Revolta dos 18 do Forte de Copacabana: da esquerda para direita, tenentes Eduardo Gomes, Siqueira Campos, Nílton Prado e o civil Otávio Correia.
Os 18 do Forte
A
manifestação conhecida como "A revolta dos 18 do Forte de Copacabana"
que ocorreu em 1922 e foi a primeira mobilização do Movimento Tenentista
marcando profundamente a política brasileira durante várias décadas.
No início
da década de 1920, o sistema político estabelecido no Brasil pelas oligarquias
que dominavam a República Velha começavam a dar sinais de exaustão. O país se
urbanizava e junto com o crescimento das cidades surgiam as primeiras
indústrias. A classe média se fortalecia, o movimento operário se organizava e
a sociedade que emergia cobrava maior participação política. Em meio as novas
classes sociais urbanas que emergiam, havia também os militares de baixa e
média patente do Exército, os tenentes.
Influenciados
por ideias liberais, eles iniciaram um movimento de natureza política e
militar, o Tenentismo, que se opunha e queria mudar o sistema vigente. O
Movimento Tenentista não chegou a ter uma identidade ideológica, mas tinha
objetivos muito claros: mudanças no processo eleitoral corrompido pelo voto de
cabresto, liberdade de imprensa, maior autonomia do Poder Judiciário e a
moralização do Poder Legislativo.
"A
revolta dos 18 do Forte de Copacabana" marcou o início de um processo que
culminou com a Revolução de 1930 e influenciou os rumos políticos do Brasil por
mais de 40 anos.
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