Postagens recentes

10/recent/ticker-posts

QUESTÕES SOBRE A GUERRA DE CANUDOS



1. (EFOA MG/2000) Alguns historiadores vêem muitas características semelhantes entre a Guerra de Canudos (1893-1897) e a Guerra do Contestado (1911-1916).
Considerando essa tese, assinale a afirmativa FALSA:
a) Foram insurreições encabeçadas por um líder messiânico.
b) Antônio Conselheiro e o “monge” José Maria eram adeptos fanáticos do Sebastianismo.
c) Eclodiram em regiões pobres e abandonadas do Nordeste.
d) Os revoltosos resistiram a várias tentativas do poder público em derrotá-los militarmente.
e) Tiveram um desfecho trágico e sangrento para o lado dos insurretos.


2. (FURG RS/2001) Dentre os movimentos messiânicos que marcaram a vida brasileira durante a República Velha, podem ser citados:
a) Canudos e Contestado.
b) Revolta da Armada e Revolução Federalista.
c) Revolta dos Marinheiros e Cabanagem.
d) Revolta da Vacina e Sabinada.
e) Revolta dos Muckers e Balaiada.


3. (UFF RJ/1993) A Guerra de Canudos, na qual o Exército Brasileiro derrotou, entre os anos de 1896 e 1897, os sertanejos baianos liderados por Antônio Conselheiro, ocorreu em meio a um delicado momento da vida política brasileira.
Neste momento estava em jogo:
a) a luta contra a reação monarquista que financiava os seguidores do beato fanático.
b) a defesa do poder da igreja, expressa no padroado, frente ao avanço da seita milenarista e messiânica liderada por Antônio Conselheiro.
c) o avanço ameaçador de grupos étnicos do interior baiano, que punham em Questão - o projeto civilizador da República.
d) a disputa entre civis e militares pela direção do processo de consolidação da ordem republicana brasileira, exacerbada durante o governo do primeiro presidente civil do país, Prudente de Moraes.
e) o poder de Floriano Peixoto, aliado às forças civis paulistas, contra os militares que compunham o chamado “grupo jacobino”.


4. (UFF RJ/1996) No final do século XIX, nos sertões da Bahia, o movimento de Canudos pôs em xeque o recente regime republicano instalado no Brasil, infligindo sucessivas derrotas ao exército brasileiro. A razão oficial do governo Prudente de Morais para combater a destruir o reduto de Antônio Conselheiro foi:
a) O discurso que, após a derrota do Coronel Moreira César, injetou o ânimo necessário à ofensiva vitoriosa do exército frisou os aspectos monárquicos que o Arraial de Canudos trazia em seu próprio nome, uma vez que arraial provém de arreial, isto é, "ar real".
b) Antônio Conselheiro foi considerado um beato herege pelo Arcebispo da Bahia que, não obstante rompido com o governo republicano, instou para que o Exército destruísse a seita.
c) A sanha da repressão republicana voltou-se contra o caráter assumidamente sebastianista de Canudos, posto que era o próprio Conselheiro quem apregava o iminente fim da República com a volta de D. Sebastião.
d) O grande argumento em favor da repressão foi dado por Euclides da Cunha, autor de Os Sertões, que, ao proclamar que o Brasil estava "condenado à civilização", incentivou os militares a destroçar a jagunçada sertaneja, emblema do atraso que se pretendia remover.
e) Canudos foi considerado uma clara manifestação de fanáticos articulados com os monarquistas do Rio de Janeiro em favor da restauração do Império.


5. (UFMG/2002) Leia este texto referente ao Arraial de Canudos: 
O arraial foi crescendo num ritmo espantoso, à custa tanto da vizinhança, quanto de pontos longínquos do sertão: de Pernambuco, do Piauí, do Ceará, de Alagoas, de Sergipe, de Minas Gerais e até de São Paulo. A zona nordestina, porém, dava-os em maior quantidade e a mais atingida pelo êxodo era a região das secas e das fazendas de criação. No seu apogeu calculava-se em oito mil a quantidade de habitantes do Império de Monte Belo. Sua composição era heterogênea […] Tipos físicos os mais diversos; raros os brancos puros, os negros puros; em grande e maioria toda sorte de mestiços […]
Econômica e socialmente eram em sua maioria indivíduos de algumas posses.
QUEIROZ, Maria Isaura Pereira de. O messianismo no Brasil e no mundo. São Paulo: Alfa-Omega, 1976. p.229-230.
Com base na leitura desse trecho, é INCORRETO afirmar que o temor dos proprietários de terra e das autoridades políticas com a movimentação em torno de Antônio Conselheiro relacionava-se:
a) à desestabilização social e política associada à adesão de famílias de criadores e sitiantes, que não relutavam em se desfazer de seus bens para se juntar ao Conselheiro.
b) à fuga de mão-de-obra das fazendas, com a consequente adesão de famílias inteiras, que migravam para o arraial com o objetivo de ir viver junto com o “messias”.
c) à prosperidade econômica do arraial, que crescia e se transformava num centro comercial ativo, devido à concentração de pessoas que vinham de todas as partes.
d) ao desvio crescente de recursos financeiros dos grupos industriais emergentes da região de Canudos para outras partes do País, onde não havia ameaça de convulsão social.


6. (UFPB/1998) O Movimento de Canudos caracterizou-se pelo(a):
a) Contestação aos poderes dos coronéis do sertão nordestino, com forte inspiração nas experiências de luta dos imigrantes italianos.
b) Acentuado caráter político-militar, de revolta contra o recente governo republicano e de recusa à imposição do casamento civil.
c) Acentuado caráter messiânico, de revolta contra a opressão dos latifundiários e a miséria em que viviam os sertanejos.
d) Acentuado caráter messiânico, de inspiração monarquista, contrário à escravidão dos negros africanos.
e) Contestação à monarquia e à opressão dos coronéis do sertão nordestino, e defesa da liberdade de culto religioso.


7. (UFRN/1998) Sobre o Movimento de Canudos, pode-se afirmar que:
a) Conselheiro erigiu em Canudos uma sociedade mais igualitária, refúgio para os desprotegidos e espoliados.
b) A criação de uma comunidade igualitária em Canudos contou com a simpatia dos grandes fazendeiros da região.
c) A Igreja se posicionou a favor de Conselheiro, pois seus ideais igualitários eram compatíveis com a doutrina do Cristianismo.
d) Conselheiro pregava contra a República, obtendo, com isso, o apoio dos monarquistas, que pretendiam o retorno de D. Pedro I.


8. (UNESP SP/1993) No início da Primeira República (1889–1930), a oligarquia governante teve que enfrentar, no sertão baiano, um movimento social denominado:
a) Cabanagem
b) Campanha Civilista
c) Levante do Contestado
d) Revolta de Canudos
e) Revolução Farroupilha


9. (UECE/2002) Comunidade que formava no final do século XIX, uma irmandade religiosa e chegou a reunir uma população flutuante de aproximadamente 25 mil habitantes e 5.200 casas no sertão baiano, foi definitivamente arrasada pelas tropas do Exército Brasileiro em 1897.
Estamos nos referindo a: 
a) Comunidade de Canudos.
b) Comunidade de Contestados.
c) Comunidade do Caldeirão de Santa Cruz do Deserto.
d) Comunidade de Penitentes ou Borboletas Azuis.


10. (Mackenzie SP/2002) Os seguidores de Antônio Conselheiro acreditavam que Canudos era o lugar de salvação no mundo, um lugar privilegiado onde fiéis, através da vida limpa e piedosa, se preparavam para o Reino de Deus. Para os líderes do governo, a República estava em perigo, exigindo repressão ao movimento.
A respeito do quadro social que gerou esse conflito na República Velha, está correto afirmar que:
a) as estruturas políticas tradicionais de dominação temiam a ascendência do Conselheiro sobre os sertanejos que, em sua cultura arcaica, buscavam na religião a solução para o isolamento e miséria e para a seca.
b) o Conselheiro era monarquista convicto e preparava um amplo movimento popular contra a República, ameaçando a capital, o Rio de Janeiro.
c) a ideologia republicana via o conflito como fruto do coronelismo, da miséria e das condições políticas novas não assimiladas pela cultura sertaneja, daí a solução pela tolerância.
d) o governo republicano, usando de tolerância, interferiu na ordem social, evitando o massacre defendido pelas lideranças militares.
e) no terreno econômico-social, o Conselheiro não admitia as desigualdades econômicas, incitando a população à revolta aberta contra proprietários e governo.


11. (UNESP SP/2001) “Restauração e Antônio Conselheiro tornam- se sinônimos, pois ambos surgem como antípodas de republicanismo e jacobinismo. Os jornais são os maiores veículos desta propaganda imaginativa, de consequências trágicas (...)”. (Edgar Carone. A República Velha.)
A citação relaciona-se a:
a) Monarquismo e Guerra de Canudos.
b) Federalismo e Revolução Farroupilha.
c) Revolução Federalista e Proclamação da República.
d) Deposição de D. Pedro II e Abolição.
e) Guerra do Paraguai e Questão Militar.


12. (Mackenzie SP/2006) Decididamente era indispensável que a campanha de Canudos tivesse um objetivo superior à função estúpida e bem pouco gloriosa de destruir um povoado dos sertões. Havia um inimigo mais sério a combater, em guerra mais demorada e digna. Toda aquela campanha seria um crime inútil e bárbaro, se não se aproveitassem os caminhos abertos à artilharia para uma propaganda tenaz, contínua e persistente, visando trazer para o nosso tempo e incorporar à nossa existência aqueles rudes compatriotas retardatários.
Euclides da Cunha, Os Sertões
A respeito do movimento social a que se refere o trecho dado, é INCORRETA uma das afirmações abaixo. Assinale-a.
a) Foi um movimento de caráter messiânico, cujo líder organizou uma comunidade de fiéis no interior baiano.
b) Irrompeu nos últimos anos do século XIX, durante o governo de Prudente de Morais, e nele se confrontaram tropas federais e grupos de jagunços.
c) Suas causas se ligam, entre outros, ao problema da miséria social provocada pela concentração fundiária e pelas secas periódicas.
d) Atingiu extremos de violência nos combates com as tropas do governo; todavia, alcançou a vitória e conseguiu impor, ainda que restrita, uma reforma agrária na região do conflito.
e) No ideário de seu líder religioso, apareciam ideias de conteúdo sebastianista, que eram resquícios de antigas crenças messiânicas dos séculos XVI e XVII.


13. (UFG GO/2004) A Guerra de Canudos (1896-1897) é emblemática no debate sobre a formação da nação no período republicano. A República recém-proclamada enfrentou um Brasil desconhecido: o sertão e os sertanejos.
A guerra, tragicamente, significou um aprendizado para os brasileiros demonstrando que a:
a) fragmentação e as grandes distâncias das regiões litorâneas impediram a organização e o crescimento das comunidades sertanejas.
b) unidade cultural do país é fruto de um longo processo de gestação iniciado com a ocupação do litoral e o fabrico do açúcar.
c) presença da Igreja Católica no sertão representava um elo entre a comunidade e as autoridades republicanas.
d) frágil base política em que se assentava o governo republicano foi incapaz de reconhecer a questão social e cultural suscitada por Canudos.
e) resistência política dos monarquistas organizados no arraial de Canudos era uma ameaça à ordem republicana.


14. (UESPI/2004) “Na década de 1870, essa região era conhecida como um lugar, cujos habitantes pitavam cachimbos estranhos de barro encaixados em canudos de um metro de comprimento. Daí o nome do lugar, Canudos. Em 1890, a fazenda que ali existia estava em ruínas: restavam apenas as paredes da casa do proprietário e as da capela, rodeada por cerca de cinquenta casebres de pau-a-pique” (Antônio Carlos Olivieri, Canudos).
Essa é uma concisa descrição da região de Canudos, onde ocorreu um episódio sangrento que marcou os primeiros anos da República.
Sobre a guerra de Canudos, podemos afirmar que:
a) foi um movimento político, liderado por Antônio Conselheiro, que ameaçou o governo republicano, com seus ideais anarquistas.
b) teve importância política; mas não se pode negar a influência marcante da religião entre os rebeldes.
c) teve repercussão restrita aos sertões da Bahia, tornando-se conhecida depois, devido ao escritor Euclides da Cunha.
d) foi uma rebelião de fanáticos religiosos, facilmente controlada pela força dos exércitos republicanos.
e) representou um protesto localizado contra a república e sua política contrária à reforma agrária sugerida pelos rebeldes.


15. (UFPA/2005) Sobre o movimento dos Canudos, é correto afirmar:
a) Canudos criticava a república por não respeitar a titulação das terras dos pequenos lavradores.
b) Canudos criticava a concentração de terras nas mãos das Oligarquias Agrárias e a separação entre o Estado e a Igreja na República.
c) Canudos criticava a reforma agrária defendida pelo Império.
d) Canudos defendia as eleições para Presidente da República.
e) Canudos defendia as reformas de base contra a República.


16. (UFSCAR SP/2007) (...) despacho de Salvador transmitia informações prestadas por um “respeitável cavalheiro vindo das regiões de Canudos”, o qual dizia se encontrarem entre os adeptos do Conselheiro “sertanejos fanáticos pelos interesses, que para ali se dirigiam acreditando na ideia do comunismo, tão apregoada pelo Conselheiro”. E adiantava este dado significativo: “sobe a sessenta o número de fazendas tomadas pelos conselheiristas em toda a circunscrição”. (...)
(...) a sorte dos fazendeiros das vizinhanças de Canudos foi uma só – fuga. Não lhes restava outra alternativa como cúmplices dos atacantes. Porque eram eles, os grandes fazendeiros, que davam abrigo às tropas do governo na sua marcha sobre Canudos, forneciam-lhes animais de carga para seu abastecimento, gado e cereais para sua alimentação. Eram os principais interessados no assalto a Canudos, no esmagamento dos “revoltosos” que tão mau exemplo transmitiam aos demais explorados do campo.
(Rui Facó. Cangaceiros e fanáticos, 1956.) 
O principal argumento do autor está relacionado à ideia de que, naquele contexto, os grandes proprietários
a) tinham receio de perder suas terras para os camponeses pobres.
b) receavam as crenças proféticas de fim de mundo da religião de Antônio Conselheiro.
c) ajudavam o Exército porque faziam parte oficialmente da Guarda Nacional.
d) temiam as secas e as revoltas que provocavam os saques nos armazéns das cidades.
e) defendiam a estabilidade política nacional e a instituição do Exército.


17. (UFAM/2008) Leia o texto a seguir:
“Exemplo único em toda a História, resistiu até ao esgotamento completo. Expugnado palmo a palmo, na precisão integral do termo, caiu no dia 5, ao entardecer, quando caíram os seus últimos defensores, que todos morreram. Eram quatro apenas: um velho, dois homens feitos e uma criança, na frente dos quais rugiam raivosamente cinco mil soldados”.
O texto acima narra os últimos instantes de um dos mais importantes movimentos populares do início da era republicana. Ocorrido no sertão da Bahia, esse movimento era:
a) Sabinada
b) Balaiada
c) Canudos
d) Contestado
e) Revolta da Chibata


18. (UNIOESTE PR/2008) Leia os tópicos abaixo:
I. A partir de1870, o líder messiânico Antônio Conselheiro passou a atrair seguidores e fiéis pelo interior do Ceará, Pernambuco, Bahia, Alagoas e Sergipe. Tendo se fixado em 1893 na região de Canudos, Bahia, seus seguidores foram perseguidos em decorrência do fanatismo religioso e defesa da monarquia.
II. Euclides da Cunha, então correspondente do jornal “O Estado de S. Paulo”, testemunhou os momentos finais da Guerra de Canudos. Em 1902, lançou a obra “Os Sertões”, um clássico da literatura brasileira sobre o sertão, o povo e os combates.
III. A cidade de Belo Monte, fundada por Antônio Conselheiro em meio ao sertão baiano, entre novembro de 1896 e outubro de 1897, sofreu com quatro expedições militares enviadas pelo governo republicano. Arrasada pela força militar, teve um saldo de mais de dez mil mortes.
IV. Antônio Conselheiro reivindicava o retorno de Dom Sebastião, rei português desaparecido em 1578 numa batalha na África.
V. As ruínas de Canudos foram alagadas pela barragem de Cocorobó em 1969 e a população remanescente foi transferida para outro local, também chamado Canudos.
Sobre a Guerra de Canudos, assinale a alternativa que menciona os tópicos corretos:
a) Apenas I, II e III estão corretos.
b) Apenas I, III e IV estão corretos.
c) Apenas II e III estão corretos.
d) Apenas III e V estão corretos.
e) Todos estão corretos.


19. (UFT TO/2009) “O massacre de Canudos foi revelador da enorme distância entre as intenções do novo governo republicano e a realidade em que vivia a imensa maioria dos brasileiros.
Canudos, uma pequena vila no interior da Bahia, tornara-se o refúgio de um pregador carismático, Antônio Conselheiro. Circulando desde a década de 1870 pelo sertão do Nordeste, rezando, pregando e dirigindo mutirões para consertar igrejas e cemitérios, atraiu uma multidão de fiéis que, em 1893, se assentou no vilarejo, que logo tornou-se cidade, batizada de Belo Monte. Em pouco mais de dois anos, cerca de 20 mil desafortunados de todo o tipo passaram a viver no local, cultivando terras comunitárias e aguardando a nova vida anunciada pelo Conselheiro”.
(CALDEIRA, Jorge. [et al.] História do Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 1997. p. 240).
A partir do texto é INCORRETO afirmar: 
a) Canudos foi a expressão de que o regime republicano brasileiro, em seu início, não foi compreendido pela maioria da população brasileira.
b) Os seguidores de Antônio Conselheiro, amparando-se em questões que remetem ao campo religioso, constituíram uma teia de sociabilidade no interior nordestino.
c) A questão religiosa serviu para apontar o descompasso entre a cultura sertaneja e o pensamento das elites que conduziam o nascente regime republicano de governo.
d) Poucos foram os sertanejos a aderirem às pregações de Antônio Conselheiro, justamente porque suas ideias eram a favor do governo republicano.


20. (UECE/2009) “A Guerra de Canudos, ocorrida entre 1896 e 1897, mobilizou metade do efetivo do Exército Brasileiro. O momento coincidia com o fim do governo do General Floriano Peixoto e a tomada do poder pelos civis, liderados pela elite paulista”.
Fonte: RODRIGUES, Rogério Rosa. Por um Novo Exército. Revista da Biblioteca Nacional, n.36, setembro de 2008, pp. 58-61.
Em relação à imagem construída pelo exército brasileiro no período em tela, marque a opção correta.
a) Os artigos escritos pelo escritor Euclides da Cunha bem como seu livro “Os Sertões” transformaram-se num instrumento de excelente publicidade para o exército brasileiro, em virtude da atuação do mesmo na guerra.
b) Durante todo o tempo que durou a guerra de Canudos, o exército brasileiro gozou de grande popularidade. Porém, continuava arcaico em relação a equipamentos bélicos.
c) No momento da guerra, o exército brasileiro ainda colhia os louros da sua participação no movimento que levou à independência do Brasil, embora fosse, ainda, dependente das malhas administrativas do exército português.
d) Para a campanha de Canudos, os alistamentos eram feitos à “laço”, denominação popular atribuída às convocações forçadas pelo exército aos jovens brasileiros.


21. (IBMEC RJ/2010) Leia o texto com atenção:
"Aquilo não era uma campanha, era uma charqueada. Não era a ação severa das leis, era a vingança. Dente por dente. Naqueles ares pairava, ainda, a poeira de Moreira César, queimado; devia-se queimar. Adiante, o arcabouço decapitado de Tamarindo; devia-se degolar. A repressão tinha dois polos – o incêndio e a faca... Ademais, não havia temer-se o juízo tremendo do futuro. A História não iria até ali".
(Euclides da Cunha, Os Sertões.)
Ao descrever a tragédia ocorrida em Canudos, este trecho da obra de Euclides nos permite retirar uma importante conclusão:
a) ali, todos estavam equivocados e sem a menor motivação para o que faziam, afinal, os soldados tinham certeza de que os sertanejos estavam corretos em suas reivindicações.
b) a carnificina se justificava pela reação dos habitantes do arraial, extremamente agressivos com as tropas do governo, que agiram de forma cautelosa.
c) era uma região tão remota que ninguém iria tomar conhecimento do que lá estava ocorrendo, e por isso a atuação podia ser extremamente selvagem.
d) houve uma enorme cumplicidade do povo brasileiro com a selvageria de Canudos, pois a vontade de todos era uma retaliação brutal contra aquele bando de sertanejos fanáticos.
e) o governo imperial não moveu uma palha em ajuda aos liderados de Antônio Conselheiro, sabidamente um ardoroso defensor do governo monárquico.


22. (UFC CE/2010) “A travessia para o Juazeiro fez-se a marchas forçadas, em quatro dias. E quando lá chegou o bando dos expedicionários, fardas em trapos, feridos, estropiados, combalidos, davam a imagem da derrota. Parecia que lhes vinham em cima, nos rastros, os jagunços. A população alarmou-se, reatando o êxodo. Ficaram de fogos acesos na estação da via-férrea todas as locomotivas. Arregimentaram-se todos os habitantes válidos dispostos ao combate. E as linhas do telégrafo transmitiram ao país inteiro o prelúdio da guerra sertaneja” 
O trecho acima é parte do livro de Euclides da Cunha que teve sua primeira edição em 1902 e relata o cotidiano de um conflito ocorrido nos primeiros anos da República. O livro de Euclides e o conflito ao qual se refere são respectivamente:
a) Inferno Verde, Caldeirão.
b) Inferno Verde, Cabanagem.
c) Os Sertões, Canudos.
d) Os Sertões, Caldeirão.
e) A guerra do fim do Mundo, Contestado.


23. (UFRN/2010) A eclosão de movimentos sociais rurais ocorridos durante a República Velha decorreu, dentre outros fatores, do quadro de injustiça social e violência a que estavam submetidas as camadas populares.
A Guerra de Canudos foi representativa desse contexto, pois
a) os rebeldes de Canudos, além de se oporem a algumas leis republicanas, insurgiam-se contra o Estado e as lideranças eclesiásticas, os quais os excluíam, privando-os dos direitos mais elementares.
b) a existência de uma comunidade sertaneja, em Canudos, controlada pelos coronéis e pela Igreja, foi imediatamente entendida como uma ameaça à ordem vigente.
c) a participação do campesinato, em Canudos, um elemento de ruptura entre o mundo rural e o urbano, decorreu da acentuada influência das ideias do movimento socialista no campo.
d) o fanatismo milenarista deu um caráter religioso ao movimento, por isso ele foi reprimido pelo governo monárquico, que o percebeu como ameaça à ordem.


24. (UNIMONTES MG/2010) Sobre o episódio de Canudos, é CORRETO afirmar que
a) Canudos foi um movimento de contestação que teve seu encerramento quando a elite agrária da região Nordeste atendeu aos apelos de reformas dos revoltosos.
b) jagunços de Antônio Conselheiro abandonaram o povoado de Belo Monte, com a chegada das tropas federais.
c) seguidores de Antônio Conselheiro lutavam pela implantação de um regime político democrático e socializante.
d) Antônio Conselheiro e seus seguidores, em alguma medida, apresentaram uma alternativa ao modelo de estrutura fundiária presente no Brasil.


25. (Mackenzie SP/2013) É necessário que se sustente a fé de sua Igreja. A religião santifica tudo e não destrói coisa alguma, exceto o pecado. [...]. Estas verdades demonstram que casamento é puramente competência da santa Igreja, que só seus ministros têm poder de celebrá-lo [...].
Nesse trecho, Antônio Conselheiro, líder do movimento que levou à Guerra de Canudos (1896-1897),
a) preparou as bases de uma sociedade religiosa, implantada após sua vitória na referida Guerra.
b) considerou o protestantismo a única saída para o bem-estar das populações e resolução de seus problemas.
c) expôs sua insatisfação com uma das medidas implantadas pela recém-proclamada república.
d) criticou o Estado laico, que proibia práticas religiosas – públicas e privadas – como o casamento católico.
e) resgatou as discussões entre Estado e religião, resolvidas com a oficialização do cristianismo evangélico enquanto religião do Estado brasileiro.


GABARITO







Postar um comentário

0 Comentários