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QUESTÕES SOBRE PÉRICLES



1. (UFPB) Leia o trecho do discurso de Péricles que governou Atenas de 461 a 429 a.c.
“Nossa constituição é chamada de democracia porque o poder está nas mãos não de uma minoria, mas de todo o povo. Quando se trata de resolver questões privadas, todos são iguais perante a lei, quando se trata de colocar uma pessoa diante de outra em posição de responsabilidade pública, o que vale não é o fato de pertencer a determinada classe, mas a competência real que o homem possui.” (Extraído de: BRAICK, Patrícia Ramos e MOTA, Myriam Becho.
História, das cavernas ao Terceiro Milênio. São Paulo: Moderna, s/d, p. 39)
De acordo com a leitura, é correto afirmar que:
a) a democracia ateniense não era elitista e os escravos, apesar da sua condição, tinham direitos políticos.
b) os metecos e os escravos tinham direito ao voto.
c) o governo de Péricles é considerado o ápice da democracia ateniense, pois, nesse governo, ocorreu a consagração dos princípios de isonomia, isegoria, isocracia e teocracia.
d) a democracia, em Atenas, era representativa e, na nossa sociedade atual, é exercida através da ação direta.
e) os reis atenienses, a partir de meados do século VIII a.c., tiveram seu poder limitado pela aristocracia eupátrida que passou a exercê-lo através do Arcontado.


2. (UPE) “De acordo com as nossas leis somos todos iguais no que se refere aos negócios privados. Quanto à participação na vida pública, porém, cada qual obtém a consideração de acordo com seus méritos e mais importante é o valor pessoal que a classe a que pertence; isto quer dizer que ninguém sente o obstáculo de sua pobreza ou da condição social inferior quando o seu valor o incapacite a prestar serviços à cidade.”
Péricles. Citado por Moreira, p. 28.
Sobre o governo de Péricles, o que podemos afirmar?
a) Péricles assumiu o governo após o assassinato de Címon, aristocrata que vivia constantemente em atritos com os governantes espartanos.
b) Soldados e marinheiros passaram a receber salário, bem como os empregados de cargos públicos passaram a ser remunerados através da instituição da “mistoforia”.
c) Ampliou os direitos de cidadania para as mulheres, escravos e estrangeiros.
d) No seu governo, a Grécia alcançou prosperidade econômica, principalmente através da extração de prata dos Montes Laruion e dos trabalhos dos mineradores assalariados.
e) Foram fundadas colônias (cléruquias) onde milhares de cidadãos podiam comprar lotes de terras (kleros) para poderem cultivar.


3. (UNESP SP) “Péricles, governante de Atenas no século V a.C., enaltecendo as glórias da democracia ateniense, declarou: “O poder está nas mãos não da minoria, mas de todo o povo, e todos são iguais perante a lei”.
(Tucídides, Guerra do Peloponeso.)
Na prática da vida política ateniense, a ideia de democracia na época de Péricles, diferentemente da atual, significava que
a) os habitantes da cidade, ricos e pobres, homens e mulheres, podiam participar da vida política.
b) os escravos possuíam direitos políticos porque a escravidão constituída por dívida era temporária.
c) os direitos políticos eram privilégios dos cidadãos e vetados aos metecos, escravos e mulheres.
d) os metecos tinham privilégios políticos por sustentarem o comércio e a economia da cidade.
e) os pobres e os estrangeiros podiam ser eleitos para os cargos do Estado porque recebiam remuneração.


4. (FGV) “Ninguém cuidava de atingir um objetivo honesto, pois não se sabia se se ia viver o suficiente para realizá-lo. Ninguém era retido nem pelo temor dos deuses nem pelas leis humanas; não se cuidava mais da piedade do que da impiedade desde que se via todos morrerem indistintamente.”
Tucídides. In WOLFF, Francis. Sócrates. São Paulo: Brasiliense, 1987, p.31.
Sobre a crise provocada pela Guerra do Peloponeso é correto afirmar:
a) O final da guerra resultou em um período de florescimento cultural e político, denominado “Século de Péricles”.
b) Após o tratado de paz assinado por atenienses e espartanos em 421 a.C., a guerra recomeçou com a traição de Péricles.
c) A primeira potência hegemônica da guerra foi Esparta, sucedeu-lhe Tebas e, por fim, Atenas.
d) A guerra que durou quase trinta anos e provocou uma terrível peste em Atenas, da qual foi vítima o próprio Péricles, criou as condições para a intervenção de Filipe da Macedônia.
e) A guerra foi um conflito entre os persas e os gregos e teve início com a invasão persa da cidade grega de Mileto em 430 a.C.


5. (FATEC SP) Vivemos sob uma forma de governo que não se baseia nas instituições de nossos vizinhos; ao contrário, servimos de modelo a alguns ao invés de imitar outros. Seu nome é democracia, pois a administração serve aos interesses da maioria e não de uma minoria.
(Tucídides, História da Guerra do Peloponeso. Texto adaptado.)
O trecho acima faz parte do discurso feito por Péricles em homenagem aos atenienses mortos na guerra do Peloponeso. Por esse discurso é correto afirmar que
a) a guerra do Peloponeso foi injusta e trouxe muitas mortes tanto para os atenienses como para os espartanos, que lutavam em lados opostos pela hegemonia da Grécia.
b) Péricles se orgulhava da cidade de Atenas por ser ela uma cidade democrática, que não imitava o sistema político de outras cidades-Estado, mas era imitada por elas.
c) Atenas e Esparta possuíam o mesmo sistema político descrito por Péricles, a democracia, mas divergiam sobre como implantá-lo nas demais cidades-Estado gregas.
d) Atenas, por não partilhar do sistema político democrático de Esparta, criou a Liga de Delos e declarou Guerra à Liga do Peloponeso.
e) Esparta era a única cidade-Estado democrática em toda a Grécia antiga e desejava implantar esse sistema nas cidades-Estado gregas.


6. (PUC RS) No século V a.C., após as Guerras Greco-Pérsicas e com a formação da chamada Confederação de Delos, o mundo grego conheceu um período de hegemonia de Atenas, durante o qual destacaram-se o governo e a política de Péricles. NÃO é uma característica dessa política
a) o combate contra o partido aristocrático em Atenas e nas cidades por ela controladas.
b) a consolidação de instituições como a Assembleia Popular, o Conselho dos Quinhentos e a Heleia.
c) o estabelecimento de remuneração aos cidadãos mais pobres, por participação nas sessões da Assembleia Popular.
d) a concessão dos direitos de cidadania aos metecos e às mulheres livres.
e) o apoio às manifestações artísticas e culturais em Atenas.


7. (UFRN) Nos primeiros meses de 430 a. C., Péricles proferiu um discurso em homenagem aos mortos da Guerra do Peloponeso. Nesse discurso ele afirmou:
Temos um regime que nada tem a invejar das leis estrangeiras. [...] Se, em matéria de divergências particulares, a igualdade de todos diante da lei é assegurada, cada um, em virtude das honras devidas à posição ocupada, é julgado naquilo que pode ocasionar sua distinção: no que se refere à vida pública, as origens sociais contam menos que o mérito, sem que a pobreza dificulte a alguém servir à cidade por causa da humildade de sua posição.
PINSKI, Jaime (Comp.). 100 textos de história antiga. São Paulo: HUCITEC, 1972. p. 94-95.
Desse fragmento do discurso de Péricles, pode-se inferir
a) a existência de um critério censitário como elemento definidor dos cidadãos atenienses, aos quais cabia, com exclusividade, aprovar as leis e decidir questões relativas à paz e à guerra.
b) a existência de um código de leis extremamente severas, o que mantinha, em Atenas, os privilégios da aristocracia.
c) a presença de uma estrutura social flexível da democracia em Atenas, que permitia aos escravos deixarem essa condição e se tornarem cidadãos.
d) a singularidade da estrutura da vida democrática ateniense, que se caracterizava pela primazia do espaço público e pelo zelo à igualdade entre os cidadãos.


8. (UEPA) “No tempo de Péricles (461-429 a.C), o comparecimento à assembleia soberana era aberto a todo o cidadão. A assembleia era um comício ao ar livre que reunia centenas de atenienses do sexo masculino, com idade superior a 18 anos. Todos os que compareciam tinham direito de fazer uso da palavra. As decisões da assembleia representavam a palavra final na guerra e na paz, nos tratados, nas finanças, nas legislações, nas obras públicas, no julgamento dos casos mais importantes, na eleição de administradores, enfim na totalidade das atividades governamentais”.
(BRAICK, Patrícia Ramos e MOTA, Myriam Becho. História: Das cavernas ao terceiro milênio, 2ª Edição. São Paulo: Editora Moderna, 2010. p. 102).
Com base nesta informação, conclui-se que, em Atenas, no período de Péricles:
a) a democracia se consolidou e atingiu sua plenitude por meio de princípios como o da isonomia, isocracia e isegoria, que se definiu como a igualdade de direito ao acesso à palavra na assembleia soberana.
b) a cidadania ateniense fundamentava-se na igualdade de gênero, garantindo aos cidadãos o pleno direito à palavra independente de sexo, impondo como limite a idade de dezoito anos.
c) a relação de poder entre funcionários do Estado e a elite política ateniense assegurava a manutenção de um regime de governo aristocrático no qual somente os homens exerciam o direito de cidadania.
d) os cidadãos atenienses eram guiados por uma burocracia estatal que impediu o rodízio dos cargos administrativos, de modo que a liderança direta e pessoal era exercida por uma minoria de homens jovens.
e) a concentração da autoridade na assembleia possibilitou a criação de um regime de governo baseado no poder pessoal, institucionalizando a oratória como competência mais importante para o exercício da política nos tempos de Péricles.



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