1. (PUC
MG/2006) “Fui
vencido pela reação e assim deixo o governo. Nestes sete meses cumpri o meu
dever [...] Forças terríveis se levantaram contra mim e me intrigaram ou
inflamam, até com a desculpa da colaboração [...] Assim não falta a coragem da
renúncia [...] Retorno agora ao meu trabalho de advogado e professor [...].”
Fragmento da Carta
Renúncia de Jânio da Silva Quadros – Manifesto à Nação. Brasília, 25 de agosto
de 1961.Apud. Ivan Alves Filho. Brasil, 500 anos em documentos. Rio de Janeiro:
Mauad, 1999, p. 535.
A
renúncia do presidente Jânio Quadros provocou no Brasil uma crise institucional
que culmina com a:
a) ascensão ao poder do vice-presidente e a implantação do sistema
parlamentarista de governo.
b) ação golpista
desencadeada pelo alto comando militar para impedir a posse do vice-presidente.
c) convocação
extraordinária do Congresso com a finalidade de emendar a carta constitucional.
d) mobilização imediata
da sociedade civil, para exigir o cumprimento das normas constitucionais.
2. (Mackenzie
SP/2000) O
presidente acusava as misteriosas "forças ocultas" como responsáveis
pelo seu ato. Hoje, há poucas dúvidas de que a renúncia fazia parte de uma
estratégia golpista. Minoritário no Congresso, criticado duramente por Carlos
Lacerda, o presidente esperava voltar nos braços do povo, fato que não se
confirmou.
Através
do texto, identifique o acontecimento histórico em questão.
a) Suicídio do Presidente
Getúlio Vargas
b) Impeachment do
Presidente Collor de Mello
c) Queda do governo
Goulart.
d) Deposição de Carlos
Luz.
e) Renúncia de Jânio Quadros.
3. (UEPB/2006)
Jânio
Quadros assumiu a Presidência da República em Janeiro de 1961 e depois
renunciou sob a alegação de que estaria sendo pressionado por “forças
terríveis”, insinuando a existência de um complô contra seu governo.
Assinale
a única alternativa incorreta.
a) Jânio Quadros realizou
uma política econômica austera para reduzir o déficit público, diminuir os
gastos sociais e conter a inflação. Esta política, ditada pelo FMI, restringiu
o crédito, congelou os salários e terminou por contribuir para que as lutas
sociais no país se acirrassem.
b) Jânio Quadros era
demagogo e populista. Mantinha um estilo político teatral: tomava injeções em
público, simulava desmaios, aplicava pó de cal nos ombros para dar a impressão
de estar cheio de caspas e comia sanduíches de mortadela nos comícios.
c) Jânio Quadros foi forçado a renunciar pelos militares porque mantinha nítidas
simpatias ideológicas para com países socialistas, a prova disso foi o fato de
ter condecorado o líder revolucionário e então ministro da Economia cubana,
Ernesto Che Guevara.
d) O governo de Jânio
Quadros ficou mais conhecido pelas diretrizes “saneadoras” e “moralizadoras”.
e) Em clima de Guerra
Fria, Jânio Quadros tinha uma forma de governar bem original: não levava em
consideração a orientação ideológica dos países com os quais ia estabelecer
relações comerciais.
4. (FURG RS/2000) Fui vencido pela reação
e assim deixo o Governo. Nestes sete meses cumpri o meu dever. Tenho-o cumprido
dia e noite, trabalhando infatigavelmente, sem prevenções nem rancores. Mas
baldaram-se os meus esforços para conduzir esta Nação pelo caminho de sua
verdadeira libertação política e econômica, a única que possibilitaria o
progresso efetivo e a justiça social, a que tem direito seu generoso povo.
Desejei um Brasil para os brasileiros, afrontando, nesse sonho, a corrupção, a
mentira e a covardia que subordinam os interesses gerais aos apetites e às
ambições de grupos ou indivíduos, inclusive do exterior. Sinto-me, porém,
esmagado. Forças terríveis levantam-se contra mim e me intrigam ou infamam, até
com a desculpa da colaboração. Se permanecesse, não manteria confiança e tranquilidade,
ora quebradas, indispensáveis ao exercício de minha autoridade. Creio mesmo que
não manteria a própria paz pública.
Encerro
assim com o pensamento voltado para a nossa gente, para os estudantes, para os
operários, para a grande família do Brasil, esta página da minha vida e da vida
nacional. [...] Trabalharemos todos. Há muitas formas de servir esta Pátria. Brasília, 25 de agosto de 1961.
(citado em Paulo Bonavides
e Roberto Amaral, Textos políticos da História do Brasil, [s.d.], v. 7, doc.
247.1).
Este
discurso corresponde a um trecho do “ Manifesto à Nação”, mensagem presidencial
que marcou um momento de inflexão na História do Brasil Contemporâneo. O Presidente da República que escreveu este
discurso foi:
a) Juscelino Kubitschek.
b) Jânio Quadros.
c) Getúlio Vargas.
d) Eurico Gaspar Dutra.
e) João Goulart.
5. (Mackenzie SP/2006) A
renúncia de Jânio deixou o país à beira do caos e de uma guerra civil. A ameaça
à legalidade institucional poderia trazer conseqüências drásticas para o país.
O Rio
Grande do Sul, cujo governador era Leonel Brizola, se transformou no foco
principal da luta pró João Goulart.
Francisco
de Assis Silva, História do Brasil
Essa
crise política foi temporariamente controlada em 1961, por meio:
a) do suicídio de Jango.
b) do Ato Institucional
número 5.
c) da Emenda Parlamentarista.
d) das Reformas de Base.
e) do golpe Militar.
0 Comentários