Postagens recentes

10/recent/ticker-posts

ASPECTOS FÍSICOS DA REGIÃO CENTRO-OESTE


RELEVO
Como em quase todo o território brasileiro, o relevo da região é marcado por unidades suaves, raramente ultrapassando mil metros de altitude. O relevo da Região Centro-Oeste é composto por três unidades dominantes: Planalto Central, Planalto Meridional e Planície do Pantanal.
Planalto Central
O Planalto Central é um grande bloco rochoso, formado por rochas cristalinas, sobre as quais se apoiam camadas de rochas sedimentares. Existem trechos em que as rochas cristalinas aparecem livres dessa cobertura sedimentar, surgindo aí um relevo ondulado. Nas áreas em que as rochas cristalinas estão cobertas pelas camadas sedimentares, são comuns as chapadas, com topos planos e encostas que caem repentinamente e recebem o nome de ‘’serras’’. Nestas regiões, as chapadas possuem a denominação de chapadões.
Chapada dos Guimarães
As chapadas estão presentes na maior parte da região, e em Mato Grosso podem ser citados a Chapada dos Parecis, a oeste, e a Chapada dos Guimarães, ao sudeste; em Goiás, pode ser citado a Chapada dos Veadeiros, ao norte; na divisa com o Nordeste destaca-se o Espigão Mestre, que funciona como divisor de águas da bacia do Tocantins e da bacia do São Francisco.
Planície do Pantanal
O Pantanal é uma planície inundável de formação recente, cuja altitude média é de aproximadamente 110 metros. É, portanto, uma depressão relativa situada entre os planaltos Central, Meridional e relevo pré-andino. Periodicamente, a Planície do Pantanal é inundada pelo Rio Paraguai e seus afluentes. O relevo da planície tem duas feições principais:
Cordilheiras: Pequenas elevações que não sofrem inundações;
Baías ou lagos: Partes mais baixas, de formatos circulares, inundadas durante a estação chuvosa, formando lagoas. 
Extensão do Pantanal na América

Planalto Meridional
O Planalto Meridional se estende da Região Sul até os estados de Mato Grosso do Sul e Goiás. Nele são encontrados os solos mais férteis de todo o Centro-Oeste – a terra roxa que aparece em forma de manchas no sul de Goiás e em Mato Grosso do Sul.
CLIMA
O clima da região Centro-Oeste do Brasil é o tropical semiúmido, quente e chuvoso, sempre presente nos estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás. A característica mais marcante deste clima quente é a presença de um verão chuvoso, entre os meses de outubro a abril, e um inverno seco, entre os meses de maio a setembro.
O norte de Mato Grosso, ocupado pela Amazônia, é abrangido pelo clima equatorial, apresentando os maiores índices pluviométricos do Centro-Oeste, que pode chegar a mais de 2 500 milímetros anuais. O restante da região possui clima tropical, com precipitações médias inferiores, entre 1 000 e 1 500 milímetros por ano. As temperaturas são mais altas do que no sul. O inverno apresenta temperaturas acima de 18 °C; durante o verão, a temperatura pode alcançar temperaturas superiores a 25 °C. Existe declínio sensível de temperatura quando ocorre o fenômeno da friagem, que é a chegada de uma massa polar atlântica que através do vale do rio Paraguai, atinge todo o oeste dos estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.
Nas regiões mais elevadas do Planalto Central ocorre o clima tropical de altitude e as mínimas são menores podendo ocorrer geadas nessas regiões. Em outras partes da região também é normal ocorrer geadas. Os meses de verão são úmidos, porque nessa época, a Planície do Pantanal é uma das áreas mais quentes da América do Sul, e por esse motivo, forma um núcleo de baixa pressão que atrai os ventos úmidos conhecidos como alísios de nordeste. A chegada desses ventos corresponde às chuvas fortes que caem na região.
HIDROGRAFIA
A Região Centro-Oeste é drenada por muitos rios, agrupados em três grandes bacias hidrográficas:
Bacia Amazônica: norte e noroeste de Mato Grosso.
Bacia do Tocantins-Araguaia: norte e o ponto mais a oeste de Goiás e o extremo leste de Mato Grosso.
Bacia Platina: subdividida em suas bacias hidrográficas: a bacia do rio Paraná e a bacia do rio Paraguai, no restante da região.
Bacia do rio Paraná
Na divisa com os estados de Minas Gerais, São Paulo e Paraná, o Centro-Oeste é banhado pelo rio Paraná e por um de seus formadores, o Rio Paranaíba, no extremo sul de Goiás. A porção sudeste da região é drenada por afluentes menos extensos da margem direita do rio Paraná, como os rios Verde, Pardo, Ivinhema, Amambaí e Iguatemi.
Bacia do rio Paraguai
A maior bacia hidrográfica em extensão da região Centro-Oeste é a bacia do rio Paraguai, que nasce na Chapada dos Parecis, no estado de Mato Grosso. Seus principais afluentes são os rios Cuiabá, Taquari e Miranda. A bacia do rio Paraguai ocupa uma imensa baixada que forma a Planície Paraguaia, na qual a parte alagada é composta pelo Pantanal Mato-grossense. Como o clima da região intercala estações secas e estações chuvosas, essa planície fica coberta por um lençol de água durante aproximadamente seis meses. Nos meses secos, as águas represam-se em pequenas lagoas semicirculares, chamadas de baías. Quando as cheias são mais violentas, as baías ampliam-se e ligam-se umas com as outras através de canais chamados de corixos.
O norte de Goiás e o leste do estado de Mato Grosso são banhados pelas nascentes dos rios que formam a Bacia do Tocantins. Na divisa da Região Nordeste com o estado de Goiás, estendendo-se até o estado de Tocantins, na Região Norte, destaca-se o Espigão Mestre, que funciona como divisor de águas separando a bacia do Tocantins, no oeste, e a bacia do rio São Francisco no leste.
 Fotografia aérea de uma parte do Pantanal

VEGETAÇÃO
No Centro-Oeste existem formações vegetais bastante diferentes umas das outras. Ao norte e oeste aparece a Floresta Amazônica, praticamente impenetrável, composta por uma vegetação densa e exuberante. A maior parte da região, entretanto, é ocupada pelo cerrado, tipo de savana com gramíneas altas, árvores e arbustos esparsos, de troncos retorcidos, folhas duras e raízes longas, adaptadas à procura de água no subsolo. O cerrado não é uniforme: onde há mais árvores que arbustos, ele é conhecido como cerradão, e no cerrado propriamente dito há menos arbustos e árvores, entre os quais se espalha uma formação contínua de gramíneas.
Imagem de satélite com o cerrado em destaque.
Em Mato Grosso do Sul, existe uma verdadeira "ilha" de campos limpos, conhecidos pelo nome de campos de Vacaria, que lembram vagamente o pampa gaúcho. A região do Pantanal, sempre alagável quando nas cheias de verão, possui uma vegetação típica e muito variada, denominada Complexo do Pantanal. Aí aparecem concentradas quase todas as variedades vegetais do Brasil: florestas, campos e até mesmo a caatinga. 
Arvores do cerrado
Podem ser identificadas ainda as matas galerias em alguns trechos do cerrado, que se caracterizam por serem densas apenas nas margens dos cursos d'água ao longo dos quais se desenvolvem e cuja umidade as mantém. A floresta tropical que existia na região está praticamente extinta.

Artigo da Wikipedia revisado de acordo com os padrões do Blog Suporte Geográfico 



Postar um comentário

7 Comentários