos melhores vinhos franceses era inferior à produtividade econômica
dos vinicultores ingleses.
e) os ingleses
descumpriram os termos do tratado, reexportando os vinhos franceses para vários
países da Europa.
GABARITO
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