A REVOLUÇÃO DE 1930
Nas
eleições para presidente de 1930, as oligarquias dissidentes apresentaram uma
chapa de oposição ao candidato paulista, Júlio Prestes. O nome dessa chapa era
Aliança Liberal, composta por integrantes mineiros, gaúchos e paraibanos. Seu
candidato à presidência foi o governador do Rio Grande do Sul Getúlio Vargas.
Suas propostas eram basicamente a anistia aos exilados, o voto secreto e as
reformas sociais, de modo que conquistou o apoio dos grupos de oposição já
apresentados anteriormente. Mesmo assim, nas eleições, Júlio Prestes saiu
vitorioso.
Com a
derrota nas eleições, as oligarquias dissidentes e os outros grupos passaram a
cogitar uma revolta armada, que se concretizou após o assassinato de João
Pessoa, político paraibano da Aliança Liberal. Embora esse assassinato tenha
ocorrido por motivos de ordem pessoal, a culpa foi atribuída ao governo.
Iniciou-se uma revolução em vários estados do Brasil e, em apenas um mês de
luta, o então presidente Washington Luís foi deposto. Getúlio Vargas assumiu o
comando do Governo Provisório (1930-1934). Encerrava-se, assim, a República
Velha e começava o período da História brasileira denominado Era Vargas
(1930-1945).
A elite
paulista, a principal beneficiada pela “máquina” da República Velha, foi também
a mais prejudicada pela vitória da Revolução de 1930. Vargas, ao assumir o
poder, depôs os governadores estaduais da época e passou a nomear interventores
à sua maneira, de modo a eliminar o coronelismo. Assim, poucos meses depois da
revolução, os paulistas organizaram uma revolta que buscava derrubar Vargas e
seus aliados do poder. Era a chamada revolução constitucionalista, para os
paulistas, ou a contrarrevolução, para os getulistas, movimento que recebeu
apoio da oligarquia cafeeira.
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