Guilherme Litran, Carga de cavalaria
Farroupilha, acervo do Museu Júlio de Castilhos
Guerra
dos Farrapos
Guerra dos Farrapos ou Revolução
Farroupilha foi como ficou conhecida a revolução ou guerra regional, de caráter
republicano, contra o governo imperial do Brasil, na então província de São
Pedro do Rio Grande do Sul, e que resultou na declaração de independência da
província como estado republicano, dando origem à República Rio-Grandense.
Estendeu-se de 20 de setembro de 1835 a 1 de março de 1845.
A revolução, que com o passar do tempo
adquiriu um caráter separatista, influenciou movimentos que ocorreram em outras
províncias brasileiras: irradiando influência para a Revolução Liberal que
viria a ocorrer em São Paulo em 1842 e para a revolta denominada Sabinada na
Bahia em 1837, ambas de ideologia do Partido Liberal da época. Inspirou-se na
recém findada guerra de independência do Uruguai, mantendo conexões com a nova
república do Rio da Prata, além de províncias independentes argentinas, como
Corrientes e Santa Fé. Chegou a expandir-se à costa brasileira, em Laguna, com
a proclamação da República Juliana e ao planalto catarinense de Lages.
A revolta teve como líderes: general Bento
Gonçalves da Silva, general Neto, coronel Onofre Pires, coronel Lucas de
Oliveira, deputado Vicente da Fontoura, general Davi Canabarro, coronel Corte
Real, coronel Teixeira Nunes, coronel Domingos de Almeida, coronel Domingos
Crescêncio de Carvalho, general José Mariano de Mattos, general Gomes Jardim, além
de receber inspiração ideológica de italianos refugiados da Carbonária, como o
cientista e tenente Tito Lívio Zambeccari e o jornalista Luigi Rossetti, além
do capitão Giuseppe Garibaldi, que embora não pertencesse a carbonária, esteve
envolvido em movimentos republicanos na Itália.
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