Postagens recentes

10/recent/ticker-posts

QUESTÕES SOBRE A EXPANSÃO MARÍTIMA VI



1. (ESCS DF/2011) A expansão marítima e comercial portuguesa foi fruto de um amplo processo de transformações no continente europeu a partir da crise final do sistema feudal entre o século XIV e o século XV. A formação do estado absolutista português através da Revolução de Avis (século XIV) permitiu as condições mínimas para a aventura portuguesa sobre os continentes africano, asiático e americano. Os principais objetivos da expansão marítima e comercial portuguesa foram:
a) a necessidade de conquistar mercado consumidor para os produtos industriais portugueses e pela exportação de mão de obra excedente de Portugal;
b) a grande quantidade de capitais excedentes em Portugal, interessados em novos investimentos, e o avanço dos ideais liberais no país;
c) a necessidade de obter um novo mercado de matérias-primas e a elevada carga tributária cobrada pelos turco-otomanos no comércio do mediterrâneo;
d) o interesse da Igreja Luterana, que se consolidou em Portugal com a Revolução de Avis, e a necessidade de novas rotas de comércio;
e) o interesse dos portugueses em exportar produtos agrícolas para novos mercados fora da Europa e a necessidade de obtenção de mão-de-obra escrava.


2. (PUC RJ/2011) “Historicamente, a incorporação de novos espaços à economia mundial tem levado à decadência dos eixos econômicos tradicionais e ao surgimento de novos polos econômicos e de poder. Até o século XV o Mediterrâneo era o centro das sociedades ocidentais, em seguida a hegemonia passou para o eixo Atlântico, que atualmente está sob a ameaça de um eixo emergente na bacia do Oceano Pacífico”.
Adaptado de PIRES, M. Cordeiro. O deslocamento do eixo econômico mundial in Revista PUC VIVA, 32, 2008.
Sobre esses processos, NÃO É CORRETO afirmar que:
a) o deslocamento do eixo comercial para o Oceano Atlântico relacionou-se às Grandes Navegações e à Colonização da América, pelos europeus.
b) no século XIX, a abertura do Canal de Suez permitiu um acesso mais rápido ao Pacífico e a emergência de novos países industrializados, como a Coréia do Sul e Cingapura, entre outros.
c) entre os séculos XVI e XIX, a navegação atlântica conectou a África à Europa e à América, permitindo acesso às riquezas do Oriente e a captura de milhões de africanos.
d) o crescimento econômico da Coréia do Sul, da China e Índia colaborou para o incremento de relações comerciais na Bacia do Pacífico.
e) no século XX, a hegemonia econômica norte-americana suplantou a hegemonia europeia, reafirmando o Oceano Atlântico como principal cenário do comércio mundial.


3. (UNICAMP SP/2011) Referindo-se à expansão marítima dos séculos XV e XVI, o poeta português Fernando Pessoa escreveu, em 1922, no poema “Padrão”:
“E ao imenso e possível oceano
Ensinam estas Quinas, que aqui vês,
Que o mar com fim será grego ou romano:
O mar sem fim é português.”
(Fernando Pessoa, Mensagem – poemas esotéricos. Madri: ALLCA XX, 1997, p. 49.)
Nestes versos identificamos uma comparação entre dois processos históricos. É válido afirmar que o poema compara
a) o sistema de colonização da Idade Moderna aos sistemas de colonização da Antiguidade Clássica: a navegação oceânica tornou possível aos portugueses o tráfico de escravos para suas colônias, enquanto gregos e romanos utilizavam servos presos à terra.
b) o alcance da expansão marítima portuguesa da Idade Moderna aos processos de colonização da Antiguidade Clássica: enquanto o domínio grego e romano se limitava ao mar Mediterrâneo, o domínio português expandiu-se pelos oceanos Atlântico e Índico.
c) a localização geográfica das possessões coloniais dos impérios antigos e modernos: as cidades-estado gregas e depois o Império Romano se limitaram a expandir seus domínios pela Europa, ao passo que Portugal fundou colônias na costa do norte da África.
d) a duração dos impérios antigos e modernos: enquanto o domínio de gregos e romanos sobre os mares teve um fim com as guerras do Peloponeso e Púnicas, respectivamente, Portugal figurou como a maior potência marítima até a independência de suas colônias.


4. (UPE/2011) A conquista e a colonização da América não estavam unicamente ligadas ao processo de expansão mercantilista da Europa moderna. Faziam parte, também, da ação da igreja tridentina no combate ao protestantismo e na luta em prol da ampliação do número de fieis católicos. Nessa perspectiva,
a) a catequese dos povos americanos não teve destaque na ação das coroas portuguesa e hispânica no Novo Mundo.
b) a instituição do padroado régio na Espanha e em Portugal assim como em suas possessões no além-mar comprova o caráter religioso da conquista da América.
c) a ação dos jesuítas na catequese dos ameríndios e na colonização ibérica na América se restringiu aos territórios hispânicos.
d) a presença massiva de protestantes na América colonial sob a tutela das monarquias ibéricas ressalta a pequena atuação da igreja católica na colonização do Novo Mundo.
e) na América Portuguesa, os jesuítas não tiveram espaço para a atuação catequética, cabendo essa ação, nos territórios lusos da América, a outras ordens, como os franciscanos e beneditinos.


5. (UCS RS/2010) Ao longo dos séculos XV e XVI, os europeus, representados principalmente pelos portugueses e espanhóis, deram início à Era das Grandes Navegações, quando se lançaram aos oceanos Pacífico, Índico e Atlântico. A partir das Grandes Navegações, teve início a colonização da América por espanhóis e portugueses.
Assinale a alternativa que apresenta corretamente as características do período conhecido como Era das Grandes Navegações.
a) As conquistas ultramarinas deslocaram o eixo econômico do Mediterrâneo para o Atlântico, livrando a Europa da dependência dos mercadores e intermediários muçulmanos.
b) No plano das relações econômicas, deu-se início à política mercantilista, que procurava alcançar uma balança mais ou menos equilibrada, tratando de pagar com metais preciosos os produtos importados.
c) O tráfico e a escravidão indígena atendiam às exigências do sistema colonial português e espanhol, no Novo Mundo, e do mercantilismo, pois proporcionavam acúmulo de capitais para a metrópole.
d) O pacto colonial caracterizava-se pela policultura, em que a unidade de produção era a pequena propriedade da terra; o esforço e a acumulação passaram a ser as normas de conduta social solicitada pelas metrópoles.
e) A assinatura do Tratado de Tordesilhas (1494) representou a união entre a Igreja e a expansão marítima liderada por Inglaterra, Portugal, França e Espanha, o acesso ao monopólio dos metais preciosos e às especiarias orientais e a criação das ordens missionárias do Oriente.


6. (PUC SP/2011) “Enquanto as caravelas cruzavam os mares obedecendo a cálculos precisos, multidões se deliciavam, na Corte, com os espetáculos de Gil Vicente, onde se abria espaço às práticas cotidianas do povo comum, eivadas de magismo e de maravilhoso. Os processos quinhentistas da Inquisição atestam como era corriqueiro o recurso a filtros e poções mágicas, e difundida a crença nos poderes extraordinários do Demônio.”
Laura de Mello e Souza. Inferno atlântico. São Paulo: Companhia das Letras, 1993, p. 21-22
O texto caracteriza a época da expansão marítima europeia (séculos XV e XVI) e destaca
a) a vitória definitiva do pensamento racional sobre os valores religiosos e obscurantistas que caracterizavam a Idade Média.
b) uma cruzada religiosa contra os infiéis e a tentativa cristã de libertar Jerusalém do domínio islâmico.
c) a convivência entre pensamento racionalista e diversas formas de crenças no caráter maravilhoso do mundo.
d) um esforço europeu para impor sua hegemonia militar, política e comercial sobre a América e o litoral atlântico da África.
e) a ampliação do poder da Igreja, que passava a controlar as manifestações artísticas populares e perseguia os hereges.


7. (UFT TO/2011) Vendo do mar, o sertão nos pareceu muito grande, porque, ao estender os olhos, não podíamos ver senão terras com arvoredos a perder de vista. Até agora não pudemos saber que haja aqui ouro, prata, ou alguma coisa de metal ou ferro, nem o vimos. Porém, a terra em si tem um ótimo clima, frio e temperado (...) As águas são muitas, infindas. E esta terra é tão graciosa, que, querendo aproveitá-la, tudo dará, em razão das águas que tem. Porém, o melhor fruto que se pode tirar desta terra me parece ser salvar essa gente. E esta deve ser a principal semente que Vossa Alteza deve lançar nesta terra.
AUSTURIANO, P. e MATIAS, R. A Carta de Pero Vaz de Caminha. Versão ilustrada em linguagem atual. São Paulo: FTD, 2000, p. 75-77.
Sobre as Grandes Navegações, considere as alternativas abaixo:
I. As viagens de Colombo provocaram desavenças entre os reis de Portugal e da Espanha. Ambos afirmavam ter direitos sobre as terras que fossem descobertas. A questão foi solucionada com a assinatura do Tratado de Madri, em 07 de junho de 1494, que dividia o mundo entre os dois países.
II. Em 1498, o português Vasco da Gama chegou à Calicute, na Índia. Estava descoberto o caminho para o Oriente e suas riquezas. Em 1500, a esquadra de Pedro Álvares Cabral partiu com a missão de chegar novamente à Índia, comprar grande quantidade de especiarias e firmar acordos com os comerciantes indianos.
III. Os descobrimentos iniciados pelos portugueses provocaram profundas mudanças na visão de mundo dos europeus. Ampliou-se o conhecimento da Geografia Física. O contato direto com diversas civilizações, algumas muito antigas e complexas, como as da China e da Índia, e com culturas tão diferentes, como as da América, da África e da Oceania, abriu caminho para o nascimento de uma ideia mais ampla de humanidade.
IV. A chegada dos portugueses à América não provocou o mesmo entusiasmo da Viagem de Vasco da Gama às Índias. Durante as três primeiras décadas do século XVI, o Brasil, praticamente, serviu ao reino português apenas como local para abastecimento dos navios em viagem para as Índias.
V. Após a chegada de Colombo à América, os reis da Espanha apressaram-se em garantir seus direitos de posse sobre as novas terras. Para isso pediram a intervenção do Papa Alexandre VI, que por meio de um documento, conhecido pelo nome de Tratado de Tordesilhas, assinado em 04 de maio de 1493, estabeleceu que as novas terras descobertas seriam divididas entre as coroas de Portugal e Espanha.
Assinale a alternativa que contém apenas as informações CORRETAS em relação às Grandes Navegações:
a) II, III e IV
b) II, III, e V
c) I, III e V
d) I, II, e V
e) I, II, e IV


8. (UFV MG/2011) É INCORRETO afirmar que o processo de conquista e formação dos impérios coloniais na América no século XVI:
a) foi favorecido pela expansão comercial e marítima, pelo fortalecimento das monarquias absolutistas e pela política mercantilista.
b) dizimou populações indígenas e destruiu as estruturas sociais existentes anteriormente.
c) colocou em contato civilizações que se confrontaram pelo choque de culturas e pelo reconhecimento do Outro.
d) deslocou o eixo econômico do mar Mediterrâneo para o oceano Atlântico, passando o comércio a ter proporções de empreendimento regional.



9. (UNIMONTES MG/2011) A organização política da Europa em Estados Nacionais, a partir do século XV, pode ser considerada
a) o resultado da união das várias dinastias reinantes após as dificuldades políticas da época medieval.
b) a expansão do individualismo no campo econômico, tendo por base o poder temporal da igreja.
c) uma forma de articulação das forças sociais em conflito e do progresso econômico decorrente das novas condições de vida.
d) decorrente da expansão das fronteiras territoriais turco-otomanas, após a tomada de Constantinopla em 1453.


10. (UNIMONTES MG/2011) Em relação à expansão marítima e comercial europeia, nos séculos XV e XVI, leia as seguintes afirmativas:
I. O papel de protagonistas da expansão marítima e comercial moderna foi dos países ibéricos, cabendo o pioneirismo a Portugal.
II. As conquistas espanholas, durante o século XV, ameaçaram os avanços náuticos portugueses na costa da África.
III. A Revolução de Avis foi o marco inicial da expansão francesa pelo Ocidente.
IV. A grande importância dada por Portugal à Índia deveu-se à produção e ao comércio de especiarias.
Estão CORRETAS as afirmativas
a) II e III, apenas.
b) I e IV, apenas.
c) III e IV, apenas.
d) I e II, apenas.


11. (FUVEST SP/2012) Deve-se notar que a ênfase dada à faceta cruzadística da expansão portuguesa não implica, de modo algum, que os interesses comerciais estivessem dela ausentes – como tampouco o haviam estado das cruzadas do Levante, em boa parte manejadas e financiadas pela burguesia das repúblicas marítimas da Itália. Tão mesclados andavam os desejos de dilatar o território cristão com as aspirações por lucro mercantil que, na sua oração de obediência ao pontífice romano, D. João II não hesitava em mencionar entre os serviços prestados por Portugal à cristandade o trato do ouro da Mina, “comércio tão santo, tão seguro e tão ativo” que o nome do Salvador, “nunca antes nem de ouvir dizer conhecido”, ressoava agora nas plagas africanas…
Luiz Felipe Thomaz, “D. Manuel, a Índia e o Brasil”. Revista de História (USP), 161, 2º Semestre de 2009, p.16-17. Adaptado.
Com base na afirmação do autor, pode-se dizer que a expansão portuguesa dos séculos XV e XVI foi um empreendimento
a) puramente religioso, bem diferente das cruzadas dos séculos anteriores, já que essas eram, na realidade, grandes empresas comerciais financiadas pela burguesia italiana.
b) ao mesmo tempo religioso e comercial, já que era comum, à época, a concepção de que a expansão da cristandade servia à expansão econômica e vice-versa.
c) por meio do qual os desejos por expansão territorial portuguesa, dilatação da fé cristã e conquista de novos mercados para a economia europeia mostrar-se-iam incompatíveis.
d) militar, assim como as cruzadas dos séculos anteriores, e no qual objetivos econômicos e religiosos surgiriam como complemento apenas ocasional.
e) que visava, exclusivamente, lucrar com o comércio intercontinental, a despeito de, oficialmente, autoridades políticas e religiosas afirmarem que seu único objetivo era a expansão da fé cristã.



12. (UDESC SC/2012) Leia as proposições abaixo sobre as revoluções na Europa entre os séculos XVII e XVIII e assinale (V) para verdadeira ou (F) para falso.
(__) Movidos pela riqueza adquirida durante as grandes navegações, os Países Ibéricos tiveram condições de iniciar a Revolução Industrial no século XVII.
(__) Os ingleses mantiveram livres as plantações em áreas comunais e atrasaram a inserção das indústrias na Inglaterra.
(__) A partir do final do século XVIII, os franceses realizaram uma revolução que influenciaria o mundo inteiro.
(__) Os ingleses fizeram a primeira Revolução burguesa.
(__) A Revolução Industrial se iniciou em Portugal, país que teve os primeiros grandes parques industriais na Europa.
Assinale a alternativa que contém a sequência correta, de cima para baixo.
a) V – F – V – F – F
b) F – F – V – V – F
c) V – V – F – F – V
d) F – V – V – V – F
e) F – F – V – F – V


13. (UEL PR/2012) O ser humano, historicamente, tem procurado medir e controlar o tempo. Para isso, criou instrumentos utilizando-se de elementos naturais.
Sobre as diferentes formas de os homens medirem o tempo, atribua V (verdadeiro) ou F (falso) para as afirmativas a seguir.
(__) O astrolábio, ou relógio de estrelas, foi utilizado pelos povos Maia e Asteca.
(__) A ampulheta, ou relógio de areia, foi utilizada pelos gregos e romanos.
(__) O relógio atômico utiliza a meia vida de um elemento radiativo e regula atualmente a hora internacional.
(__) A clepsidra, ou relógio de água, foi utilizado pelos povos da antiguidade.
(__) O sextante, ou relógio naval, marcava o tempo da viagem na época das Grandes Navegações.
Assinale a alternativa que contém, de cima para baixo, a sequência correta.
a) V, V, F, V, F.
b) V, V, F, F, V.
c) V, F, V, F, V.
d) F, V, V, V, F.
e) F, F, V, F, V.


14. (UPE/2012) O processo da Expansão Ultramarina acabou por redefinir o mapa mundial nos séculos XV-XVI. Com a descoberta da América e a possibilidade de um melhor conhecimento da África e Ásia, por parte dos europeus, ocorreram várias mudanças na mentalidade europeia. Sobre essa realidade, é CORRETO afirmar que
a) várias narrativas sobre as terras distantes e exóticas e seus habitantes foram publicadas na Europa, como os escritos de Hans Staden.
b) os espanhóis, logo de início, caracterizaram as descobertas de Colombo, como a chegada a um novo continente até então desconhecido.
c) os portugueses optaram por colonizar a África central, evitando fixarem-se na América.
d) a França e a Inglaterra colheram os lucros pela antecipação às nações ibéricas no processo das descobertas ultramarinas.
e) a Espanha acabou por ocupar boa parte do território africano, dominando assim o tráfico negreiro até fins do século XVIII.


15. (ESPCEX/2011) As grandes navegações produziram o expansionismo do século XV e contribuíram para acelerara transição do feudalismo/capitalismo.
Provocaram mudanças no comércio europeu, tais como:
a) deslocamento do eixo econômico do Atlântico para o Pacífico; ascensão econômica das repúblicas italianas paralelamente ao declínio das potências mercantis atlânticas; acúmulo de capitais nas mãos da realeza.
b) perda do monopólio do comércio de especiarias por parte dos italianos; declínio econômico das potências mercantis atlânticas; intenso afluxo de metais preciosos da América para a Europa.
c) empobrecimento da burguesia europeia; deslocamento do eixo econômico do Mediterrâneo para o Atlântico; ascensão econômica das repúblicas italianas, paralelamente ao declínio das potências mercantis atlânticas.
d) intenso afluxo de metais preciosos da América para a Europa, o que determinou a chamada “revolução dos preços do Século XVI”; deslocamento do eixo econômico do Mediterrâneo para o Atlântico; acúmulo de capitais nas mãos da burguesia europeia, em consequência da abundância de metais que afluiu para a Europa.
e) ascensão econômica das repúblicas italianas, paralelamente ao declínio econômico de países como Portugal, Espanha, Inglaterra e Holanda; incorporação das áreas do continente americano e do litoral africano às rotas já tradicionais de comércio Europa – Ásia; acumulação de capitais nas mãos da nobreza e realeza europeias.


16. (FATEC SP/2013) As caravelas foram um grande avanço tecnológico no final do século XV. Graças a elas, foi possível realizar viagens de longa distância de forma eficiente. Centenas de homens embarcaram nas caravelas dos descobrimentos. Alguns buscavam enriquecimento rápido, outros, oportunidade de difundir a fé em Cristo. Estes homens eram atraídos pela aventura, porém as surpresas nem sempre eram agradáveis. Nas embarcações, proliferavam doenças e a alimentação era precária.
(Revista de História da Biblioteca Nacional, setembro de 2012, p.22-25. Adaptado)
Sobre a época descrita no texto e considerando as informações apresentadas, é correto afirmar que as viagens nas caravelas
a) foram realizadas no contexto da expansão do mercantilismo europeu, visando também à ampliação do catolicismo.
b) não pretendiam descobrir novos territórios, apenas estabelecer rotas para aventureiros e marginalizados da sociedade.
c) tinham como principal objetivo retirar as populações muçulmanas da Península Ibérica, após as Guerras de Reconquista.
d) eram feitas em condições precárias, pois eram clandestinas, ou seja, eram realizadas sem o consentimento das Coroas europeias.
e) não ocorriam em condições apropriadas, embora a maior parte dos tripulantes das caravelas pertencesse à nobreza feudal.


17. (UPE/2013) Segundo Alexandre de Freitas, “A globalização caracteriza-se, portanto, pela expansão dos fluxos de informações — que atingem todos os países, afetando empresas, indivíduos e movimentos sociais —, pela aceleração das transações econômicas — envolvendo mercadorias, capitais e aplicações financeiras que ultrapassam as fronteiras nacionais — e pela crescente difusão de valores políticos e morais em escala universal.”
BARBOSA, Alexandre de Freitas. O mundo globalizado: política, sociedade e economia. São Paulo: Contexto, 2010, p. 12-13.
Com base na definição acima e nos estudos sobre globalização, é CORRETO afirmar que
a) o autor não leva em consideração a internet e a tecnologia para a construção de computadores no processo de globalização.
b) segundo a definição de Freitas, a globalização se restringe aos eventos em escala internacional.
c) a globalização, por sua natureza planetária, é um duro golpe contra a expansão religiosa.
d) há autores que consideram a Expansão Marítima do século XVI como primeiro ato na história do processo de globalização.
e) por suas carências políticas, sociais e financeiras, os países pobres não participam do processo de globalização.


18. (UECE/2012) “A expansão marítima dos países da Europa após o século XV representou não só um novo sistema de relações internas naquele continente, como “revolucionou” a expansão europeia ultramarina.”
PRADO JUNIOR, Caio. História Econômica do Brasil. São Paulo, Brasiliense, 1982. p.13-17.
Analise as seguintes afirmações acerca da expansão marítima acima mencionada.
I. Foi realizada por empresas comerciais levadas a prática pelos navegadores dos países que participaram dessa expansão, como Portugal e Espanha entre outros. Tais empresas foram fundamentais no desenvolvimento do comércio europeu que era, até o século XIV, em grande proporção, terrestre.
II. A expansão marítima do século XV propiciou o deslocamento da primazia comercial dos países dos territórios centrais do continente europeu, para outra rota que a substituiria e colocaria os países ibéricos no papel de pioneiros dessa grande transformação.
Sobre as afirmações acima, é correto dizer-se que
a) ambas são falsas.
b) apenas I é verdadeira.
c) ambas são verdadeiras.
d) apenas II é verdadeira.


19. (Unicastelo/2013) Pero Vaz de Caminha, escrivão da esquadra de Pedro Álvares Cabral, que aportou nas costas brasileiras em 1500, descreve um episódio ocorrido em 24 de abril, em que dois nativos de terra foram recebidos na nau capitânia.
O capitão, quando eles vieram, estava assentado em uma cadeira e bem vestido, com um colar d´ouro muito grande no pescoço. Um deles pôs olho no colar do capitão e começou d´acenar com a mão para a terra e depois para o colar, como que nos dizia que havia em terra ouro. Isso tomávamos nós assim por o desejarmos.
(Carta a el-rei dom Manuel sobre o achamento do Brasil, 1974. Adaptado.)
Esse trecho da carta tem um conteúdo irônico e revelador de um dos objetivos das expansões marítimas do século XV, o de
a) solucionar a crise da falta de moedas na Europa.
b) organizar a produção de açúcar no Brasil.
c) encontrar terras disponíveis para os nobres europeus.
d) escravizar a população indígena da América.
e) cristianizar os habitantes daqueles novos mundos.


20. (PUCCamp SP/2013) Quem lida com redes simbólicas, como são poemas, sermões e romances, acaba descobrindo na malha das frases imagens trazidas pela memória social (“o que lembro, tenho”, diz Guimarães Rosa). Na história da colonização ouço o diálogo não raro abafado entre a escrita da mente e os impulsos da paixão; e vejo a osmose que o imaginário do escritor entretém com a tradição. Recordem-se os mitos nas vozes contraditórias de Os Lusíadas, os pecados e as penas medievais na Bahia barroca de Gregório de Matos, a cruz do negro de engenho em Vieira, o apocalipse nativo em Gonçalves Dias, a imolação voluntária do guarani em Alencar (...)
(Alfredo Bosi. Dialética da Colonização. São Paulo: Companhia das Letras, 1992. p. 382)
A obra Os Lusíadas celebra os feitos portugueses no período de expansão marítimo-comercial. O destacado desempenho português nas Grandes Navegações é atribuído a fatores como:
a) posição geográfica privilegiada no Mediterrâneo e inexistência de terras férteis em seu território, tornando o país dependente do comércio marítimo.
b) domínio de conhecimentos técnicos pela universidade conhecida como Escola de Sagres e tradição no tráfico negreiro entre África e Europa.
c) poder econômico decorrente da aliança com a Espanha (União Ibérica) e do monopólio do comércio de especiarias no Mediterrâneo.
d) fortalecimento da burguesia mercantil e presença de estímulo estatal às navegações após o processo de formação do Estado nacional.
e) pioneirismo no comércio com o Oriente e grande influência árabe resultante da longa ocupação muçulmana do sul do país.


GABARITO

Postar um comentário

0 Comentários