1. (Pucmg) Sobre
a independência do Brasil, é INCORRETO afirmar que:
a) resultou de um processo político comandado pelos grandes proprietários
de terras.
b) girou em torno de D. Pedro I com o objetivo de garantir a unidade do
país.
c) proporcionou mudanças radicais
na estrutura de produção para beneficiar as elites.
d) continuou a produção a atender às exigências do mercado internacional.
2. (Unifesp) Realizada a emancipação política em 1822, o Estado no Brasil
a) surgiu pronto e acabado, em razão da continuidade dinástica, ao
contrário do que ocorreu com os demais países da América do Sul.
b) sofreu uma prolongada e difícil
etapa de consolidação, tal como ocorreu com os demais países da América do Sul.
c) vivenciou, tal como ocorreu com o México, um longo período monárquico e
uma curta ocupação estrangeira.
d) desconheceu, ao contrário do que ocorreu com os Estados Unidos, guerras
externas e conflitos internos.
e) adquiriu um espírito interior republicano muito semelhante ao argentino,
apesar da forma exterior monárquica.
3. (Ufu) Leia o
texto a seguir.
"Dar-vos-ão
um código de leis adequadas à natureza das vossas circunstâncias locais, da
vossa povoação, interesses e relações, cuja execução será confiada a juízes
íntegros, que vos administrem justiça gratuita, e façam desaparecer todas as
trapaças do vosso povo, fundadas em antigas leis obscuras, ineptas, complicadas
e contraditórias".
D.
Pedro. Manifesto do Príncipe Regente aos Povos do Brasil - 1822. Apud. SOUZA,
Iara Lis C. "A independência do Brasil". Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor,
2000, p. 50.
Considerando
o modelo de Monarquia Constitucional adotado pelo projeto de Independência do
Brasil, podemos afirmar que
I - D. Pedro tinha a intenção de conquistar a adesão das Câmaras à sua
figura, compromissando-se a estabelecer e respeitar uma Constituição liberal
que levasse em consideração as particularidades de cada região (federalista).
II - D. Pedro propunha, conforme o trecho, estabelecer no Brasil uma
monarquia constitucional em que todos os brasileiros, incluindo mulheres, escravos
e homens livres pobres, teriam participação política.
III - D. Pedro aproximou-se de grupos políticos defensores do Estado
monárquico constitucional e dos valores liberais, os quais são contrapostos, no
trecho acima, às supostas irracionalidade e arbitrariedade da legislação
colonial.
IV - O Príncipe
Regente tinha a convicção de que a legitimidade do poder advém do povo e da Constituição,
o que se refletiria, futuramente, no respeito do Imperador às decisões
autônomas da Assembleia Constituinte de 1822 - 1823.
Assinale
a alternativa correta.
a) I e III são corretas.
b) I e II são corretas.
c) III e IV são corretas.
d) II e IV são corretas.
4. (Ufpe) A
Independência do Brasil despertou interesses conflitantes tanto na área
econômica quanto na área política. Qual das alternativas apresenta esses
conflitos?
a) Os interesses econômicos dos comerciantes
portugueses se chocaram com o "liberalismo econômico" praticado pelos
brasileiros e subordinado à hegemonia da Inglaterra.
b) A possibilidade de uma sociedade baseada na igualdade e na liberdade
levou a jovem nação a abolir a escravidão.
c) As colônias espanholas tornaram-se independentes dentro do mesmo modelo
brasileiro: monarquia absolutista.
d) A Guerra da Independência dividiu as províncias brasileiras entre o
"partido português" e o "partido brasileiro", levando as
Províncias do Grão-Pará, Maranhão, Bahia e Cisplatina a apoiarem, por unanimidade,
a Independência.
e) Os republicanos, os monarquistas constitucionalistas e os absolutistas
lutaram lado a lado pela Independência, não deixando que as suas diferenças
dificultassem o processo revolucionário.
5. (Mackenzie) O processo de independência do Brasil caracterizou-se por:
a) ser conduzido pela classe
dominante que manteve o governo monárquico como garantia de seus privilégios.
b) ter uma ideologia democrática e reformista, alterando o quadro social
imediatamente após a independência.
c) evitar a dependência dos mercados internacionais, criando uma economia
autônoma.
d) grande participação popular, fundamental na prolongada guerra contra as
tropas metropolitanas.
e) promover um governo descentralizado e liberal através da Constituição
de 1824.
6. (Mackenzie) "A Independência brasileira é fruto mais de uma classe do que da
nação tomada em seu conjunto". (Caio
Prado Jr)
Identifique a alternativa que justifica e complementa o texto.
a) A independência foi liderada pelas camadas populares e acompanhada de
profundas mudanças sociais.
b) O movimento da independência foi
uma ação da elite, preservando seus interesses e privilégios.
c) Os vários segmentos sociais uniram-se em função da longa guerra de
independência.
d) Os setores médios urbanos comandaram a luta, fazendo prevalecer o
modelo político dos radicais liberais.
e) A aristocracia rural não temia a participação da massa escrava no
processo, extinguindo a escravidão logo após a independência.
7. (Mackenzie) "Verifica-se portanto que o Brasil necessitava da potência mais
poderosa do momento para sua afirmação no mundo colonial, também a Inglaterra
possuía sólidas razões para o seu reconhecimento (...)" (Carlos Guilherme
Mota)
O interesse
inglês no reconhecimento de nossa independência era determinado:
a) pela garantia da manutenção do tráfico escravo, fato que favorecia a
Inglaterra.
b) pela preservação dos interesses portugueses, representados pelo Reino
Unido.
c) pelo controle de nosso mercado,
configurado posteriormente nos Tratados de 1827.
d) pelo apoio brasileiro à política da Santa Aliança.
e) pelo interesse na assinatura de tratados de extraterritoriedade, com
reciprocidade de direitos para ingleses e brasileiros.
8. (Pucpr) A
Inglaterra pressionou Portugal para que este reconhecesse a independência do
Brasil, o que proporcionaria o reconhecimento por outras potências europeias. Para
fazê-lo, Portugal exigiu e o Brasil assinou um tratado em que:
a) estabelecia que somente os portugueses poderiam futuramente fixar-se no
Brasil como imigrantes.
b) o Príncipe D. Miguel ficava reconhecido sucessor de D. Pedro I no trono
do Brasil.
c) se comprometia a abandonar a Província Cisplatina ou Uruguai.
d) pagava 2 milhões de
libras esterlinas como compensação pelos interesses lusos deixados em sua
antiga colônia.
e) estabelecia um tribunal de exceção para julgar os portugueses que se
envolvessem em delitos no Brasil.
9. (Mackenzie) São fatores que levaram os E.U.A. a reconhecerem a independência do
Brasil em 1824:
a) Doutrina Monroe (América para os
americanos) e os fortes interesses econômicos emergentes nos EUA.
b) A aliança dos capitais ingleses e americanos interessados em explorar o
mercado brasileiro e a crescente expansão do mercado da borracha.
c) A indenização de 2 milhões de libras pagos pelo Brasil ao governo
americano e a Doutrina Truman.
d) A subordinação econômica à Inglaterra e o interesse de aliar-se ao
governo constitucional de D. João VI.
e) A identificação com a forma de governo adotada no Brasil e interesses
coloniais comuns.
10. (Unifesp) Sendo o clero a classe que em todas as convulsões políticas sempre
propende para o mal, entre nós tem sido o avesso; é o clero quem mais tem trabalhado,
e feito mais esforços em favor da causa, e dado provas de quanto a aprecia.
(Montezuma,
Visconde de Jequitinhonha, em 5 de novembro de 1823)
O texto
sugere que o clero brasileiro
a) defendeu a política autoritária de D. Pedro I.
b) aderiu com relutância à causa da recolonização.
c) preferiu a neutralidade para não desobedecer ao Papa.
d) viu como um mal o processo de independência.
e) apoiou ativamente a causa da
independência.
11. (Faap)
"A ocupação começa pelo interior, com a instalação de fazendas de gado
vindo da Bahia, em busca de pastagens. Na independência, em 1822, os portugueses
revoltam-se e passam a combater os brasileiros. Cerca de 4 mil homens
participam da Batalha dos Jenipapos, vencida pelos portugueses. O movimento
espalha-se pela região, mas os brasileiros terminam vitoriosos. Mais tarde,
rebeliões como a Confederação do Equador e a Balaiada abalam a província."
a) Rondônia
b) Rio de Janeiro
c) Rio Grande do Sul
d) Pernambuco
e) Piauí
12. (UFES) "Confederação
do Equador: Manifesto Revolucionário:
Brasileiros
do Norte! Pedro de Alcântara, filho de D. João VI, rei de Portugal, a quem vós,
após uma estúpida condescendência com os Brasileiros do Sul, aclamastes vosso
imperador, quer descaradamente escravizar-vos. Que desaforado atrevimento de um
europeu no Brasil. Acaso pensará esse estrangeiro ingrato e sem costumes que
tem algum direito à Coroa, por descender da casa de Bragança na Europa, de quem
já somos independentes de fato e de direito? Não há delírio igual (... )."
(Ulysses
de Carvalho Brandão. A CONFEDERAÇÃO DO EQUADOR. Pernambuco: Publicações
Oficiais, 1924).
O texto
dos Confederados de 1824 revela um momento de insatisfação política contra a:
a) extinção do Poder Legislativo pela Constituição de 1824 e sua
substituição pelo Poder Moderador.
b) mudança do sistema eleitoral na Constituição de 1824, que vedava aos
brasileiros o direito de se candidatar ao Parlamento, o que só era possível aos
portugueses.
c) atitude absolutista de D. Pedro
I, ao dissolver a Constituinte de 1823 e outorgar uma Constituição que conferia
amplos poderes ao Imperador.
d) liberalização do sistema de mão de obra nas disposições
constitucionais, por pressão do grupo português, que já não detinha o controle
das grandes fazendas e da produção de açúcar.
e) restrição às vantagens do comércio do açúcar pelo reforço do monopólio português
e aumento dos tributos contidos na Carta Constitucional.
13. (UFPR) Com a
abdicação do imperador D. Pedro I em 1831, o fracasso do primeiro reinado tomou
corpo. Com relação a isso, considere os fatos abaixo:
I. A imigração europeia para o Brasil ocorrida nesse período.
II. A eclosão da guerra na Província Cisplatina (1825-1828) contra as
Províncias Argentinas, a qual consumiu recursos do Estado em formação e cujo
principal resultado foi a criação da República Oriental do Uruguai, em 1828.
III. A indisposição do Imperador nas negociações com os deputados das
províncias do Brasil, que levou ao fechamento da Assembleia Constituinte, em 12
de novembro de 1823, e à imposição de uma carta constitucional em 1824.
IV. A queda do
gabinete dos Andradas, que levou o Imperador a se cercar de inúmeros
portugueses, egressos de Portugal ainda ao tempo do governo de D. João VI.
Tiveram
influência direta no desfecho do primeiro reinado os fatos apresentados em:
a) II, III e IV somente.
b) I, III e IV somente.
c) III e IV somente.
d) I, II e III somente.
e) I e II somente.
14. (UNIFOR/CE) Termos da abdicação de Dom Pedro I:
Usando
do direito que a Constituição me concede, declaro que hei muito voluntariamente
abdicado na pessoa do meu mui amado e prezado filho o Sr. Pedro de Alcântara.
Boa Vista – 7 de abril de 1831, décimo de Independência e do Império – D. Pedro
I. Antonio Mendes Jr. Et al. Brasil-História, Texto e Consulta. Império. São
Paulo: Brasiliense, 1977. p. 200.
Os
fatos que conduziram à abdicação foram:
a) repressão aos revolucionários da Confederação do Equador, incorporação
da Guiana Francesa e outorga da Constituição.
b) favorecimento aos comerciantes brasileiros em detrimento dos
portugueses, dívida externa elevada com a Guerra da Cisplatina e falência do
Banco do Brasil.
c) repressão aos revolucionários da
Confederação do Equador, perda da Província Cisplatina e falência do Banco do
Brasil.
d) perda da província Cisplatina, dissolução da Assembleia Constituinte e
punição exemplar aos pistoleiros que executaram o jornalista Líbero Badaró.
e) controle das finanças nacionais, respeito aos constituintes que
elaboraram a primeira constituição e favorecimento aos comerciantes
brasileiros.
15. (PITÁGORAS) Como é para o bem do povo e felicidade geral da nação, estou pronto;
diga ao povo que fico. D. Pedro, Príncipe Regente, 9 de janeiro de 1822 No
contexto do processo emancipacionista brasileiro, o Dia do Fico representa
a) a vitória das intenções
recolonizadoras das cortes portuguesas.
b) a rejeição do Príncipe Regente à
Coroa Portuguesa após a morte do pai.
c) o apoio de D. Pedro às propostas
da Revolução Pernambucana.
d) a aceitação do Regente às pretensões de
independência das elites.
e) o apoio popular à Constituição
de 1824.
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