Affonso Penna – Período presidencial
O governo
Affonso Penna opôs resistência à continuidade da política de valorização do
café estabelecida no Convênio de Taubaté. Diante dessa resistência do governo
federal e dos demais estados à concretização dos itens desse acordo, o governo
do estado de São Paulo, apostando na estratégia de valorização do café, obteve
empréstimos em bancos e casas exportadoras estrangeiras, além de conseguir que
a União fosse fiadora de um novo empréstimo, viabilizando o financiamento da
compra de cerca de oito milhões de sacas de café, quase a metade do total da
safra brasileira. Em face do descontentamento dos demais produtores
brasileiros, como os de Minas Gerais e da Bahia, Affonso Penna determinou que o
Banco do Brasil adquirisse as safras dos cafeicultores, sendo esta a primeira
intervenção estatal para a defesa de um produto. A implementação da política de
valorização do preço do café ajudou a saldar os compromissos externos e a se
obter um imenso lucro, revelando o sucesso da primeira iniciativa governamental
no comércio.
Affonso
Penna deu continuidade ao programa iniciado por seu antecessor, Rodrigues
Alves, de reaparelhamento das ferrovias e dos portos, e implementou a
reorganização do Exército, sob a supervisão do ministro da Guerra, general
Hermes da Fonseca. Durante seu governo, também disponibilizou os recursos
necessários, em 1907, para que Cândido Rondon realizasse a ligação do Rio de
Janeiro à Amazônia pelo fio telegráfico.
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