Juan Gutierrez. Revolta da Armada – Arsenal de Marinha, c.
1893. Rio de Janeiro, RJ / Acervo IMS
Revolta da Armada - Promovida por unidades da Marinha em
oposição ao governo Floriano Peixoto, começou em setembro de 1893 no Rio de
Janeiro, propagando-se para a região sul e prolongando-se até março do ano
seguinte. Vice de Deodoro da Fonseca, que renunciou ao cargo após nove meses de
governo, Floriano deveria assumir interinamente porque, conforme previa a
Constituição, seriam convocadas novas eleições presidenciais em no máximo dois
anos. Próximo ao fim do prazo estipulado, Floriano passou a ser acusado pela
oposição de tentar se manter ilegalmente no poder. No dia 6 de setembro de 1893
um grupo de oficiais graduados da Marinha tentaria depor o presidente.
Agregando jovens oficiais e até monarquistas, o movimento era liderado pelos
almirantes Saldanha da Gama e Custódio de Melo, ex-ministro da Marinha e
candidato preterido à sucessão de Floriano. Refletindo o descontentamento da
Marinha com o pequeno espaço político que ocupava em relação ao Exército, a
rebelião obtém escasso apoio no Rio de Janeiro. Os revoltosos dirigem-se então
para o sul, e alguns efetivos desembarcam em Desterro (atual Florianópolis),
onde tentam, sem sucesso, articular-se com os rebeldes federalistas gaúchos.
Com navios adquiridos no exterior, Floriano derrotaria a Revolta da Armada em
março de 1894.
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