Saiba como é calculada a nota do Enem
A
metodologia de correção utilizada no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) é a Teoria
de Resposta ao Item (TRI). Neste modelo estatístico, o valor de cada uma das
questões irá variar de acordo com o percentual de acertos e erros de estudantes
naquele item. Ou seja: um item que teve alto índice de acertos será considerado
fácil e, por essa razão, valerá menos pontos na composição da nota final. Já o
estudante que acertar uma questão que teve um alto índice de erros ganhará mais
pontos pelo item.
Por
essa razão, não é possível calcular qual foi a sua nota final apenas
contabilizando o número de erros e acertos em cada uma das provas. Na TRI,
leva-se em conta para o cálculo da nota o nível de dificuldade de cada questão.
Dessa forma, dois participantes que acertaram o mesmo número de itens podem ter
médias finais diferentes.
Também
não é possível comparar o número de acertos nas provas de diferentes áreas do
conhecimento. Por exemplo: se um aluno acerta a mesma quantidade de itens nas
provas de matemática e ciências humanas, não significa que a pontuação obtida
será igual. Isso porque o nível de dificuldade de cada prova e dos diferentes
itens que a compõe afetam esse cálculo final.
Esse
cálculo complexo é feito pelo próprio Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas
Educacionais (Inep) e os resultados finais serão divulgados em 28 de dezembro.
Diferentemente dos vestibulares tradicionais, no Enem não existe uma pontuação
máxima e mínima que o participante pode atingir - com exceção da redação, que
não é corrigida pela TRI e cuja nota varia de 0 a 1000.
Para
saber se foi bem na prova, o estudante deverá comparar seu desempenho em uma
escala construída pelo Inep com as notas mínimas e máximas obtidas pelos
participantes. Essa escala só será divulgada junto com os resultados finais.
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