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QUESTÕES SOBRE O SEGUNDO REINADO I



1. A sociedade imperial brasileira herdou várias influências européias. Além do sistema métrico, no Segundo Reinado adotou-se na prática o parlamentarismo no Brasil, por influência inglesa. No entanto, este diferia do inglês, uma vez que o
a) partido que detinha a maioria no Parlamento indicava o primeiro-ministro, que muitas vezes vetou determinados projetos de lei provenientes do poder imperial.
b) gabinete não dependia inteiramente do Parlamento mas, principalmente, do Poder Moderador.
c) poder legislativo tinha autonomia política para indicar os membros do gabinete ministerial e para dissolvê-lo quando este fosse incompatível com o Senado.
d) parlamento brasileiro era mais democrático, pois previa a participação das mulheres nas eleições provinciais.
e) imperador acumulava as funções de monarca e de primeiro-ministro, previsto inclusive na Constituição de 1824.


2. (Pucsp) "A enorme visibilidade do poder era sem dúvida em parte devida à própria monarquia com suas pompas, seus rituais, com o carisma da figura real. Mas era também fruto da centralização política do Estado. Havia quase unanimidade de opinião sobre o poder do Estado como sendo excessivo e opressor ou, pelo menos, inibidor da iniciativa pessoal, da liberdade individual. Mas (...) este poder era em boa parte ilusório. A burocracia do Estado era macrocefálica: tinha cabeça grande mas braços muito curtos. Agigantava-se na corte mas não alcançava as municipalidades e mal atingia as províncias. (...) Daí a observação de que, apesar de suas limitações no que se referia à formulação e implementação de políticas, o governo passava a imagem do todo-poderoso, era visto como o responsável por todo o bem e todo o mal do Império."
Carvalho, J. Murilo de. TEATRO DE SOMBRAS. Rio de Janeiro, IUPERJ/ Vértice, 1988.
O fragmento acima refere-se ao II Império brasileiro, controlado por D. Pedro II e ocorrido entre 1840 e 1889. Do ponto de vista político, o II Império pode ser representado como:
a) palco de enfrentamento entre liberais e conservadores que, partindo de princípios políticos e ideológicos opostos, questionaram, com igual violência, essa aparente centralização indicada na citação acima e se uniram no Golpe da Maioridade.
b) jogo de aparências, em que a atuação política do Imperador conheceu as mudanças e os momentos de indefinição acima referidos - refletindo as próprias oscilações e incertezas dos setores sociais hegemônicos -, como bem exemplificado na questão da Abolição.
c) cenário de várias revoltas de caráter regionalista - entre elas a Farroupilha e a Cabanagem - devido à incapacidade do governo imperial controlar, conforme mencionado na citação, as províncias e regiões mais distantes da capital.
d) universo de plena difusão das ideias liberais, o que implicou uma aceitação por parte do Imperador da diminuição de seus poderes, conformando a situação apontada na citação e oferecendo condições para a proclamação da República.
e) teatro para a plena manifestação do poder moderador que, desde a Constituição de 1824, permitia amplas possibilidades de intervenção políticas para o Imperador - daí a ideia de centralização da citação - e que foi usado, no Segundo Reinado, para encerrar os conflitos entre liberais e socialistas.


3. (Unesp) O Segundo Reinado, preso ao seu contexto histórico, não foi capaz de dar resposta às novas exigências de mudanças. Quando se analisa a desagregação da ordem monárquica imperial brasileira, percebe-se que ela se relacionou principalmente com a:
a) estrutura federativa vigente e a conspiração tutelada pelo exército.
b) bandeira do socialismo levantada pelos positivistas.
c) eliminação da discriminação entre brancos e negros.
d) forte diferenciação ideológica entre os partidos políticos.
e) abolição da escravidão e o desinteresse das elites agrárias com a sorte do Trono.


4. (Unitau) "Principal responsável pelas transformações econômicas, sociais e políticas ocorridas no Brasil na segunda metade do século XIX, reintegrou a economia brasileira nos mercados internacionais, contribuiu decisivamente para o incremento das relações assalariadas de produção e possibilitou a acumulação de capital que, disponível, foi aplicado em sua própria expansão e em alguns setores urbanos como a indústria, por exemplo. Foi ainda responsável pela inversão na balança comercial brasileira que, depois de uma história de constantes déficits, passou a superavitária entre os anos de 1861 a 1885".
O parágrafo acima refere-se:
a) à Borracha.
b) ao Cacau.
c) ao Algodão.
d) à Cana-de-Açúcar.
e) ao Café.


5. (Unitau) A partir do golpe da maioridade, em 1840, a vida partidária brasileira resumiu-se a dois partidos: o antes partido progressista passou a chamar-se partido liberal e o regressista passou a chamar-se partido conservador. Pode-se considerar como característica desses partidos:
a) Os partidos do império sempre tiveram plataformas políticas bem definidas.
b) As divergências entre as várias classes da sociedade brasileira estavam representadas nos programas partidários.
c) Do ponto de vista ideológico, não havia diferenças entre os liberais e conservadores, pois eram "farinha do mesmo saco".
d) Os conservadores sempre estiveram no poder e os liberais sempre estiveram na oposição.
e) Ambos tinham influência ideológica externa nos seus programas, apesar de proibido por lei.


6. (Fuvest) O Bill Aberdeem, aprovado pelo Parlamento inglês em 1845, foi:
a) uma lei que abolia a escravidão nas colônias inglesas do Caribe e da África.
b) uma lei que autorizava a marinha inglesa a apresar navios negreiros em qualquer parte do oceano.
c) um tratado pelo qual o governo brasileiro privilegiava a importação de mercadorias britânicas.
d) uma imposição legal de libertação dos recém-nascidos, filhos de mãe escrava.
e) uma proibição de importação de produtos brasileiros para que não concorressem com os das colônias antilhanas.


7. (Fuvest) O descontentamento do Exército, que culminou na Questão Militar no final do Império, pode ser atribuído:
a) às pressões exercidas pela Igreja junto aos militares para abolir a monarquia.
b) à propaganda do militarismo sul-americano na imprensa brasileira.
c) às tendências ultrademocráticas das forças armadas, que desejavam conceder maior participação política aos analfabetos.
d) à ambição de iniciar um programa de expansão imperialista na América Latina.
e) à predominância do poder civil que não prestigiava os militares e lhes proibia o debate político pela imprensa.


8. (Unesp) O resultado da discussão política e a aprovação da antecipação da maioridade de D. Pedro II representou:
a) o pleno congraçamento de todas as forças políticas da época.
b) a vitória parlamentar do bloco partidário liberal.
c) a trama bem-sucedida do grupo conservador que fundara a Sociedade Promotora da Maioridade.
d) a anulação da ordem escravista que prevalecia sobre os interesses particulares. 
e) a debandada do grupo político liderado por um proprietário rural republicano.


9. (Cesgranrio) As Leis Abolicionistas, a partir de 1850, podem ser consideradas como o nível político da crise geral da escravidão no Brasil, porque:
a) a Lei Eusébio de Queiroz (1850) proibiu o tráfico quando a necessidade de escravos já era declinante, face à crise da lavoura.
b) o sucesso das experiências de parceria acelerou a emancipação dos escravos, crescendo um mercado de mão-de-obra livre no país.
c) a Lei do Ventre Livre (1871) representou uma vitória expressiva do movimento abolicionista, tornando irreversível o fim da escravidão.
d) as sucessivas leis emancipacionistas foram paralelas à progressiva substituição do trabalho escravo por homens livres.
e) a Lei Áurea, iniciativa da própria Coroa, visava a garantir a estabilidade e o apoio dos setores rurais ao Império.


10. (Fuvest) Nas atas dos debates parlamentares e nos jornais brasileiros da década de 1850, encontram-se muitas referências, positivas ou negativas, à Inglaterra. Estas últimas, em geral, devem-se à irritação provocada em setores da sociedade brasileira por pressões exercidas pelo governo inglês para:
a) diminuir gradativamente a utilização de escravos na agricultura de exportação.
b) dar ao protestantismo o mesmo status de religião oficial que tinha o catolicismo.
c) impedir o julgamento por tribunais brasileiros de um oficial inglês que assassinou um cidadão brasileiro.
d) a extinção do tráfico de escravos, tendo seus objetivos sido alcançados em 1850.
e) subordinar a política externa brasileira a interesses Ingleses na África e na Ásia.


11. (Fuvest) Fazendo um balanço econômico do Segundo Reinado, podemos afirmar que ele foi um período no qual:
a) algumas atividades ganharam importância, como a criação do gado no Rio Grande do Sul e as lavouras de açúcar no Nordeste.
b) o Brasil deixou de ser um país essencialmente agrário, ingressando na era da industrialização.
c) a Amazônia passou a ter um grande destaque com o "boom", desde 1830, da produção da borracha.
d) ocorreram grandes transformações econômicas com as quais o centro-sul ganhou projeção em detrimento do nordeste.
e) as diversas regiões brasileiras tiveram um crescimento econômico constante, uniforme e progressivamente integrado.


12. (Cesgranrio) No século XIX, as décadas de 50 e 60 são consideradas como o período de apogeu da história do Império. Assinale a opção que apresenta uma característica desse período:
a) A superação das Rebeliões que marcaram o período anterior e a estabilidade política simbolizada pela Conciliação.
b) A consolidação política dos liberais, que amenizou a organização centralizada do Estado Imperial.
c) O encaminhamento da Abolição, o qual favoreceu o desenvolvimento da lavoura cafeeira no vale do Paraíba.
d) A revogação da autonomia das Províncias e a ocorrência de movimentos revolucionários no Norte e Nordeste.
e) O desenvolvimento material do período, a "Era Mauá", que propiciou a consolidação do movimento republicano.


13. (Cesgranrio) A Proclamação da República, em 1889, está ligada a um conjunto de transformações econômicas, sociais e políticas ocorridas no Brasil, a partir de 1870, dentre as quais se inclui: 
a) a universalização do voto com a reforma eleitoral de 1881, efetivada pelo Partido Liberal.
b) o desenvolvimento industrial do Rio de Janeiro e de São Paulo, criando uma classe operária combativa.
c) a progressiva substituição do trabalho escravo, culminando com a Abolição em 1888.
d) a concessão de autonomia provincial, que enfraqueceu o governo imperial.
e) o enfraquecimento do Exército, após as dificuldades e os insucessos durante a Guerra do Paraguai.


14. (Unirio) A consolidação do Império nas duas primeiras décadas do Segundo Reinado está ligada à(ao):
a) afirmação do projeto autonomista liberal, pondo fim às Rebeliões Provinciais.
b) recuperação das lavouras tradicionais, como açúcar, eliminando-se a hegemonia do setor cafeeiro.
c) conciliação entre liberais e conservadores, para conter o crescente movimento republicano.
d) hegemonia do projeto político conservador, centralizado e que projetava a Coroa sobre os Partidos.
e) encaminhamento da abolição, garantindo-se a mão-de-obra à lavoura através da imigração.


15. (Unirio) O envolvimento do Brasil em sucessivos conflitos na região platina, na segunda metade do século XIX, pode ser explicado pela(o):
a) tradicional rivalidade entre Brasil e Argentina com vistas ao controle do estuário do Prata, culminando com a derrubada de Rosas naquele país.
b) neutralidade do Império em relação à política uruguaia, obrigação assumida quando da Independência da Cisplatina.
c) independência do Paraguai, apoiada pela Argentina, e suas pretensões expansionistas sobre o território brasileiro.
d) apoio inglês, à restauração do Vice-Reino do Prata, criando uma unidade de domínio na região.
e) conflito do Império Brasileiro com os países platinos em torno da competição no comércio de produtos pecuários.


16. (Ufpe) Durante o século XIX, a economia brasileira continuou essencialmente agroexportadora. O surgimento de uma nova cultura deslocou o centro econômico do país de uma região para outra, porque:
a) A expansão do mercado internacional do algodão deslocou para o Maranhão os capitais aplicados no tráfico negreiro, tornando esta região um grande centro econômico.
b) O Nordeste perdia para a Região Norte grandes contingentes populacionais, tendo em vista a importância da borracha para o comércio de exportação.
c) O café, ao se tornar o produto de exportação mais rentável, transformou a região Sudeste no centro econômico mais importante do País, desequilibrando a relação de poder no Império.
d) A cultura do cacau associada à da cana-de-açúcar do Recôncavo Baiano deslocou para a região Nordeste capitais empregados na exploração das minas.
e) O crescimento das exportações de açúcar tornaram a região Nordeste o centro econômico mais produtivo durante todo esse período.


17. (Uel) No Brasil, a transição para o trabalho livre e a consequente modernização do capitalismo ganha impulso a partir da
a) primeira década do século XVIII.
b) última década do século XVIII.
c) primeira metade do século XIX.
d) segunda metade do século XIX.
e) segunda metade do século XX.


18. (Uel) Considere os seguintes itens: 
I. decadência da aristocracia tradicional.
II. aspirações das diferentes camadas sociais que exigiam mudanças significativas.
III. instituição do padroado e do beneplácito, que agradou aos diversos setores do clero.
IV. falta de consciência política do exército que se transformou em aliado do imperador.
V. aparecimento de uma aristocracia cafeeira mais dinâmica, moderna, rica e poderosa.
A crise do Império se deve a uma série de fatores que, interagindo, levaram à mudança do regime.
Assinale a alternativa que reúne corretamente esses fatores:
a) I, II e V
b) I, III e IV
c) I, III e V
d) II, III e IV
e) II, IV e V


19. (Ufmg) Após a Revolução Praieira de 1848 em Pernambuco, o reinado de D. Pedro II foi marcado por uma paz que se prolongou por algumas décadas.
Todas as alternativas apresentam afirmações corretas sobre o segundo Império no Brasil, EXCETO:
a) A Conciliação, ao amenizar as lutas partidárias, funcionou como fator importante na contenção da ideia republicana.
b) D. Pedro II impôs-se como imperador não tanto por sua seriedade e moral impecáveis, mas pelo fato de a elite latifundiária e escravista considerar a Monarquia como poderoso fator de estabilidade.
c) O Brasil permaneceu isolado do resto da América, não só na forma de governo, mas também economicamente, ao desprezar os países latino americanos e ao permanecer voltado para o Atlântico.
d) O crescimento da produção cafeeira e a Era Mauá dinamizaram a economia nacional, a qual criou bases internas sólidas e deixou de depender do mercado externo.
e) O fortalecimento do governo central garantiu a repressão às ideias republicanas da esquerda liberal no período das Regências.


20. (Unesp) "A Guerra chegara ao fim. As cidades, as vilas, as aldeias estavam despovoadas. Sobrevivera um quarto da população - cerca de duzentas mil pessoas - noventa por cento do sexo feminino. Dos vinte mil homens ainda com vida, setenta e cinco por cento eram velhos acima de sessenta anos ou garotos menores de dez anos. Os próprios aliados ficaram abismados com a enormidade da catástrofe, a maior jamais sucedida num país americano."
(Manlio Cancogni e lvan Boris).
O texto refere-se ao conflito externo em que se envolveu o Império Brasileiro, conhecido como a Guerra
a) da Cisplatina.
b) do Chaco.
c) de Canudos.
d) do Paraguai.
e) dos Farrapos.


21. (Mackenzie) Sobre o parlamentarismo praticado durante quase todo o Segundo Reinado e a atuação dos partidos Liberal e Conservador, podemos afirmar que:
a) ambos colaboraram para suprimir qualquer fraude nas eleições e faziam forte oposição ao centralismo imperial.
b) as divergências entre ambos impediram períodos de conciliação, gerando acentuada instabilidade no sistema parlamentar.
c) organizado de baixo para cima, o parlamentarismo brasileiro chocou-se com os partidos Liberal e Conservador de composição elitista. 
d) Liberal e Conservador, sem diferenças ideológicas significativas, alternavam-se no poder, sustentando o parlamentarismo de fachada, manipulado pelo imperador.
e) os partidos tinham sólidas bases populares e o parlamentarismo seguia e praticava rigidamente o modelo inglês.


22. (Mackenzie) Segundo o historiador Boris Fausto, o fim do regime monárquico resultou de uma série de fatores de diferentes relevâncias, destacando-se:
a) unicamente o xenofobismo despertado pelo Conde d'Eu, nos meios nacionalistas.
b) a disputa entre a Igreja e o Estado, sem dúvida, o fator prioritário na queda do regime.
c) a maior força política da época: os barões fluminenses, defensores da Abolição.
d) a aliança entre exército e burguesia cafeeira que, além da derrubada da monarquia, constituíram uma base social estável para o novo regime.
e) a doutrina positivista, defendida pelas elites e que se opunha a um executivo forte e reformista.


23. (Fuvest) Durante o Império, a economia brasileira foi marcada por sensível dependência em relação à Inglaterra e a outros países europeus. Essa situação foi alterada em 1844 com:
a) a substituição do livre-cambismo por medidas protecionistas, através da Tarifa Alves Branco.
b) a criação da Presidência do Conselho de Ministros, que fortaleceu a aristocracia rural.
c) a aprovação da Maioridade, que intensificou as relações econômicas com os Estados Unidos.
d) a eliminação do tráfico de escravos e a consequente liberação de capitais para novos investimentos.
e) o estabelecimento do Convênio de Taubaté com a intervenção do Estado na economia.


24. (Fuvest) Historicamente o primeiro passo para o advento do Parlamentarismo no Brasil ocorreu na época do Império com:
a) a Constituição outorgada em 1824.
b) a criação da Presidência do Conselho de Ministros por D. Pedro II.
c) a abdicação de D. Pedro I.
d) a declaração da Maioridade.
e) a dissolução da Assembleia Constituinte em 1823.


25. (Fuvest) A extinção do tráfico negreiro, em 1850
a) reativou a escravização do Índio.
b) ocasionou a queda da produção cafeeira no Oeste Paulista.
c) acarretou uma crise na indústria naval.
d) acentuou a crise comercial da segunda metade do século XIX.
e) liberou capitais para outros setores da economia.


GABARITO




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