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DERIVA CONTINENTAL

A DERIVA CONTINENTAL

A teoria da deriva continental foi apresentada pelo geólogo e meteorologista alemão Alfred Wegener em 1913, com a publicação de sua obra clássica “A Origem dos Continentes e Oceanos” (Die Entstehung der Kontinente und Ozeane). Wegener afirmava que os continentes estiveram unidos numa única massa de terra no passado, por ele denominado de Pangeia.

Na busca por evidências concretas de suas percepções, Wegener encontrou várias relações geomorfológicas, paleoclimáticas, paleontológicas e litológicas entre os continentes, das quais destacaremos as mais relevantes:

1 - Descobriu continuações rochosas entre as costas da América do Sul e costa leste da África; 

2 - Estudando o registro fóssil de plantas extintas, como por exemplo, a glossopteris, percebeu uma correlação na distribuição destes fósseis em regiões que hoje conhecemos como América do Sul, sul da África, Índia, Austrália e Antártica; 

3 - De igual maneira, percebeu correlações na distribuição fóssil de algumas espécies de dinossauros aquáticos, que habitaram regiões comuns no supercontinente; 

4 - Descobriu evidências de 300 milhões de anos (filamentos impressos nas rochas, indicando iguais direções no movimento de geleiras antigas) que mostravam que, nesta época, uma grande região sul de Gondwana estava coberta por calotas polares; 

5 - Descobriu também que, nesta mesma época, regiões comuns ao norte do globo (denominada Laurásia) apresentavam ausência de geleiras e existência de vastas florestas tropicais e pântanos, que originaram, posteriormente, grandes reservas de carvão na Europa, EUA e Canadá, através do processo de deposição da matéria orgânica, ao longo de milhares de anos, mediante limitada presença de ar atmosférico.

Wegener afirmou, em tese, que havia existido um único continente (Pangeia) e um único oceano (Pantalassa). Com o deslocamento e a deriva das placas continentais, surgem dois continentes, Laurásia e Godwana, os quais ainda se subdividiram até chegarem às atuais configurações.

Contudo, a comunidade científica da época percebeu que a teoria da deriva dos continentes não explicava, de modo contundente, qual(ais) força(s) seria(m) capaz(es) de promover tais deslocamentos. 

Na II Guerra Mundial, os submarinos necessitavam operar entre os obstáculos encontrados no fundo dos mares. A partir do desenvolvimento de instrumentos de localização e criação de mapas oceânicos, os cientistas militares descobriram um fundo oceânico repleto de fendas, cadeias de montanhas, fossas submarinas. Essa notável descoberta levou-os a concluir que a existência destas revelavam todo um passado de atividades geológicas até então desconhecidas. 

Hoje, graças ao monitoramento dos satélites, sabemos que os continentes continuam a se separar, em média, 10,1 cm/ano, sendo que em algumas placas, a velocidade de deslocamento é 1,8 vezes maior.


PANGEIA

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