1.
(Mackenzie)
"Aqueles que estão bem na Itália, como vocês meus filhos, não devem
deixá-la, digolhes isto como pai (...) não acreditem naqueles que falam bem da América
(...) é preferível estar numa prisão na Itália do que numa fazenda aqui."
(Zuleika Alvim, BRAVA
GENTE)
O trecho da carta de um imigrante revela
como era difícil "fazer a América" no Brasil, porque:
a) com o declínio da produção cafeeira, o imigrante desempregado
vivia em péssima situação social.
b) dívidas,
maus-tratos, isolamento e a Lei de Terras tornaram quase impossível o acesso à
terra e prosperidade.
c) o choque cultural e dificuldades climáticas inviabilizaram
a imigração.
d) a falta de uma experiência capitalista anterior pelos imigrantes
impedia a formação de uma poupança.
e) a propaganda feita pelo governo e agenciadores era correta
e cumpria as promessas feitas, mas a qualidade da mão-de-obra era precária.
2. (Ufrs) No Império Brasileiro,
a Lei de Terras (1850) determinou, para a política territorial,
a) a extinção do morgadio.
b) a suspensão definitiva da concessão de sesmarias.
c) o início da concessão de terras aos escravos.
d) a ocupação das terras devolutas mediante título de compra.
e) o estabelecimento de áreas para as reservas indígenas.
3. (Ufmg) Considerando-se a
questão do acesso à terra no período imperial, pode-se afirmar que a Lei de
Terras de 1850 obrigava à:
a) concessão de terras cultiváveis aos imigrantes europeus, proprietários
de escravos e de equipamentos agrícolas de produção.
b) ocupação econômica das terras, concedidas de acordo com o
número de escravos de seu proprietário, no prazo máximo de três anos.
c) aquisição, por
compra, das terras devolutas e ao registro de todas as terras efetivamente
ocupadas.
d) divisão de lotes entre pequenos agricultores visando à
generalização da policultura.
4.
(Mackenzie)
A abolição do tráfico escravo, por pressão inglesa em 1850, resultou em várias alterações
no quadro da economia imperial, EXCETO:
a) a transferência de capitais do tráfico para as atividades
industriais.
b) a Lei de Terras, que dificultava o acesso à propriedade da
terra para imigrantes pobres e posseiros.
c) o desenvolvimento da imigração como alternativa de
mão-de-obra.
d) o crescimento do tráfico escravo interno, largamente
utilizado pelos fazendeiros do centro-sul.
e) o acesso
democrático às terras públicas, a redução das atividades econômicas e o
retrocesso no processo de modernização do país.
5. (Mackenzie) A propaganda do
governo brasileiro e proprietários de terras falava de incentivos e benefícios
para atrair imigrantes para o Brasil na 2ª metade do século XIX. Contudo, o
sonho de "fazer a América" no Brasil não se concretizou para muitos imigrantes
porque:
a) a Lei de Terras, o
endividamento, os maus-tratos e discriminação, além da dificuldade de fazer
poupança, prejudicaram a ascensão social do imigrante no Brasil.
b) as relações entre elite proprietária e imigrantes eram
cordiais, mas o café estava em crise de superprodução.
c) o amplo acesso à pequena propriedade resultou em fracasso,
devido à concorrência com o latifúndio e a policultura.
d) a imigração subvencionada pelo Estado agravou a crise da
mão-de-obra na área cafeeira.
e) o escravo, sobretudo no oeste paulista, era preferido,
como mão-de-obra, ao imigrante.
6. (Ufv) Leia o texto abaixo:
No processo de transição para o trabalho
livre existe uma condição prévia e fundamental que se refere ao acesso à terra.
Enquanto a produção fosse efetuada por escravos, a terra era praticamente
destituída de valor, pois sua propriedade só teria significado econômico se seu
detentor também possuísse um estoque de cativos. Contudo, a partir do momento que
a escravidão começou a apresentar os primeiros sintomas de crise, com o término
do tráfico africano, tornou-se necessário impedir que os homens livres tivessem
acesso à propriedade da terra.
(KOWARICK, Lúcio. "Trabalho e
vadiagem: a origem do trabalho livre no Brasil". Rio de Janeiro: Paz e
Terra, 1994. p.75.)
Considerando o contexto tratado no
fragmento acima, a respeito da Lei de Terras de 1850, é CORRETO dizer que esta
lei:
a) criou empecilhos para a constituição de um mercado de
trabalho livre à medida que regulava os novos contratos de trabalho.
b) garantiu o acesso irrestrito aos imigrantes europeus que
não conseguiam adaptar-se às novas condições de trabalho.
c) restringiu o acesso
à terra, pois transformou a mesma em uma mercadoria.
d) modificou a estrutura fundiária no Brasil, possibilitando
o surgimento de pequenas propriedades.
e) possibilitou o acesso à propriedade da terra aos escravos
recém-libertos.
7.
(Fuvest)
Sobre a Lei de Terras, decretada no mesmo ano (1850) da Lei Eusébio de Queirós,
que suprimiu o tráfico negreiro, é correto afirmar que
a) dificultava o
acesso dos ex-escravos à propriedade da terra, estabelecendo o critério da
compra e venda.
b) estava associada a uma concepção de distribuição de terras
para estimular a produção agrícola.
c) facilitava a aquisição de terras pelos ex-escravos e imigrantes,
ao associar terra livre e trabalho livre.
d) estava vinculada à necessidade de expansão da fronteira
agrícola e aquisição de terras na Amazônia.
e) superava o antigo conceito de sesmaria, ao impedir a
concentração de terras nas mãos de poucos proprietários.
8.
(Pucpr)
Enquanto nos Estados Unidos se promoveu a colonização interna com o
"Homested Act", assegurando a cada família a propriedade de uma área
de terra, no Brasil dificultou-se o acesso à terra com a criação, em 1850:
a) do Regimento Agrícola.
b) do Ato Adicional.
c) da Provisão Agrária.
d) da Lei de Terras.
e) da Constituição Rural.
9.
(Fatec)
Em 4 de setembro de 1850, foi sancionada no Brasil a Lei Eusébio de Queirós
(ministro da Justiça), que abolia o tráfico negreiro em nosso país. Em
decorrência dessa lei, o governo imperial brasileiro aprovou outra, "a Lei
de Terras". Entre as alternativas a seguir, assinale a correta.
a) A Lei de Terras facilitava a ocupação de propriedades
pelos imigrantes que passaram a chegar ao Brasil.
b) A Lei de Terras dificultou a posse das terras pelos
imigrantes, mas facilitou aos negros libertos o acesso a elas.
c) O governo imperial, temendo o controle das terras pelos
coronéis, inspirou-se no "Act Homesteade" americano para realizar uma
distribuição de terras aos camponeses mais pobres.
d) A Lei de Terras
visava a aumentar o valor das terras e obrigar os imigrantes a vender sua força
de trabalho para os cafeicultores.
e) O objetivo do governo imperial, com essa lei, era proteger
e regularizar a situação das dezenas de quilombos que existiam no Brasil.
10. (Ufc) Leia com atenção. "1850 não
assinalou no Brasil apenas a metade do século. Foi o ano de várias medidas que
tentavam mudar a fisionomia do país, encaminhando-o para o que então se
considerava modernidade. Extinguiu-se o tráfico de escravos, promulgou-se a Lei
de Terras, centralizou-se a Guarda Nacional e foi aprovado o primeiro Código
Comercial. Este trazia inovações e ao mesmo tempo integrava os textos dispersos
que vinham do período colonial. Entre outros pontos, definiu os tipos de
companhias que poderiam ser organizadas no país e regulou suas operações. Assim
como ocorreu com a Lei de Terras, tinha como ponto de referência a extinção do
tráfico”.
(FAUSTO, Boris. "História do
Brasil." 2 ed. São Paulo: USP, 1995, p. 197.)
Assinale a opção que expressa
corretamente o impacto da extinção do tráfico de escravos na estruturação da
economia brasileira.
a) A extinção do tráfico foi planejada pelo governo por meio
de uma campanha de esclarecimento e de imigração para que não houvesse
interrupção na produção do café.
b) Apesar de sua importância para a economia açucareira, o
fim do tráfico negreiro pouco representou para a cultura do café, que se havia
estabelecido com base no trabalho livre.
c) A Lei de Terras representou um impacto muito maior, pois
alterou as formas de produção agrícola ao estabelecer que a terra deveria ser
propriedade unicamente de quem produz.
d) A extinção do tráfico de escravos resultou de uma
intervenção do governo inglês, com o objetivo de estimular a industrialização e
o desenvolvimento do Brasil.
e) Intensificou-se o
tráfico interno entre as províncias e incentivou-se a imigração, na tentativa
de encontrar soluções para atenuar o impacto econômico gerado pela expectativa
do fim da escravidão.
GABARITO
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