Pré-história
No
início, os homens viviam em tribos, moravam em cavernas e lutavam contra o
frio, a fome e os grandes predadores. Viviam se mudando de um lugar para outro
em busca dos meios para sua sobrevivência. Eram nômades.
Com o
tempo os homens foram acumulando conhecimentos. Esses conhecimentos
possibilitaram ao homem fabricar suas roupas e objetos para guardar alimentos,
cozinhar e caçar. Os homens aprenderam a domesticar os animais, a plantar e a
construir suas casas. Assim, deixaram de ser nômades e descobriram as vantagens
de manter para si um pedaço de terra.
Dessa
forma, a terra passa a ser um bem de muito valor para o homem e objeto
constante de cobiça e disputa, motivando o surgimento de guerras pela conquista
de mais e mais terras. Nessa época era comum os homens homenagearem seus Deuses
e líderes com presentes a que davam o nome de tributos.
Antiguidade
A
conquista de terras favoreceu o surgimento das grandes civilizações como a
egípcia, grega e romana. Este período vai da invenção da escrita, ocorrida,
aproximadamente em 5000 a.c. até 476 d.C., ano que marcou o fim do império
romano.
Foram
séculos de conflitos e guerras entre os povos da terra em busca de mais
territórios e poder. Nessa fase da história, os reis passaram a exigir tributo
para sustentar seus exércitos, foi então que o tributo deixou de ser presente e
passou a ser obrigação.
Os povos
vencedores tinham direito a tudo e os derrotados eram escravizados. Os escravos
não possuíam direito algum, nem mesmo à vida. Eram tratados como se não fossem
gente.
Os
romanos conseguiram conquistar os Gregos, mas não foram capazes de impor aos
Gregos sua cultura. Assim, descobriram que poderiam dominar outros povos sem
impor a eles suas crenças e costumes. Dessa forma, os romanos conseguiram
sustentar e alargar seu império respeitando a liberdade e cultura dos
conquistados, mas utilizando a cobrança de tributos como meio de fortalecer
seus exércitos e conquistar mais terras.
Idade Média
A queda
do império romano marcou o início deste período da história, que vai do ano 476
a 1453. O grande império foi dividido em vários pedaços de terra chamados de
feudos. Perdeu-se completamente a noção de Estado na Europa medieval. Cada
feudo possuía um senhor. Eram os chamados senhores feudais, os nobres.
Nessa
época, a maioria das pessoas vivia nos campos. Os camponeses, então chamados de
servos, eram obrigados a pagar tributos aos senhores feudais. Como não havia
Estado, a circulação de moedas era escassa. Desse modo, os servos geralmente
pagavam os tributos devidos ao senhor entregando-lhes a melhor parte de suas
colheitas.
O que
restava era suficiente apenas para a sobrevivência do camponês e de sua
família. A vida nos campos era difícil e trabalhosa, o servo estava preso à
terra do senhor, sua liberdade era muito restrita. Nesse período os senhores de
terra possuíam ainda direito de vida e de morte sobre os seus vassalos. Quem
não pagasse o tributo devido podia ser preso ou morto. A vida das pessoas estava voltada para
atender às vontades e às necessidades dos senhores feudais. O povo vivia
miseravelmente.
A
religião católica era muito forte e os senhores feudais, convencidos pela
igreja, começaram a participar das cruzadas, as chamadas guerras santas, que
tinham por objetivo reconquistar a palestina, lugar sagrado para os cristãos,
porque lá nasceu e viveu Jesus Cristo. Para recuperar os territórios da terra
santa, gastavam cada vez mais e cobravam cada vez mais tributos. O povo já
estava cansado, pois nada era feito em favor dele.
O fim das cruzadas marcou também o enfraquecimento crescente do poder
dos senhores feudais. Exércitos inteiros foram destruídos e muitos dos senhores
de terra morreram nas guerras santas. Os
camponeses, então, foram se libertando aos poucos do poder feudal. Cansados da
vida de exploração e penúria, grande número de camponeses migrou para as cidades.
No final da idade média, as cidades estavam reflorescendo em toda a
Europa. O contato com a cultura oriental trouxe para os europeus novos hábitos
de consumo. Os produtos orientais – as especiarias – eram muito valiosos.
Surgiu uma nova classe social: a dos comerciantes, industriais e banqueiros –
chamada de burguesia – palavra derivada de burgo, que significa cidade. O
comércio cresceu e se diversificou. Esse movimento atraiu cada vez mais pessoas
para as cidades. Mas não era fácil adquirir especiarias, porque a rota do
oriente era dominada pelos árabes, inimigos mortais dos europeus desde a época
das cruzadas.
As cidades Italianas foram as que mais se beneficiaram do comércio das
especiarias, principalmente Gênova e Veneza por causa de sua localização
geográfica privilegiada. Os hábeis comerciantes italianos conseguiram manter
acordos comerciais com os árabes, que lhes permitiram praticamente monopolizar
o comércio com o oriente. Isso gerou um grande progresso material para toda a
região, criando condições para o surgimento de uma nova era da história da
humanidade: o renascimento. O renascimento marca o ocaso da idade média.
Idade Moderna
Vai do ano 1453 (tomada de Constantinopla pelos turcos otomanos) a 1789
(Revolução Francesa). Neste período os feudos foram transformados em reinados.
Os pequenos reinados foram crescendo e se unindo dando origem aos Estados
Nacionais.
O monopólio árabe-italiano sobre o comércio com o oriente, fazia com que
o preço das especiarias permanecesse muito elevado. Para o restante da Europa,
era necessário conseguir uma nova rota comercial com o oriente, que
possibilitasse baratear o custo daqueles produtos tão cobiçados. Para isso, não
havia outro caminho senão navegar pelo tenebroso e desconhecido oceano
atlântico. Navegação tão perigosa, exigia a construção de verdadeiras esquadras
de caravelas, o que era muito caro. Só o rei, já então fortalecido pela criação
dos Estados Nacionais que lhe possibilitava cobrar tributos de seus súditos,
podia reunir tamanha fortuna em moedas de ouro e prata que permitisse financiar
as grandes viagens. Assim, nessa época se generalizou a cobrança de tributos em
moeda e não mais em mercadorias como ocorrera ao longo de toda a idade média.
Devido à sua posição geográfica privilegiada e ao notável
desenvolvimento da navegação, Portugal e Espanha foram os primeiros reinos a
lançar grandes expedições marítimas. Descobriram as rotas para a África e Ásia
e chegaram às Américas, então densamente habitadas por povos de culturas
completamente diferentes da europeia. Este fato histórico é tão importante para
o destino da humanidade que hoje é conhecido como o “encontro de dois mundos”.
A descoberta de metais preciosos nas Américas mudou totalmente a face da
Europa, financiou a revolução industrial e proporcionou a ascensão da burguesia
como classe social rica e influente. Enquanto isso, as colônias, como o Brasil,
eram exploradas e tinham suas riquezas extraídas e mandadas para a Europa sem
gerar qualquer benefício para os habitantes das próprias colônias.
Mas a insatisfação não tomava conta apenas dos habitantes das colônias.
Na França, por exemplo, os burgueses, camponeses e artesãos se revoltaram
contra o rei, por acharem injusto que só os comerciantes, industrias e
trabalhadores tivessem a obrigação de pagar pesados impostos, enquanto a
nobreza e o clero nada pagavam e viviam como marajás.
Idade Contemporânea
A Revolução Francesa, de 1789, é o marco inicial deste período. A
Revolução teve como objetivo instaurar a república. Seu lema é Liberdade,
Igualdade e Fraternidade. Neste ano foi aprovada a Declaração dos Direitos do
Homem e do Cidadão, que é um marco na história do ser humano, porque foi o
primeiro documento que definiu claramente os direitos fundamentais e
inalienáveis da pessoa humana. Em 1791 foi aprovada a Declaração dos Direitos
da Mulher e da Cidadã.
Ainda nessa época, os Estados Unidos se tornaram independentes da
Inglaterra. Uma das principais causas da guerra de independência americana
foram os pesados impostos que a coroa britânica cobrava de suas colônias na
América.
Esses movimentos de libertação inspiraram várias revoltas importantes
ocorridas no Brasil nos fins do século XVIII e início do século XIX. Tais
movimentos tinham por objetivo declarar nossa independência de Portugal e criar
a República. Dentre essas revoltas, a principal foi a Conjuração Mineira, mais
conhecida como Inconfidência Mineira. Uma das principais causas da conjuração
mineira foi exatamente a cobrança do chamado quinto do ouro, ou seja, a quinta
parte de todo o ouro extraído nos garimpos, que deveria ser pago à coroa
portuguesa como tributo.
No final do século XVIII as minas de ouro começaram a se exaurir e a
produção caiu muito. Mas o governo português, endividado, não admitia receber
menos. Desconfiava que a produção do ouro que chegava às casas de fundição
estava caindo porque havia muita sonegação. Por isso, a rainha de Portugal,
conhecida como D. Maria, a Louca, determinou que se a produção anual de ouro
que cabia à coroa não fosse atingida, a diferença seria cobrada de uma vez por
meio da derrama. A proximidade do dia da derrama aterrorizava o povo de Vila
Rica. Tiradentes e os demais inconfidentes perceberam que esse seria o dia
certo para anunciarem o movimento, pois contavam com o apoio e a participação
da população de Vila Rica, revoltada com a derrama. No entanto, antes que isso
acontecesse, foram delatados por Joaquim Silvério dos Reis. A derrama foi
suspensa. Apesar de derrotado, o movimento mineiro inspirou, anos mais tarde, a
independência do Brasil.
Fonte: EBC
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